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E M I L Y
𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐀𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨, 𝟐𝟎𝟐𝟑.
Finalmente chegou o grande dia da festa de aniversário do Gavi. Mas o bonito ao invés de usar a bela mansão que tem em Barcelona, simplesmente decidiu fazer essa bendita festa em Ibiza.
Acordamos era por volta das oito horas da manhã e arrumamos as coisas. Íamos no seu jatinho particular, então isso já ia ajudar muito no processo, porque se fossemos de carro ou de iate ia demorar no mínimo oito horas de viagem. De trem então, piorou.
Fiz uma mala pequena, apenas com o necessário para passar coisa de dois dias, que foi o tempo que Gavi me disse que iriamos ficar por lá. Hoje e amanhã.
Quando entramos no carro para ir até o aeroporto particular dele, eu estava pingando de sono. Aurora estava junto com a gente e diferente de mim que não conseguia falar um "a", ela falava pelos cotovelos.
Encostei minha cabeça no ombro de Pablo e fechei os olhos por alguns minutos, pensei que não tivesse dormido, mas acordei com ele cutucando meu braço.
Saímos do carro e eu olhei para o grande avião em minha frente. Assim como Aurora e Gavi, deixei minhas coisas com o moço que nos aguardava justamente para isso.
Dentro, o jatinho era ainda mais bonito, todo estofado no couro e cheirava a novo. Nos sentamos e a aeromoça veio até nós segurando um balde de champanhe.
- Feliz cumpleaños, senhor Gavira. - ela deu um sorriso um tanto quanto presunçoso e colocou o balde em cima da mesa a nossa frente
- Obrigado! - Gavi retribuiu o sorriso e eu revirei os olhos
A moça que particularmente tinha um decote super ousado e fazia questão de deixar bem visível, nos serviu. Ela me entregou a taça sem sequer olhar para mim.
Sei que são apenas oito horas da manhã, mas ao levar a taça até meus lábios eu virei o líquido de uma vez só em minha boca e olhei para o lado tentando disfarça minha cara.
Escutei Aurora rir. Olhei para ela que me encarava com os olhos curiosos e nos lábios tinha um sorriso divertido, ela estava adorando a situação.
- Acho que preciso ir ao banheiro. - comentei
Levantei e a aeromoça me olhou de cima a baixo com uma cara de nojo. Ergui uma sobrancelha e passei por ela indo em direção a uma porta que eu deduzi por mim mesma ser o banheiro e para minha sorte, era.
Entrei e fechei a porta, encarei meu reflexo no espelho e tirei a jaqueta que estava usando, liguei o registro e deixei a água correr, em forma de concha coloquei minhas mãos embaixo da água corrente as molhando. Logo em seguida passei as mãos molhadas em meu pescoço e na minha testa.
