Capítulo 39- Roupinhas para bebês

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Ethan Leblanc

— Tem previsão de chuva hoje, provavelmente vão liberar mais cedo já que a rua daqui alaga com temporais — Vittor dizia enquanto guardava seus livros no armário.

— Seria bom demais para ser verdade — falei encostado no armário olhando em volta.

Vejo Renata conversar com outras meninas, todas tinham cara de ser nerds. Fiquei surpreso, já que pela sua personalidade ela aparentava andar com pessoas insuportáveis iguais a ela.

Ela anda pela escola como se fosse a dona de tudo, uma verdadeira patricinha nojenta dos filmes adolescentes.

— Você deve ter pegado uma má impressão dela. Eu entendo, ela mudou completamente em horas, não entendo o motivo.

— Como assim? — perguntei de sombrancelha erguida.

— Vai por mim, ela é uma pessoa dócil e gentil, tem uma personalidade forte e nunca se achou melhor do que ninguém. Só que... — falou e me encarou — ela mudou do nada, somente isso.

— Eu prefiro acreditar na história que ela sempre foi assim.

A pego me encarando e não desvio o olhar, ela rapidamente olha para outra menina disfarçando, aparentava estar sem graça.

Ela se despede e vem em minha direção — Eu estava tentando desfazer a mentira, de nada — disse enquanto parava ao meu lado.

— Por mim, que essa mentira dure toda a eternidade. Já sinto uma paz interna não vendo nenhuma menina no meu pé.

— Oie, lindo — uma menina diz enquanto passava na minha frente.

Poisé, não vou ficar impune nessa.

Renata da uma risadinha — Bom, se quer que essa mentira se sustente deveríamos mentir melhor, certo?

A encarei de sombrancelha erguida.

— Deveríamos fingir que estamos namorando, assim nenhuma menina te perturba mais e — ela percebe que não estou mais ao lado dela. Estou do outro lado do corredor puto da vida, é sério que ela acha que eu vou aceitar um tipo de coisa dessa? Que iludida, prefiro aguentar esse inferno de ser paquerado a cada 5 segundos do que fingir ter algum tipo de relacionamento com essa maluca.

— Ei, Ethan! — Alice acena para mim e vem correndo em minha direção. Ela correndo parece um pombinho, sem ofensas, claro.

— O que foi? Não está satisfeita de criar historinhas mirabolantes sobre mim? Vaza.

— O que? Do que você está falando? — ela pergunta confusa.

— Não se faça de tonta, porra! Você publicou novamente mais uma foto minha no jornal dizendo que eu estou pegando a otária da Renata!

— Não fui eu que publiquei isso!

— Oh, então foi quem então? — falei fingindo surpresa. — O Vittor te enviou na minha frente!

— Bom, então ele mentiu — falou se recompondo e respirando fundo —  Ele deve ter enviado pra Sabrina... É o braço direto dele. AQUELA VACA! — falou e deu um soco no armário. Todos do local a encaram de sombrancelha erguida, inclusive eu.

— Olha só, a Vanellope está bravinha... — uma patricinha aleatória disse enquanto passava reto em nossa frente.

Ela mostra a língua pra ela, porém ela não vê já que estava de costas — Ok, o que você queria?

Ela me encara confusa.

— Por que você estava atrás de mim? PORRA! — falei já cansado de sua lerdeza.

Apenas Uma Última Vez - Acordo com um LeBlanc - Livro 1 (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora