𝓷𝓸𝓿𝓮𝓷𝓽𝓪 𝔂 𝓭𝓸𝓼

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ℙ 𝔸 𝔹 𝕃 𝕆 𝔾 𝔸 𝕍 𝕀

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ℙ 𝔸 𝔹 𝕃 𝕆 𝔾 𝔸 𝕍 𝕀

Dois anos atrás...

Puta merda, o treino de hoje foi mais intenso do que os outros dias. Tô todo quebrado.

Acabo de sair do banho, estava enxugando meu cabelo quando escuto meu celular que estava em cima da cama tocar.

Me aproximo do mesmo e vejo o nome de Emily brilhar na tela, foi inevitável não abrir um sorriso.

Somos melhores amigos desde que nos entendemos por gente, mas desde que transamos, tudo tem sido diferente.

No fundo eu sei que Emily acabou desenvolvendo algum outro tipo de sentimento por mim que não seja amizade, por mais que ela não diga.

E por mais que eu odeie admitir, acho que também venho sentindo algo desde então.

Antes que a chamada caísse, pego o celular e atendo. Meu sorriso cresce mais ainda ao vê o rostinho lindo e angelical dela na minha tela.

- Olha, quem é vivo sempre aparece. - falo brincando, mas ela não diz nada

Meu sorriso vai sumindo lentamente ao perceber o semblante sério de Emily, seus ombros estavam encolhidos e ela estava com as bochechas vermelhas. Provavelmente tendo algo para me dizer.

- Tá tudo bem, jujuba? - pergunto confuso

- Pablo, acho que fiz uma coisa horrível. - sua voz sai embargada

- Emily, o que foi que aconteceu? - pergunto em um tom de voz sério e preocupado

E essa preocupação aumenta mais ainda após sem que eu menos estivesse esperando, ela começa a chorar ali diante da câmera.

Puta merda, o que será que aconteceu? Será que tem algo haver com o pai dela? E se o motivo for eu? Caralho, eu nunca vou me perdoar.

- Jujuba... fala comigo, o que houve? - era possível sentir o meu desespero só no meu tom de voz

- Eu... eu... - ela tenta falar mas as lágrimas a impedia - Ai, Pablo! Eu sou uma burra. - isso só faz minha preocupação aumentar mais ainda

- Caralho, Emily... me fala o que aconteceu com você, tô ficando preocupado, jujuba... - falo tentando não perder o controle

Eu odiava duas coisas na minha vida, perder um jogo e vê a minha Emily chorando. Quando seu pai morreu e ela ficou por uma semana chorando, eu já não sabia mais o que fazer, só queria guardá-la num lugar onde pudesse tirar toda sua dor.

Por alguns minutos ficamos em silêncio, eu só ouvia o som do seu soluço, ela estava com o rosto escondido entre as mãos, mas eu sabia que seu lindo rostinho estava vermelho feito uma pimenta.

Sem saber exatamente como reagir, apenas a deixei chorar, era tudo o que estava no meu alcance naquele momento.

E eu me senti um merda por não está lá para poder a dar um abraço e dizer que tudo ia passar, mesmo sem saber o que aconteceu.

𝑷𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆, 𝒏𝒐𝒔//𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora