— Você parece não entender a importância que isso tem para mim, constantemente ignora minhas vontades e mais de uma vez se coloca como obstáculo para algo que me faz feliz! — Lucerys dizia de maneira impaciente para Daemon.
— Eu irei ignorar a sua insolência como um sinal de boa fé de que você vai simplesmente ceder, e aceitar que essas são as novas regras. — Daemon rebateu de maneira inflexível. — A decisão foi tomada, aceite e viva com isso.
— Não! Eu não vou aceitar e assistir calado enquanto você transforma minha vida em um tormento. — O príncipe respondeu ao tio-padrasto.
Daemon e Lucerys estavam na sala do trono de Dragonstone. Os dois estavam brigando, mais uma vez, sobre a mudança para a capital.
— Eu não vou aceitar. — Lucerys insistiu.
— Você vai, e vai aceitar de maneira calada! — Daemon estava começando a perder a paciência.
— Daemon, isso não é justo, por que você está fazendo isso?
— Porque é necessário! Quando chegarmos a capital, você não vai poder ficar saindo para passeios pela cidade, King's Landing não é Dragonstone, as pessoas que moram naquela cidade são perigosas e maliciosas. — Daemon repetia encarando Lucerys.
— Eu estaria acompanhado de um guarda, que por sinal, você insistiu em me designar. — Lucerys rebateu. — Mas tudo bem. Se eu não posso visitar e conhecer as pessoas da capital, então eu vou voltar a outro ponto. Se eu não posso fazer isso eu irei fazer visitas a Dragonstone, posso voar com Arrax sempre que eu quiser e passar alguns dias no castelo e depois voltar para King's Landing.
— O que acaba de dizer poderia ser muito engraçado se não fosse preocupante. — Daemon solta uma risadinha ácida. — Já falamos sobre isso, quando formos para a capital será de maneira definitiva. Um príncipe não pode ficar vagando pelo reino da maneira que quiser assim.
— Meus deuses... você é... insuportável! — Lucerys estava com raiva. Muita raiva.
— Ah, eu?? — Daemon estava indignado.
— Por que tantas restrições? Por que tantas regras? Você não trata Jace assim e ele é um futuro rei! O que você tem contra eu ser livre e fazer o que eu quero? Você sempre conta histórias de como tinha o mundo na sua mão, que nada podia impedir o poderoso Príncipe Daemon Targaryen, e nem mesmo quando Viserys não tinha nomeado minha mãe como herdeira, e você ainda estava como o próximo da linha de sucessão do trono de ferro você se privava de fazer o que tinha vontade! — Lucerys tinha um tom duro e pesado na voz. Daemon sentiu um gosto amargo na boca com as palavras do garoto.
— Primeiro, você vai abaixar o seu tom de voz para falar comigo. Segundo, Jacaerys não me dá problemas porque, advinha, ele faz o que eu mando fazer! — Daemon dizia baixo para não deixar a raiva o dominar e ele gritar com Lucerys. — Você é um príncipe do reino! Não é qualquer pessoa, você tem responsabilidades e deveres. Fim de história, Lucerys!
— Eu poderia jurar que você sente algum prazer em tornar as coisas tão miseráveis o tempo todo, eu não sou seu prisioneiro Daemon! Você não pode me limitar dessa maneira, não é justo. — Lucerys respondeu de forma petulante cruzando os braços na frente do corpo. — Por que está fazendo isso? Por que não me deixa sair daqui e ver as pessoas? Qual o motivo??
— Porque eu não posso perder outro filho! — Daemon grita aquela frase. A raiva mascarando sua dor ao se lembrar de Lady Laena Velaryon e seu filho com ela que havia morrido no ventre. Lucerys não conseguiu entender de primeiro momento, mas então se deu conta.
Lucerys encarou Daemon por alguns segundos antes de Rhaenyra entrar naquele cômodo. A princesa havia sido informada pelos guardas de que seu marido e filho estavam discutindo na sala do trono. Pelo corredor a princesa já ouvia alguns gritos, mas não conseguiu identificar o motivo da briga ou o que eles estavam falando um para o outro.
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Valyrian Boys • Aemond and Lucerys
Fanfiction"Quando a rainha Alicent convida a família da princesa Rhaenyra para um jantar na Fortaleza Vermelha, Lucerys só consegue pensar em como ele não quer encontrar Aemond novamente após o ocorrido em Driftmark... Entretanto, algo havia mudado e Aemond n...
