XXXVI • Mão do Rei

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Notas do autor: Este capitulo é bastante grande e contem muitos flashbacks de acontecimentos importantes para toda a história. Espero que gostem.

...

6 meses antes do jantar de recepção da princesa Rhaenyra Targaryen e sua família (capitulo 1).

Otto Hightower, o segundo homem mais poderoso de todos os sete reinos. Mais alto conselheiro do rei Viserys e líder de uma das maiores conspirações que Westeros um dia chegaria a ver.

Otto era inteligente, astuto e leal. Sobretudo ele era leal. Mas a lealdade dele a muito foi corrompida pelo poder que emanava do trono de ferro.

A primeira vez que Otto se sentou no trono de ferro foi durante o reinado de Jaehaerys. O velho rei estava terrivelmente indisposto devido à idade avançada e Otto, como sua mão, possuía prerrogativa real para atuar em nome de sua majestade. A sensação de se sentar no trono de Reis e conquistadores o inebriou de tal maneira que sua lealdade se transformou em ambição.

Otto poderia jurar que sentia o peso de uma coroa dourada em cima de sua cabeça. Ele se perdeu terrivelmente dentro de si. Se tornou alguém movido por uma ambição cega e tóxica.

O mão-do-rei estava em seu escritório na Torre do Mão dentro da Fortaleza Vermelha com sua filha, a rainha Alicent. Os dois estavam tendo mais uma de suas discussões.

— Pare de ser tão insolente. — Ordenou Otto. A autoridade que Alicent representava não significava nada para ele.

— O senhor está falando de assassinato! — Alicent retrucou.

— Aegon será rei, isso está decidido. É o certo a se fazer e você sabe muito bem disso. — Otto voltou a se sentar em sua cadeira atrás da mesa grande de madeira repleta de documentos e livros empilhados.

— Viserys nomeou Rhaenyra como herdeira, como você acha que as outras casas vão reagir quando elas virem Aegon no trono de ferro? — Alicent voltou a questionar.

— A reação deles não me importa nem um pouco, Aegon tem o nome do conquistador, ele terá a coroa do conquistador, a espada do conquistador e se sentará no trono do conquistador. — Otto dizia com um sorrisinho presunçoso. — Cada imagem de legitimidade pertencerá a ele e nenhum lorde tomara a liberdade de se quer questionar o filho legitimo de Viserys.

A rainha e o mão-do-rei, passaram mais algumas horas discutido sobre seus futuros atos. 

...

Dias atuais.

Aegon andava de maneira nervosa até a sala do pequeno conselho. Três dias se passaram desde a chegada oficial de Rhaenyra.

Os guardas abriram a porta para o príncipe assim que ele se aproximou e abaixaram a cabeça assim que Aegon passou por eles.

Dentro da sala estavam Viserys, Alicent e Rhaenyra, além do mestre da moeda, Lorde e mestre das leis, Lorde Jasper Wylde.

— Ah, Aegon! Que surpresa, meu filho. — Viserys disse com um sorriso para o príncipe que se aproximou dele e depositou um beijo em seu rosto. O gesto de carinho foi tido como inesperado por todos. Até mesmo para o próprio rei que nunca tinha experimentado um sinal tão claro de afeto por seu filho mais velho já adulto. Aquilo certamente aqueceu o coração do rei.

Aegon se ajoelhou ao lado da cadeira onde Viserys estava sentado e segurou sua mão. O rei não entendeu muito bem o que aquilo poderia significar.

— Meu pai, eu tenho algo muito importante para contar ao senhor, e não posso esperar mais. — Aegon disse em tom baixo. Viserys o ouvia com atenção. — Eu entendo que o seu encontro com os lordes do pequeno conselho seja importante, mas temo que se esperar mais a agonia que toma o meu peito agora possa trazer novamente a covardia que eu tão duramente lutei para espantar do meu corpo. — Aegon dizia com tamanha intensidade que foi difícil conter uma fina linha d'agua que nasceu em seus olhos.

Valyrian Boys • Aemond and LucerysOnde histórias criam vida. Descubra agora