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𝓔𝓜𝓘𝓛𝓨
Bizarro a forma em que minha vida muda quando eu estou com Gavi, parece que ela fica mais agitada, sei lá.
Quando não estávamos juntos, eu conseguia fazer minhas coisas tranquilamente sem ter alguém no meu pé.
Mas agora que voltamos, não posso nem ir a praia que no outro dia já tem meu rosto lá, estampado em todas as páginas de fofoca possíveis.
E como se já não bastasse isso, várias marcas entraram em contato comigo querendo que eu fosse o mais novo rosto deles.
Aceitei apenas os de maquiagem, afinal de contas, qual mulher não quer ganhar maquiagem de graça não é mesmo?
Tirei alguns dias de folga do time e vim para Madrid ficar com minha mãe, ela está organizando o quartinho dos gêmeos e eu disse que queria ajuda.
A casa em Madrid é composta por três quarto, a suíte do casal, meu antigo quarto e o quarto de hóspedes que é onde minha vó está dormindo.
Então minha mãe pediu minha permissão para deixar minha vó migrar para o quarto que era meu quando eu ainda morava aqui e eu disse que aceitava, com tanto que ela não mexesse nas minhas coisas que eu havia deixado.
Mas é claro que eu sei que minha vó irá arrumar algum jeito de fazer o quarto ficar mais a sua cara. Provavelmente no lugar onde costumava ser dos meus perfumes e maquiagem, será o seu santuário de devoção.
Vó Maria é católica roxa. Sempre com um terço e uma santinha em mão.
Outra coisa que me trouxe a Madrid também, foi uma ligação da minha advogada dizendo que o inquérito do caso "Lionel" tinha sido reaberto e ele finalmente iria a julgamento, depois de quase cinco meses.
Eu não comentei nada a respeito disso com Gavi, até porque, ele surtaria se soubesse.
Até hoje ele não pode nem sequer ouvir menção do nome de Lionel que já sente seu sangue ferver em raiva.
Única pessoa que sabe, além da minha mãe, é Pedri, já que ele era uma testemunha importante no caso e minha advogada teria que conversar com ele para colher seu depoimento mais uma vez.
Eu o implorei para que não contasse nada para Gavi e eu espero que ele continue cumprindo com o trato de não dizer nada.
A propósito, não, minha advogada não é a minha mãe. Eu não quis a envolver nesse drama todo, ainda mais estando grávida.
Juan até se ofereceu para assumir o caso, mas disse a ele que preferia que fosse alguém de fora da família para não influenciar em alguma coisa de certa forma.
Foi então que eu conheci a Doutora Ana Carolina, ou melhor dizendo, Carol.
Minha mãe que nos apresentou, já que Carol foi sua estagiária na época em que ela estava fazendo faculdade.
