Six | Em Chamas

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🎙️ | Antony Santos

- Poderia ter beijado - digo me encostando na pequena mesinha próxima da varanda do meu quarto.

- E agora? - ela chega mais perto alisando meu peitoral com as unhas cor rubi.

- Não brinque com fogo, lobinha - falo baixinho próximo do seu ouvido e vejo sua pele se arrepiar com a minha voz.

- E se eu quiser me queimar? - o brilho intenso dos olhos da loira brilhava com a luz que vinha da varanda.

Ela encosta mais o corpo junto ao meu ainda em pé sem tirar seus olhos castanhos dos meus.

- Antony - ela fala manhosa - me beijei por favor. - ouço sua voz baixa no meu pescoço.

Olho pra ela que passou a língua pelos lábios me deixando sem opção alguma de dizer não.
A jogo pra trás iniciando um beijo não tão calmo, sinto o gosto de vodka e menta que vinha da sua boca.
Nossas respiração estava totalmente descontrolada assim como o nosso instinto.

- Beijar você não vai tirar a minha vontade de - ela me interrompe voltando a grudar nossos lábios.

Sem pensar duas vezes jogo a mesma no imenso puf macio que havia na varanda, olho para os lados e os dois quartos que haviam próximos estavam fechados.

Nem os sopros frios daquela madrugada apagava o calor que havia se instalado em nossos corpos. Valentina sorri travessa puxando meu colar e assim inverte as posições sentada em meu colo.

- Eu que comando - a loira joga os cabelos fazendo um coque no topo da cabeça e volta a me beijar.

Sinto seus beijos molhados descendo pelo meu abdômen devagar me fazendo morder os lábios segurando um gemido.

- Tem certeza disso? - pergunto pra ela que já estava no chão arrancando a última peça de roupa que eu ainda estava usando.

- Absoluta - ela concorda retirando minha peça pra fora e deixando à mostra algo o qual ela enfiou de vez na boca.

Sua boca fazia movimentos de vai e vem que me levava pra outro mundo, além de beijar bem ela dominava ou melhor ela era boa em tudo.

- Pode gemer gatinho - ela diz - quero ouvir você.

Gemi alto quando sinto meu líquido sair e ser engolido com gosto por ela que sorria feito criança. Maldita! Ela era mais que perigo.

Em um movimento rápido, trago a mesma ao meu colo e entro para o quarto sem deixar de beija-lá. Jogo a mesma na cama que já estava sem a parte transparente, retiro o resto de roupa que a mesma ainda tinha. E começo a entrar dentro dela bem devagar a fazendo ficar louca.

- Por favor - ela súplica.

- Eu quero ouvir você pedir. - digo e a vejo revirar os olhos de prazer.

- Me fode, amor.

Era a frase que eu precisava pra finalmente socar forte. Penetrei de vez com movimentos rápido sem deixar de ouvir seu gemido alto ecoar pelas quatro paredes do quarto.

- Puta que Pariu - ela se joga ao meu lado na cama.

- Me lembre de provocá-la mais vezes - falo ligando o ar e me deitando juntando nossos corpos.

Nos olhamos pela última vez naquela noite, que iria ficar marcada em mim. Eu, os olhos castanhos e a dona dos lábios de mel.

🎙️| Valentina Silva

Acordei com o grande clarão que saia da janela, e sinto que não estava sozinha, olho pra cima e vejo o rosto dê antony ainda dormindo e cenas da noite me veem a tona.

Eu transei com ele? Me sento na cama devagar tentando pensar na merda que tinha acabado de acontecer. Eu havia transado com antony, o garoto que eu não suportava até ontem.

Me levanto da cama devagar para não acorda-ló olho no celular dele que estava na mesa de cabeceira onde marcava nove da manhã. Procuro as minhas partes íntimas e rezo pra que ninguém esteja no corredor.

Por sorte não havia ninguém ali, entro em meu quarto direito para o chuveiro, passo as mãos pelo meu corpo e sinto ele me tocar, mas ele não estava ali. Porra Valentina.

Coloco uma blusinha solta, um short jeans e desço as escadas fazendo um coque alto no cabelo. Observo a mesa de café posta e alguns ainda tomando café.

- Bom dia! - digo pra todos e Duda ri

- Bom dia dona Valentina - diz Lucas - da próxima vê se geme mais baixo! - Duda mete a mão na nuca dele.

- como é? - Thiago chega na hora se sentando ao meu lado.

- você estava ouvindo coisas Lucas! - digo tentando converter a situação. - Eu capotei com um remédio pra dor de cabeça ontem.

- Remédio ou chá? - Ainê diz mordendo o pão.

- Fui no quarto da Valen ontem de madrugada pra pegar minha escova no banheiro, mas não a vi no quarto - Carol solta e eu a olho com raiva.

- Ué vim na cozinha - digo pondo meu café em uma xícara.

- Bom dia gente - Antony adentra na cozinha e eu desvio olhar.

- Nosso garanhão chegou! - richarlison brinca - como foi a noite em? - olha para os dois.

- Com muita dor de cabeça - ele vê meu desconforto e responde.

Depois das piadinhas e brincadeiras do café da manhã os meninos se despediram de nós e foram para o treino. Desde o café não dei se quer uma palavra com antony, ainda estava envergonhada.

Queria esquecer o que havia acontecido naquela noite, mas como esquecer? Como esquecer o seu toque? Não tinha como.

Talvez Nós Dois -  𝘼𝙣𝙩𝙤𝙣𝙮 𝙎𝙖𝙣𝙩𝙤𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora