│🦋 Dulce María│
Dulce ― Pode colocá-lo aqui, por favor. {Aponto para a minha cama, assim que entramos no meu quarto}
O senhor Bennet está carregando o professor Uckermann, que ainda está murmurando coisas desconexas e sem conseguir manter o equilíbrio das pernas. Ao se sentar na cama, ele fica olhando ao redor do ambiente.
Ucker ― Onde é que eu tô? Por que me trouxeram pra esse lugar? {Questiona com voz ainda grogue}
D ― Muito, muito obrigada, senhor Bennet! Acho que o meu primo quis entrar, mas como ele está bêbado, passou com tudo por cima da cerca. {Lanço meu olhar ao professor. Sinto pena por vê-lo nesse estado vulnerável e deplorável}
Bennet ― Não há de quê. Se precisarem de qualquer coisa, é só me chamar, ok? {Diz em tom gentil e sorri}
D ― Obrigada! Eu vou cuidar dele agora.
O senhor Bennet é um vizinho bem prestativo. Costumo lhe pagar para aparar a grama do meu quintal. Após acompanhá-lo até a saída, volto ao quarto e vejo o professor brincando com o meu apanhador de sonhos.
U ― O que é isso? {Balança o objeto entre os dedos}
D ― Um apanhador de sonhos. Nunca viu um? {Pego-o de sua mão e o penduro de volta na parede ao lado da cama} ― As pessoas usam pra decorar quartos.
U ― Por que você tá numa cadeira de rodas? {Me analisa de cima a baixo com curiosidade}
D ― Sofri um acidente de carro. E você acabou de sofrer um de moto. É por isso que está aqui. Aliás, vai ter que pagar pela minha cerca quebrada.
U ― Você é muito bonita pra ser para.. parapé.. paralégica. {Ele se atrapalha com a palavra} ― Muito bonita. Parece um anjo. {Me olha com admiração}
D ― Paraplégica. {Corrijo} ― Obrigada por confessar que me acha bonita. Os bêbados sempre dizem as verdades, né? {Sorrio tímida}
U ― Qual é o seu nome mesmo? {Estica o braço e apoia a mão sobre a minha perna}
D ― Dulce María. Sou a bibliotecária da Stanford. Lembra?
U ― Aaah! {Faz uma expressão engraçada} ― É a moça nua da biblioteca. {Sorri malicioso e acaba misturando as coisas}
Creio que infelizmente só bêbado mesmo eu vá conseguir ver esse homem mostrando os dentes perfeitos. Uau! Que sorriso lindo! Eu bem que gostaria de apreciar ele sorrindo mais vezes, no entanto parece que o senhor Uckermann não tem nenhuma alegria na vida. O seu trabalho talvez? Bom, lá no campus eu não o vejo sorrir. Só o álcool deve ser capaz de realizar esse milagre.
D ― Fique aqui, professor. Vou buscar o meu kit de primeiros socorros pra ver esse seu ferimento. {Aponto para o seu abdômen}
U ― Preciso de uma bebida.
D ― Sim. De um café bem forte.
U ― Água. {Umedece os lábios com a língua e acho o ato sensual}
D ― Tá. Eu já vou buscar. Não saia daqui, hein! {Como se isso fosse possível. Ele nem aguenta se sustentar nas próprias pernas}
Pego uma jarra e um copo na cozinha, quando retorno ao quarto, vejo o professor deitado na cama.
D ― Professor Uckermann? {Chamo e ele não responde}
Coloco a jarra e o copo sobre o criado mudo e me aproximo para analisá-lo melhor. O homem deve ter desmaiado ou se rendeu ao sono.
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Lições do Amor│Vondy
Fanfiction📍 Da série: Teacher ✓ CONCLUÍDA {08/03/23} ⚠️ Conteúdo adulto +1️⃣8️⃣ ➸ Professorealuna/deficiência/universidade 🍎│O que é proibido tende a ser mais gostoso! Já cursando o penúltimo ano de Letras/Literatura, foi com muito esforço e dedicação que...