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𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

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𝗥𝗢𝗕𝗜𝗡 𝗔𝗥𝗘𝗟𝗟𝗔𝗡𝗢

ESTAMOS RELATIVAMENTE PERTO DA CASA do sequestrador e ainda é noite para piorar nossa situação. As ruas estão completamente vazias e se algum animal abandonado aparecer, já vai ser um grande alívio para mim. Nenhuma das casas fizeram o favor de acender as luzes da varanda, deixando a maior parte da rua escura, tendo que contentar-me com as luzes dos postes.

Camila não deu espaço para explicações, mas ainda conseguia escutar a sua voz murmurar diversos palavrões enquanto brincava de mirar em coisas aleatórias com a arma do meu tio. Eu queria estar junto a Finn, com ele, eu imagino, não teria que temer a minha vida por causa das emoções de outra pessoa.

Tentei falar com ela, mas todas as vezes fui retalhado pela mais velha. Compreensível, mas não significa que eu goste disso.

— Você acha que a polícia vai resolver alguma coisa? — tentei puxar assunto com a loira, já que lembrei que reclamar é um dos hobbies favoritos.

— Espero que resolvam, eu quero te ver preso — Camila disse, virando seu rosto e sorrindo para mim — Cuidado com as escovas de dentes na prisão, elas são uma arma branca.

— É sério isso?! — perguntei incrédulo, ela deu de ombros e seguiu seu caminho — Tá sendo uma pirralha infantil com essas atitudes aí — constatei.

— Quer mesmo falar de atitude, Arellano? Tem certeza que é o melhor para falar sobre isso? — perguntou, revirei meus olhos. Sentia que estávamos dando loop nesse assunto.

— Eu sei o que eu fiz, não precisa ficar remoendo. Eu vou me desculpar com sua irmã e te deixar em paz, se isso te deixa mais feliz — debochei, mas eu realmente iria cumprir com aquilo que tinha dito.

— Não faz mais do que sua obrigação, mexicano — falou, apressando ainda mais os seus passos.

A menina passou direto da curva que deveríamos fazer para entrar na rua da casa onde sua irmã estava. Queria ter me parado para não gritar Camila, mas ainda tinha um divida com ela. Aumentei a minha voz e sinalizei para Camila que se ela continuasse andando, iria sair da cidade.

Vejo seus cabelos loiros curtos e cortados desreguladamente caírem sob seu rosto quando ela vira-se brutalmente. Ela corre até mim e observa a estrada escura. Não havia nem as luzes dos postes para nos ajudar naquela parte da estrada.

— Eu já sabia sobre esse caminho… Usamos ele para diminuir a caminhada — explicou brevemente — É estranho saber que ele já pode ter me visto pela janela ou sei lá — comentou e eu concordei, colocar as coisas nessa perspectiva é pior, muito pior.

— Não sabia que você e a S/n vinham por aqui — retomando a caminhada, agora um pouco mais próximo da loira, falei o que pensava — Não me parece um lugar onde ela passaria.

𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 | ʳᵒᵇⁱⁿ ᵃʳᵉˡˡᵃⁿᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora