𝓿𝓮𝓲𝓷𝓽𝓲𝓾𝓷𝓸

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COM VOCÊS:

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COM VOCÊS:

P A B L O G A V I

t̾r̾e̾s̾ ̾a̾n̾o̾s̾ ̾a̾t̾r̾a̾s̾

Quando sai do treino passei em casa correndo apenas para pegar minha nova camisa. Finalmente eu havia conseguido, agora eu oficialmente faço parte da base do Barcelona time.

Aproveitei que minha mãe estava saindo para ir ao mercado e pedi para ela me deixar no hospital. Já fazem alguns meses desde que o senhor Emanuel, pai de Emy está internado e hoje decidi ir faze-lo uma visita para mostrar a ele que finalmente conseguimos.

Graças a ele minha paixão por futebol e principalmente pelo Barcelona cresceu junto comigo. Acho que se não fosse por ele, eu não seria a terça parte do jogador esforçado que sou hoje.

Então, nada mais justo do que comemorar com ele também, mais essa conquista.

Agradeço minha mãe quando o carro parou em frente ao hospital e desço do mesmo apressado. Me aproximo da recepção e a moça me olhar.

- Olá Pablo, como vai? - Maria, uma das enfermeiras disse se aproximando

- Estou ótimo e você, como vai? - perguntei eufórico

- Vou bem, obrigada por perguntar! - ela sorriu simpática - Aqui, toma. - me entregou o crachá de visitante

- Obrigado, Maria. - agradeço e saio praticamente correndo

Fui até o elevador e apertei o número do andar onde Emanuel estava internado. Segurei com forças as alças da minha mochila, estou nervoso e me perguntando como será a reação dele.

Quando as portas de metais se abriram, eu saí apressado e fui até a porta do quarto dele. Diminuí um pouco minha euforia quando vi que o mesmo se encontrava dormindo, me aproximei da cama e cuidadosamente toquei a mão dele que acordou um pouco assustado e confuso. Mas ao me ver abriu um sorriso cansado.

- Menino, Gavira... como vai? - sua voz era uma voz cansada

- Bem... - cocei a nuca meio sem jeito - Acho que vou bem e o senhor? - ele deu uma risada

- Sobrevivendo... - eu olhei para ele com pesar

- Olha, eu tenho uma surpresa pra você. - tirei a mochila das costas

- Surpresa? - ele disse olhando curioso

Retirei a camisa de dentro da mochila e a ergui diante de seus olhos para que ele pudesse vê. Por alguns segundos ele não disse nada, mas meu peito apertou ao ve-lo começar a chorar e erguer a mão sem forças tocando na camisa.

Era a cena mais triste do mundo ver um homem tão forte quanto ele era, assim, deitado em um leito de hospital, magro e mais branco que uma vela, respirando com ajuda de aparelhos.

Há 1 ano atrás ele, junto de sua família recebeu o diagnóstico que estava com leucemia. Eu me lembro de ter passado um dia inteiro com Emily em meus braços chorando feito uma criança que acabou de perder um brinquedo importante.

𝑷𝒓𝒂 𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆, 𝒏𝒐𝒔//𝑷𝒂𝒃𝒍𝒐 𝑮𝒂𝒗𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora