Capítulo 30 - Seu primeiro erro

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Denner LeBlanc

Levei o garoto até algum hospital próximo para retirar os rastreadores que estavam nele, obviamente os médicos estranharam e perguntou quem era os responsáveis por ele. Inventei uma história dizendo que ele tinha sido sequestrado e que eu o achei e resolvi o adotar, como eu sou conhecido ele não duvidaram e fizeram o que deveria ser feito.

— Você realmente vai me "adotar"? Não preciso de sua ajuda.

— Bom, você tem duas escolhas. Ou você vem comigo ou aqueles caras te sequestram de novo, você quem sabe.

Ele me encarou pensativo e respirou fundo. — Não pense que eu seja uma criança desesperada por algum tipo de relação paterna — falou e entrou na sala de cirurgia.

Dei um sorriso de lado e saí do hospital, fui atrás de algumas roupas para ele ficar alguns dias em casa. Comprei e decidi comer alguma coisa pois já estava com fome. Já estava quase na hora do almoço e Isabela me liga.

— Bom dia amor.

— Bom dia! Você vai almoçar em casa?

— Provavelmente vou chegar mais tarde, ocorreu um imprevisto...

— Oh, entendo... Qualquer coisa você me liga e me avisa tá bom? Não me deixe preocupada!

— Pode deixar, até logo.

— Até! — desliguei o telefone com um sorriso bobo nos lábios. Fui até um restaurante e pedi a porção de sempre.

...

Após terminar a refeição, me retiro do restaurante e volto até o hospital, o médico disse que conseguiu retirar um total de 15 rastreadores do corpo dele. A maioria estava desativado, porém outros não.

— Ele vai ter que passar alguns dias aqui?

— Não será necessário, já fizemos os pontos e depois de alguns dias vocês podem voltar para retirar. Provavelmente de tarde ele sinta dores no corpo — ele me entrega um papel — compre esses remédios que ajudarão.

— Obrigado — falei e abri a porta do quarto onde ele estava de repouso.

Ele me encara de sombrancelha erguida — Como se sente? — pergunto.

— Estar anestesiado é um saco.

Observei a comida sobre uma mesinha ao seu lado — Não vai comer?

— Me recuso a comer comida de hospital, prefiro passar fome. Já estou acostumado.

Retiro da sacola algumas porções de batata frita e frango — Eu imaginei que não gostasse.

Vejo seus olhos brilharem — Isso é para mim?

— Pra quem mais seria?

— Interessante, você é completamente diferente do que dizem — falou pegando a caixinha branca e a abrindo — Não pense que irá me comprar com isso, eu estou de olho em você, Denner LeBlanc!

— Eu já entendi isso — falei dando uma risada.

— Aliás, por que se importa comigo? Eu posso tentar te matar a qualquer momento.

— Não te subestimo por isso, eu sei que você não tem para onde ir. Vejo isso pelo seu olhar — falei e o mesmo desvia seus olhos — vi que você tem potencial para...

— Matar? Roubar? — falou me interrompendo — me recuso a fazer parte do seu esquema, Leblanc.

— Para ser um grande homem — finalizei minha frase e ele me encarou confuso.

Apenas Uma Última Vez - Acordo com um LeBlanc - Livro 1 (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora