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𝖣𝖤𝖭𝖵𝖤𝖱
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𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

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𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

Querido sobrino, não acha que já bateu demais no saco de pancadas, não? — ouço o mais velho falar atrás de mim e giro chutando o saco de pancadas com mais força — Está me dando pena — fala rindo e eu o acompanho.

— É legal... Tipo; dói um pouco, mas depois você se acostuma — falo tirando as luvas de boxe.

Olho para o mais velho que depois de ri encara-me um pouco sério. Acho que ele deve alertar-me sobre as minhas notas em matemática. Elas não foram boas na primeira unidade, admito, e também eu não fui bem na recuperação da matéria, mas em compensação, eu fui o melhor da turma em espanhol.

Saio da garagem e ando em direção a cozinha aonde já encontrava-se o mais velho com minhas provas em cima da mesa. Sento-me na frente do mesmo e o encaro.

Ele com toda a certeza irá vim com mais um dos seus discursos sobre como eu deveria melhorar e essas coisas, talvez eu tenha decorado todo o sermão do homem. Ele sempre começa com "Podemos ver aqui suas notas, não é, Robin Arellano?"

— Podemos ver aqui suas notas, não é, Robin Arellano? — diz firme e acabo rindo — Qual a graça? — pergunta o mais velho e nego.

O homem suspira profundamente e acabo engolindo seco. Não tenho medo do meu tio, ele quase nunca me bate, mas ele é uma pessoa com pouca paciência e que pode rapidamente sair da sua calma controlada.

— Robin, eu não te trouxe para morar comigo para você ficar fazendo gracinhas e não prestando atenção nas aulas. Matemática é uma das matérias mais importantes da escola, e você tira nota baixa...? Essa é a sua primeira e última nota baixa, você me entendeu? — pergunta e acabo não respondendo o mesmo — Você me entendeu, Arellano!? — repete.

— Entendi... Mas você focou muito no negativo. Eu fui perfeito em espanhol — brinco, mas o homem apenas continua me encarando — Tá... Eu vou melhorar, prometo.

O mais velho sorri e afasta as provas, logo focando no prato de comida que havia ali. É tão estranho a obsessão dele por boas notas, acho que eu posso ir quantas vezes que for para a diretoria e ele não se importaria da mesma forma.

[...]

Caminhava calmamente em direção ao portão, mas sou interrompido quando um garoto loiro que corria desesperadamente esbarra em mim, o mesmo pede desculpas rapidamente e volta a correr. Antes que eu pudesse continuar meu caminho; um grupo de garotos corre na mesma direção que o loiro.

Por curiosidade, acabo correndo atrás do trio e paro alguns metros de distância deles. Os meninos cercam o garoto que acabou caindo e não se levantou, pois agora ele não poderia correr para salvar-se porquê havia uma grade logo atrás do menino, deixando-o sem escapatória.

Infelizmente, não posso ouvir o que eles tanto conversam, mas o loiro não parece está muito feliz com aquela situação. Os meninos aproximam-se do menino e um deles desfere o primeiro chute no garoto, logo seus amigos começam a bater no mesmo.

Será que eu deveria me intrometer...? E se for apenas uma brincadeira entre amigos? Não, isso é impossível, mas se for... Puta merda, iria ficar estranho...

— Ei! — chamo a atenção do trio que olha-me — Que merda vocês estão fazendo? — pergunto para os garotos que começam a ri.

— Por quê? Quer apanhar também? — pergunta o de cabelos pretos, reviro meus olhos e direciono minha atenção ao loiro deitado no chão reclamando baixo da dor que sente.

— Você! — o mesmo olha-me — 'Tá tudo bem? — o menino encara os garotos e assenti hesitante. Esse cara mente muito mal. Caminho em direção ao menino, mas sou impedido pelos garotos.

O garoto de black puxa meu ombro e viro-me dando um murro em seu rosto, fazendo ele cair no chão e reclamar sobre a dor que sentia. Os outros dois vêm em minha direção e um deles que estava na frente tenta bater em meu rosto, mas desvio e chuto o seu estômago fazendo ele reclamar de dor. O garoto que estava atrás de mim passa seu braço pelo meu pescoço, dando-me um mata-leão, mas dou uma cotovelada em sua barriga e viro-me, levando meu joelho de encontro com o seu rosto, fazendo ele cair desacordado.

— Pelo menos não saiu sangue dessa vez — digo propositalmente alto e acabo rindo da cara de um dos garotos — Ei! — chamo o menino.

— Olha... Se for me bater, por favor bate rápido — fala levantando-se e acabo rindo do seu comentário — O que foi? — pergunta.

— Eu não vou te bater, eu só bato nas pessoas quando é necessário. Prazer, Robin Arellano — digo e estendo a mão para o loiro.

— Finney Blake, mas pode me chamar apenas de Finn — diz.

Depois das apresentações, lembramos que ainda temos aulas. Andamos em direção ao portão da escola novamente, mas antes eu tive que dar um pisada de leve na barriga de um dos garotos caídos, garanto que eles estão bem.

Finney acabou reclamando comigo, contudo não deixou de rir dos garotos quando ganhamos distância dos mesmos. Chegamos na sala e sento-me ao lado do garoto, até que começamos a conversar sobre os meninos que fazem bullying com ele.

— O quê? Não faz nenhum sentido! — digo rindo junto ao menino.

— É, eles simplesmente olharam para mim e disseram "Vai ser você esse ano." Eu não entendi muito bem, mas depois de me trancarem no banheiro das meninas e eu levar uma bela advertência que comecei a entender melhor.

— Babacas... Não se preocupe mais com isso, Finn — digo ao garoto que olha-me confuso — Eles não vão te bater de novo, não comigo por perto.

O menino sorri e agradece, no mesmo instante, o professor aparece e começa a escrever os assuntos que iremos estudar na segunda unidade.

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𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 | ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora