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𝖣𝖤𝖭𝖵𝖤𝖱
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𝗬𝗢𝗨𝗥 𝗡𝗔𝗠𝗘

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𝗬𝗢𝗨𝗥 𝗡𝗔𝗠𝗘

ALCANÇO A LOIRA COM MAIS ALGUNS PASSOS. Ela estava brava, muito brava; a mesma não gostava de frequentar as sessões de terapia, ainda mais quando era o Dr. Watson, e isso ficou muito perceptível de uns meses para cá, quando a loira jogou a cadeira na direção do mais velho, acertando sua cabeça. A garota se livrou de uma punição severa, pois a outra conselheira conseguiu convencer a diretora que isso era por causa do episódio traumático que ocorreu em nossa vida — ultimamente, vêm sendo a nossa desculpa para todas as situações.

O quanto mais nos aproximamos da escola, mais o barulho dos gritos dos alunos aumenta. Todos estão gritando "BRIGA, BRIGA, BRIGA" e sinto-me horrível por querer ver alguém apanhando, contudo, essas cenas são as mais engraçadas em qualquer tipo de filme. Camila não pensa muito igual a mim e já anda em direção as vozes alteradas, me fazendo segui-lá.

Observo que tem dois meninos na roda e um deles é Robin, suspiro fundo vendo o moreno meter-se em brigas, mais uma vez. Eu não gosto disso, ele foi péssimo no semestre passado e parece repetir a dose nesse. Finney me fez ajudá-lo a montar uma programação de estudos somente para seu amigo de bandana, contudo, nunca vi o moreno seguir o que está no roteiro que lhe entregamos.

O garoto aparenta estar decidido em bater em Moose, não sei o que o maior fez para o mexicano, mas com toda a certeza foi um erro, um erro que ele está cometendo recorrentemente. 

Um grito saí da boca de Camila, torcendo para que Robin quebrasse a cara de Moose na porrada. Ela torce ferozmente para isso acontecer. Finney chegou junto com Gwen, que seguiu o exemplo de Camila, não medindo esforços para colocar mais lenha na fogueira.

— QUEBRA A CARA DELE ROBIN! — grito para o menino que sorri em minha direção e retribuo seu pequeno gesto. 

Robin Arellano sabia como bater em alguém; ele sabia muito bem disso, ele treina para isso. Moose era como um teste, um teste semanal para ele mostrar os seus novos golpes que aprendeu durante os treinos, sempre é incrível e hilário ver isso. Apesar que não sou muito a favor da violência, em qualquer tipo de situação.

— Isso é tão desnecessário — ouço Finn dizer — Vamos! — fala e puxa a sua irmã mais nova — Vai também, S/n? — pergunta.

— Ela vai — Camila interrompe-me e me empurra em direção ao loiro — Se a diretora chegar, não quero que lhe veja aqui — explica.

Assinto e caminho junto a Finn, olho para trás e vejo Robin em cima do garoto, esmurrando fortemente o seu rosto. Bom, quando Moose entrar irei ver como está o seu estado, por enquanto, resta-me apenas esperar.

[...]

O professor apenas ignorou a mão do menino que pinga sangue, tenho certeza que, a mesma deixou um rastro de pingos vermelhos por todos os lugares que ele passou antes de chegar aqui.

O mais velho mandou o garoto se sentar em sua cadeira, no caso, ao meu lado, e a ordem foi acatada pelo mais novo que me perguntou se eu tinha um lápis para emprestar a ele.

— Toma — falo estendendo o objeto para o moreno pegar.

O garoto murmura de dor, pois a mão que escrevia instintivamente tentou pegar o lápis, contudo, sua movimentação estava comprometida por causa dos ferimentos. Olhei penosa para o menino, mas ao mesmo tempo, sentia raiva da sua irresponsabilidade.

— Deveria parar de bater no Moose — aconselho — Você fica muito machucado...

— E deixar ele falar o que lhe der na telha? — insinua com seu típico sorriso de canto — Melhor não — fala e mais uma vez, resmunga pela dor que sente em seus punhos.

— Não estou nem aí para o Moose, para ser bem sincera, quero que ele se dane...! Estou preocupada com você, não quero que se machuque por causa de um idiota qualquer — argumento.

O garoto encara-me sorrindo e agradece a preocupação. Admito, foi vergonhoso e clichê dizer isso para o moreno que, aparentemente, não escuta quem quer o seu bem.

— Vai parar de brigar? — pergunto.

— Claro, tenho que fazer você me deixar em paz — brinca e bato levemente em seu braço — Olha, isso doeu! Eu poderia te denunciar por agressão!

— Eu poderia te denunciar por agressão também, além que você cola nas provas, isso não é um crime na lei, mas é uma infração escolar, sabia disso?

— Nunca mais te conto nada, aposto que essa sua mente é tão maquiavélica quanto a do sequestrador — diz e dessa vez bato mais forte no menino, o que faz um barulho alto e chama a atenção do mais velho.

Vejo o homem se virar enquanto finjo copiar o que está escrito e ele analisa cada canto da sala. Um dos garotos que estava sentado do lado oposto do mexicano, queria falar que era nós dois que conversavamos, mas ele se calou com o olhar do moreno sob ele.

Quando o mais velho novamente volta a atenção para o quadro e retoma a escrever sobre a Teoria dos Números, o moreno direciona a sua atenção a mim.

— Vai passar na minha casa hoje? — pergunta e o encaro confusa — Eu estou com dificuldades na matéria desse vagabundo. Pensei que você e o Finn poderiam me ajudar — diz.

— Eu estou sem nada para fazer, então tudo bem — digo.

O mexicano sorri e agradece, logo prestando atenção na explicação do mais velho que já havia parado de transcrever o que está escrito no livro.

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𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 | ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora