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Ao amanhecer, toda a tropa de exploração estava no topo da muralha, prontos para atacar o titã anormal do Rod Reiss. Os canhões fixos da muralha estavam prontos para serem usados, o que seria um ponto a nosso favor.

O titã finalmente ficou próximo o suficiente da muralha para um dos soldados dar a ordem de atirarem com os canhões, mas tudo aquilo foi em vão, já que nenhum tiro conseguiu penetrar a nuca dele. Os barulhos estrondosos dos canhões continuam sendo ouvidos, mas nenhuma bola conseguiu atingi-lo de fato.

Esses soldados são atrapalhados, eles não sabem operar os canhões e os líderes não têm voz. Agora estamos lutando pra valer e eles possuem nenhuma experiência real no campo de batalha. Mas temos que aceitar que é com isso que teremos que lutar. Tirando o fato de que essa estratégia é mais uma aposta do reconhecimento, aliás, uma aposta do comandante Smith. Então temos que torcer para que ela dê certo.

— Erwin! Eu trouxe umas coisas! — Cantarola Hange, se aproximando com muitos barris. — Toda a pólvora, redes e cordas que eu achei. Vamos ter que trabalhar com isso. O gatilho já está na posição certa, então quando atirarmos o vento vai servir de apoio igual ao DMT! — Diz alegre. — E então, como está a artilharia?

— O mesmo efeito de uma picada de mosquito. — Levi a responde. — Vamos precisar mesmo usar isso aí.

— Escutem. — O comandante Erwin começa. — Levi, Jean, Sasha, Connie, cuidem daquele lado!

— Entendido!

Depois dos quatro terem ido para o lado sul, começamos a juntar os barris dentro de uma rede, o titã estava colado na muralha, de longe pudemos ver o vapor quente sendo expelido por ele. E em um piscar de olhos ele se apoiou na muralha, fazendo com que seu rosto deformado fosse finalmente visto por todos. Seu estômago estava a mostra, resultado de todo o tempo que ele se arrastou até aqui, seus órgãos escaparam de si e foram derretendo e se desfazendo pela muralha.

Jogamos água em nossas cabeças para cortar o calor do vapor, nos posicionamos com a invenção da Hange, e o Eren se transformou em titã, assim esperamos a ordem do comandante Erwin. Quando o sinal foi dado, lançamos o explosivo nos dois braços do titã, ação que fez ele se desequilibrar para frente.

— EREN! — Gritou o comandante.

O Titã de ataque saiu do meio da fumaça carregando a rede com os barris, assim que o anormal abriu a boca novamente, o de ataque lançou os barris com pólvora goela a baixo, nossa intenção era explodir a nuca do titã Rod Reiss, o que acabou dando certo. Uma grande explosão começou e os pedaços que saíram do anormal voaram sobre a muralha, indo em direções aleatórias.

— TROPAS USEM OS SEUS DMTS! — Erwin deu a ordem.

Avançamos contra os fragmentos do titã, no objetivo de achar o meu pai em um deles. O comandante Erwin não queria de jeito algum que eu e Historia participássemos dessa ocasião, mas insisti em vir. Eu queria me desculpar com a Historia, por ser tão egoísta e vir sem ela. Mas essa é a primeira vez que eu me rebelo contra os meus pais, essa vai ser a minha primeira e última briga... De pai e filha.

Uma parte diferente do titã passou sobre mim, naquele momento soube que era a nuca do anormal. Desviei dos outros fragmentos com destreza, usando o ganho do meu DMT para me agarrar ao pedaço que queria fatiar, segurei minhas lâminas com força, partindo aquela carne ao meio.

Assim que senti minhas espadas atravessarem uma parte em específico, pude acessar uma das memórias do Rod Reiss, onde ele estava gritando com seu próprio pai, alertando-o que o poder do fundador poderia salvar a humanidade. Logo, várias cenas que eram importantes para o Reiss apareceram, como Uri, o irmão dele, e Frieda, a filha mais velha. Mas foram cortadas quando o fragmento em que cortei explodiu, me fazendo voar para longe.

Assim que levantei a cabeça e olhei para os lados, ouvi algumas pessoas murmurando à minha volta. Suspirei ficando de pé, fechando o punho e levando a altura do coração, encarando os cidadãos ali.

— Eu sou [Nome] Reiss, irmã de Historia Reiss. E a verdadeira sucessora da rainha das muralhas!

[...]

O dia da coroação da Historia tinha finalmente chegado. Toda a população aceitou a ideia de primeira, por incrível que pareça não teve tumulto nem brigas.

Agora, estávamos todos dentro do palácio, Jean, Sasha, Connie, Historia, Eren, Armin, eu e Mikasa. Nessa ordem. Como Historia se tornou a nova rainha, eu e Mikasa tivemos a brilhante ideia da garota socar o capitão Levi e, ela aceitou!

— Espera, você vai mesmo fazer isso, Historia? — Eren pergunta aflito.

— Sim, eu vou.

— A [Nome] tava só brincando! — O Yeager me olha. — Não é, [Nome]?

— Depois que você der uma porrada nele, fala: "Duvido que você revide." — Risonha, eu disse a ela.

— Que droga... Esquece isso Historia, não vale a pena!

— Mas se eu não fizer isso, como eu vou ser a rainha?

— É, manda ver Historia! Falou bonito! — Jean incentivou.

A loira parou de andar e recuou assim que viu o capitão parado no corredor, Connie soltou um risinho e empurrou a Historia pra frente, fazendo ela se aproximar mais do Levi. A loira repensou antes de gritar e atingir um soco no braço do capitão, o que não adiantou nada, já que ele nem se mexeu. Mikasa e eu sorrimos fazendo um sinal de mãos e os outros ficaram surpresos com a reação do Levi.

— O que achou!? Eu sou a rainha! Vai fazer o que!? — A garota disse rindo, mas parou em seguida, quando o Levi riu, deixando todos nós espantados.

Não era comum o capitão sorrir, na verdade, eu nunca vi ele sorrir.

— Vocês todos, obrigado.

ℭ𝐄𝐋𝐄𝐒𝐓𝐈𝐀𝐋, 𝗌𝗁𝗂𝗇𝗀𝖾𝗄𝗂 𝗇𝗈 𝗄𝗒𝗈𝗃𝗂𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora