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𝖣𝖤𝖭𝖵𝖤𝖱
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𝗬𝗢𝗨𝗥 𝗡𝗔𝗠𝗘

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𝗬𝗢𝗨𝗥 𝗡𝗔𝗠𝗘

FINNEY TINHA SIDO CONVIDADO pelo menino e por mim, para assistir o mais novo sucesso de terror, no caso, O Massacre da Serra Elétrica; porém o loiro sempre recusa o convite, não porquê ele quer, mas pelo seu pai ser extremamente rígido com filmes do gênero. De acordo com Finn, ele não gosta dos gritos, da trilha sonora e dos possíveis pesadelos que as crianças tem com o filme.

Agora, estou caminhando junto ao mexicano, para comprarmos doces para o momento de estudos que teremos amanhã.

— Esse mercado é bem longe, não? — brinca o menino enquanto passamos pelo estacionamento.

— Um pouco — respondo o moreno — Esse lugar me assusta — comento.

Aquele estacionamento sempre foi bem deserto; mas com as notícias de um homem que sequestra crianças, ele ficou mais ainda, porém o único modo de chegar no mercado, é pelo local abandonado.

— Ele é bem corajoso — comento, Robin encara-me confuso — Aquele cara, está sozinho aqui — analiso.

Robin, direciona a sua atenção ao homem com sua van. Ele parece mexer em alguma coisa no veículo, como se estivesse arrumando espaço no fundo. Sinto a mão do moreno puxar-me para mais perto e encaro o mesmo.

O garoto parecia estar em transe, enquanto os seus olhos procuravam alguma coisa suspeita no mais velho, algo que eu não sei o que era e para ser sincera, nem desejo saber tanto assim.

— O que foi? — pergunto ao menino e ele nega — Fala logo, idiota.

Um sorriso de canto aparece no rosto do menino, que olha no fundo dos meus olhos; para depois, sorrir por completo deixando seus dentes amostra. O garoto empurra-me de leve e diz que nunca irei alcançar ele, por ser lerda demais; acabo rindo e corro em direção ao menino.

O desespero, medo, tensão... De forma resumida, a angústia que estava no ar sumiu, na mesma velocidade que apareceu. Contudo, algo chamou a minha atenção e fez uma dúvida aparecer em minha cabeça, junto com um pouco da hesitação.

Quando passei pelo mais velho, ele cumprimentou-me breve e apenas respondi com um aceno mais breve ainda; logo voltando meu foco ao mexicano que já está lá na frente.

[...]

A imagem do homem sorrindo para mim ainda não saía da minha cabeça, aquilo foi horripilante de alguma forma, como se eu estivesse em um cemitério à noite, sozinha e sem ninguém ao meu redor. É angustiante, mas ao mesmo tempo, sei que é um medo irracional.

Viro-me para o outro lado da cama e posso ver a loira focada em ler um pedaço de papel, enquanto penteia os seus cabelos.

Fazia um tempo que minha mãe não tinha deixado a mesma sair, claro, ela é um tanto que irresponsável, impulsiva... Inconscientemente; mas ainda sim uma boa pessoa... Eu acho.

— O que você está fazendo? — pergunto a garota tentando puxar assunto.

— Acho que você não vai entender — Camila fala calma.

— Acho que não é difícil entender um pedaço de papel — brinco e a menina para o que está fazendo, me encarando brevemente — Desculpas.

— Não, tudo bem — tranquiliza a menina e gira a cadeira em minha direção — Acha que o sequestrador mata... Sabe... Os garotos.

— Eu prefiro pensar que não — digo sincera para a garota que ri — É sério!

— Acha que ele está montando uma escola, então? — debocha e quase acabo rindo de sua piada — Talvez ele não tenha tanto espaço, para tantos meninos assim — diz certeira.

— Ele deve ter um porão, uma outra casa, um cúmplice. Há várias opções — falo.

A menina passa uns segundos quieta e encara-me sorridente. A loira agradece brevemente e manda eu não sair naquela noite, pois nossa mãe não está em casa e ela irá chegar mais tarde.

Respiro fundo, tranco todas as portas e janelas existentes na casa. Deito-me quietamente na cama, e deixo apenas a luz do abajur iluminado um espaço limitado do quarto.

Como uma assombração, novamente, o rosto do homem mais cedo vem em minha cabeça, balaço apenas para tentar fazer esse rosto desaparecer dos meus pensamentos. Penso em tudo que posso e o Arellano vem em minha mente.

Ele está tomando muito meus pensamentos nesses últimos dias, é engraçado. Parece que consigo me lembrar de todos os detalhes do seu rosto e da sua personalidade; apesar que a sua personalidade, sempre me chamou atenção.

Ele parece não se importar muito com a escola, notas e outros; na verdade, ele parece se importar mais comigo e com Finn do que qualquer outra coisa em sua vida, é legal... Não, é mais que isso, mas não sei qual é a palavra, um dia descubro.

— Droga, eu preciso dormir! — falo e levanto o cobertor para meu rosto.

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𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 | ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora