Capítulo 19 - Despedida

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Denner LeBlanc

Chegamos no hotel, Bryan e Duda se despediram da gente e entraram em seus quartos. Matt disse que a Amora só voltaria para o hotel amanhã e que ele cuidaria de tudo. Isabela estava curiosa, ela queria saber como eu sabia que tudo aquilo iria acontecer. Eu sou dono de uma máfia, eu sei de muita coisa que ela nem se quer sonha, ela me subestima demais.

Após o meu reencontro com Tylor, eu já sabia tudo sobre ele. Eu pesquisei, sei o nome de todos os seus parentes, sei cada lugar que ele está e o horário, e isso me deixa extremamente aliviado. Já que está sobre o meu controle, não preciso me preocupar com ele.

- Você sabia que ele ia estar lá? - falou colocando seu pijama.

- Sim, e que ele iria chegar em você. - ela me encarou.

- Só queria ter certeza se você não iria se oferecer para ele.

Ela me encarou surpresa e dou um sorriso de lado. - Brincadeiras a parte, eu sei que você não faria isso comigo, não é?

- Claro que não.

- Como eu pensei. Enfim, minha real intenção era saber se ele iria te "sequestrar". Mas como eu pensei, ele não seria capaz de fazer isso. O motivo seria... Medo de mim.

- Cá entre nós, só iria dar ruim pra ele, ele seria perseguido por mim e Leonardo pra conseguir você. - concluí.

- Ele disse que se eu decidisse ficar com ele, ele iria fazer de tudo para me proteger também.

- E você confia nisso?

Isabela fica sem responder. - Não tenho certeza, não o conheço...

- Não tem certeza?

- Não. - disse e respirei fundo.

- Da um desconto, Denner. Poxa, eu também não sei quase nada sobre sua vida mas eu estou aqui!

Tirei minha camisa e fui até o closet pegar um roupão. - Você tem um ponto - falei.

- Mas mesmo assim, fiquei ofendido com esse comentário. - concluí e a mesma revirou os olhos.

- Você...

Me virei para ela.

- Você já matou alguém, Denner?

A encarei surpreso, droga...

- Qual resposta você gostaria de ouvir?

- Que não...

- Então não, não matei.

- Por favor, seja sincero comigo... - falou e se aproximou de mim.

Respirei fundo e evitei contato visual. - Olha, já fiz coisas piores do que matar pessoas, Isabela. Mas ultimamente eu prefiro mandar matarem do que eu mesmo fazer o serviço.

Isabela me encara horrorizada parecendo que eu falei que papai noel não existisse pra uma criança de 6 anos.

- Só mato pessoas ruins.

Ela encara o chão pensativa.

- Eu sei que você vai falar que não justifica. E eu juro por tudo, meu amor, eu evito ao máximo voltar a fazer isso. Por você, eu largaria tudo e fugiria para outro país começando como garçom de algum bairro esquecido. - falei e a mesma deu uma risadinha fofa. - O que acha?

- Achei corajoso de sua parte!

De uma risada e a abracei. - Eu te amo, vamos apenas esquecer tudo isso e ir dormir? Amanhã a gente conversa melhor. - falei indo para a cama, puxei o braço da mesma fazendo ela cair sobre mim.

Apenas Uma Última Vez - Acordo com um LeBlanc - Livro 1 (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora