The Feeling - Wenclair Livro II [CONCLUÍDA]

Oito Presente De Puro Desgosto

POV. NARRADOR

Os mortos haviam voltado e estavam dando no que falar por NeverMore.

Tyler estava com seu pai, enquanto ele buscava entender o que estava acontecendo e o motivo dos mortos surgirem. Ele pensava que estava tendo uma segunda chance de poder concertar o que não pode fazer com seu filho. E se fosse realmente isso, não perderia Tyler outra vez.

Wandinha deu as caras em NeverMore, chamando atenção de todos. Ela soube que sua mãe havia assumido o cargo de diretoria, ela não esperava menos de sua mãe. Sua família fazia tantas perguntas e aquilo estava a entediando. Ela queria poder esquecer a tortura que havia sofrido do outro lado, mais sempre tocavam no assunto.

Xavier foi encontrado perdido sujo de terra, por dois policiais que logo reconheceram e o levou para a delegacia, o prendendo por assassinato de Eugene. Xavier se lembrava vagamente do que havia feito e se sentia culpado. Ele não queria ter feito.

POV. E.S

Estava com tanto medo de perde-lá que não desgrudava dela por quase nenhum segundo se quer. Meu lado loba protetora estava ligado e qualquer pessoa que ousasse fazer mal a ela sofreria as consequências.

Wandinha e eu estavamos no quarto sozinhas, Ajax e Mãozinha estavam ali mais logo se foram.

- Me conta Wandinha... - Imploro tentando fazer ela me contar algo que escondia juntamente de Ajax. - Você pode confiar em mim. - Falei pegando seu rosto com as duas mãos.

- Eu senti tanto sua falta, Enid... - Ela disse se rendendo ao carinho que fazia em seu rosto. - Foi tão difícil voltar pra cá... - Ela sussurrou. - Só pensava em voltar pra você, meu amor. - Ela me encarou e um pude sentir olhando em seus olhos, uma chama se acendendo aos poucos. Estávamos nos encarando, nossos rostos passou a ficarem perto um do outro e quando nossos lábios iam se tocar depois de um longo ano, a porta é aberta bruscamente.

- Que porra é essa Enid? - Yoko perguntava brava para mim, me fazendo afastar de Wandinha. Eu havia me esquecido de conversar com Yoko. Wandinha olhava para Yoko com cara de poucos amigos.

Ela parecia brava.

- Yoko, e-eu posso explicar. - Falei me aproximando dela e a mesma estava com um olhar magoado. Ela tinha total razão de ficar.

- Explicar o quê? - Riu de forma ironicamente. - Que sua "namoradinha" volta dos mortos e eu não sirvo mais para você? - Seu tom era de deboche. Antes que eu pudesse falar alguma coisa. Wandinha toma a frente.

- E você, quem é? - Wandinha olhava com desdém para Yoko, que não ficava pra trás. - Eu voltei. Enid me pertence e você não vai atrapalhar isso, e se ousar ao menos, decapitarei sua cabeça. - Wandinha falava de forma assustadoramente se colocando a frente, me separando de Yoko.

- Você vai deixar ela falar assim comigo, Enid? - Yoko começou a ficar irritada. - EU TE ODEIO! - Gritou em minha direção. -  Não ouse falar ou olhar para mim, Enid. Acabou o que possivelmente tinha entre a gente, se é que tinha algo. - Ela saí do quarto pisando fundo, suas atitudes mostraram no quanto ela ficou brava, ao invés de ter ficado magoada.

Estava me sentindo culpada por fazê-la se sentir daquele jeito. Eu ao menos deveria ter tirado um tempo para conversar com ela...

Foi minha culpa.

Wandinha me encarava, parecia querer me ler por inteira.

- Você gosta dela? - Ela solta de imediato parando de me encarar, para fechar a porta e ir em direção a cama novamente.

- Eu gosto dela... - Sussurro em um tom bom para ela ouvir e vejo sua expressão ficar neutra, difícil de ler. - Eu gosto dela como amiga... Sempre deixei isso claro, depois que você se foi, eu tentei seguir em frente... - Completei ficando cabisbaixa e me sentindo culpada.

- Não é culpa sua, Enid. - Falou se levantando e vindo até mim novamente, onde me encontrava na frente da cama. - Você fez certo em tentar seguir sua vida. Não te culpo. - Ela falou com sinceridade e então pegou meu rosto me fazendo encará-la. - Eu amo você, Enid. - Completou me fazendo sentir meu coração aquecendo ouvindo aquelas palavras. - Sei que você está com medo deu morrer novamente ou então sumir. - Ela continua falando. - Não irei te abandonar novamente. Tenho tantas coisas para te dizer... - Ela contava me deixando curiosa com o que poderia ser. - Irei te contar tudo, mais será aos poucos. - Finaliza pedindo com o olhar a minha compreensão.

- Eu também te amo. Achei que nunca mais fosse te ver... - Confessei baixinho e então, Wandinha não tardou a selar nossos lábios um num outro.

Esse beijo... Parecia que foi o último que demos uma na outra. Era calmo, mostrando nossos sentimentos ali. Nossas línguas começou a dançar em um ritmo gostoso e único. Sinto suas mãos pousarem em minha cintura e eu não tardo a colocar minhas mão em volta de seu pescoço. Nosso beijo de calmo passou a ser um pouco mais rápido, me trazendo arrepios em todo meu corpo. Aos poucos nossos pulmões passou a implorar por ar, e então nos separamos e sorrimos uma para a outra, unimos nossas testas e ficamos ali, sentindo a respiração descompensada uma da outra.