"Ele me olhava como se quisesse me devorar por completa, mas eu não poderia cair em seus joguinhos novamente, mesmo ele sendo um bom estrategista."
Após as mortes misteriosas de seus pais e a partida de seu irmão mais novo, Isabela Miller consegue...
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Isabela Miller
Comecei a observar a chuva que caía sobre as ruas. Denner falava pouco, o rádio estava ligado e era a única coisa que evitava o clima tenso que insistia em ficar sobre nós.
Então, decidi falar.
— O que te levou a inventar aquele acordo?
Denner me observou, e em seguida, olhou para frente novamente.
— Acho que você seria uma ótima secretária. — finalmente respondeu.
Obviamente isso não me convenceu.
— Mas por que você faz questão de me levar para morar com você? Você realmente se importa comigo? Nós nem nos conhecemos...
Denner apertou suas mãos sobre o volante, aparentando não gostar do assunto. — Olha, eu realmente acho que você tem potencial e que teria sucesso e segurança se ficar comigo temporariamente — o farol se fechou.
Ele realmente não vai me dizer.
Eu não confio nele, mas não tenho opção...
Respirei fundo e fiquei cabisbaixa pensando sobre o assunto. Ele me observou confuso, soltando um leve suspiro.
Aparentava estar arrependido de ter dito algo.
Ou de não ter dito.
— Você não entenderia. — Olhei para ele e acenei com a cabeça.
Denner LeBlanc é um homem cheio de mistérios.
Após um tempo de carro, chegamos em sua casa.
Sinceramente, parecia ser um castelo.
Um homem de terno chegou com um guarda chuva e abriu a minha porta.
— Mostre a ela a casa. — Denner ordenou.
— Aonde você vai? — perguntei confusa.
— Sou um empresário, Isabela, nunca fico parado em um lugar só. — deu a partida no carro, indo embora.
Observei com um olhar de tédio o carro sumir de minha vista.
— Vamos? — o homem de terno se aproximou.
— Sim, claro!
Após andar sobre o enorme quintal da casa, o silêncio é quebrado pelo homem. — O Sr. LeBlanc raramente fica nessa casa. Quer dizer, nem parece que ele mora aqui, sabe?
Fiquei intrigada. — Sério? — perguntei.
— Sim, inclusive você é a primeira mulher que pisa nessa casa, tirando a mãe dele e as empregadas, claro! — riu e se virou, fazendo com que o guarda chuva saísse de minha cabeça. — Ai meu deus, desculpa! — colocou sobre mim novamente.
