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Então galera, desculpa essa demora toda pra postar cap novo, não tava gostando de nada que eu tava escrevendo e acabou que consegui fazer esse aqui.

E talvez eu lance algum outro capítulo essa semana se eu conseguir, mas provavelmente eu vou postar sim.

É isso, boa leitura a todos, beijo!









Depois que as informações sobre os povos fora das muralhas foram divulgadas, a população reagiu, surpreendentemente, de forma pacífica. Claro, havia os protestantes que odiavam qualquer verbo do governo, mas ainda assim, era a minoria dos cidadãos.

A Historia decidiu homenagear os soldados que voltaram vivos da última expedição, como prova da lealdade do reconhecimento. E agora, todos estavam juntos no saguão do palácio, de luto por seus colegas perdidos na última missão.

— Ei, heróis das muralhas! — a voz conhecida fez vocês olharem na direção em que ela vinha, assistindo a Hitch se aproximar de onde estavam. — Eu vim só pra ver vocês recebendo as medalhas.

— Você veio... — Jean foi o primeiro a falar, ficando sem jeito ao tentar falar sobre o amigo falecido da garota. — Olha, o Marlo... Foi muito corajoso, até o final. Não é, Floch? Conta pra ela! — O Kirsten apoiou a mão no ombro do ruivo, o incentivando a dizer algo.

— É, foi sim. — respondeu. — Todos nós estávamos petrificados pelo medo, mas ele conseguiu nos inspirar com um discurso de última hora. Ele foi um soldado incrível. — Floch levantou o olhar para encarar Hitch, que o respondeu com um murmúrio. — Mas no fim, ele deve ter se arrependido de ter ido naquela missão.

— Obrigada. — ela se virou para ir embora, nitidamente afetada pelo último comentário. Sua voz triste estremeceu ao se despedir de vocês. — Se fizerem besteira na apresentação eu vou dar risada.

— Pra que você falou isso!? — Jean chamou a atenção dele quando a loira já estava longe o suficiente.

— Porque alguém precisa falar a verdade. — o ruivo virou o olhar para o Armin, que estava do seu lado, fazendo-o se sentir desconfortável.

— Eu sei o quanto você queria trazer o comandante no meu lugar, Floch. — Armin se pronunciou pacificamente.

— Isso mesmo, deveria ter sido o comandante e não você. E eu não sou o único que pensa assim, todos que leram os relatórios pensaram a mesma coisa!

— E você conhece o que do Armin pra falar isso!? — Eren segurou o ombro do Arlert, levando a mão na direção do Floch. — Fala!

— Eu não sei. Não temos relação alguma. — com um sorriso ardiloso, o Foster deu alguns passos a frente para ficar próximo do Armin e começou a falar novamente. — Mas eu sei muito bem o porquê do Armin ter sido escolhido. Vocês dois, — apontou para você e o Eren, que agora estavam ambos do lado do loiro. — e o capitão Levi deixaram a emoção no comando. Se acharam os donos da razão e tomaram uma decisão irracional! Vocês não podiam abrir mão de alguém importante!

— Escuta aqui, você devia calar essa sua boca! — você deu alguns passos ligeiros, se aproximando do Floch e quase enfiando o dedo no rosto dele, forçando-o se afastar de você. — Você não tem consideração ou respeito por todas as pessoas de luto aqui? Se foi decisão do capitão Levi o Armin estar aqui agora, você não tem nada a ver com isso, e para de falar do Armin como se a culpa fosse dele, sendo que nem consciente quando tudo aconteceu ele estava.

— Eu sei de tudo isso, e tenho plena consciência que eu sou tão substituível quanto você. Mas mesmo assim, eu poderia pelo menos escolher por quem vou morrer.

Um silêncio desconfortante se instalou ali, antes mesmo que qualquer um dissesse algo, o Levi apareceu os chamando para o acompanhar até onde iria acontecer a cerimônia.

Já na sala, todo o esquadrão Levi ajoelhou-se no primeiro degrau que dava acesso ao relevo da sala, logo abaixo de vocês, o esquadrão Hange. Historia respeitou os votos de iniciação, assim como todos os outros soldados, um minuto de silêncio foi feito de luto. Mas não teve mais tanta emoção receber as medalhas, afinal, para o que e para quem elas vão servir agora? Ter memórias dos que já foram?

No momento em que a Historia colocou a sua insígnia em volta do seu pescoço, por poucos segundos pequenos raios apareceram em volta de você, foi quando a sua irmã estendeu a mão para você beijá-la que um choque correu por todo seu corpo. Esse pequeno instante foi o suficiente para que todas as memórias do fundador passassem diante os seus olhos.

Seu corpo entrou em pane por alguns minutos, mas assim que aqueles flashes pararam, espremeu os olhos com força, sentindo uma dor de cabeça forte.

Assim que a cerimônia terminou, ficou pensando sobre o que aconteceu, era tanta informação que sua mente não estava suportando, pensou se contaria o ocorrido para alguém, mas preferiu ficar em silêncio sobre isso por um longo tempo depois desse dia.

E então se passaram alguns meses, o inverno já havia passado, e no primeiro dia da primavera os militares informaram que a muralha maria não tinha mais titãs. O uso dos elevadores de Trost foi liberado sucessivamente, permitindo a pavimentação da estrada principal. Os refugiados de Trost puderam finalmente voltar para suas casas, quase um ano depois do ataque que tivera ali.

Havia se passado seis anos desde o primeiro ataque do titã colossal, e o reconhecimento voltou a fazer expedições fora das muralhas. A maioria dos titãs realmente estava dentro da muralha maria, e em pouco menos de um ano a tropa de exploração havia acabado com todos eles.

[...]

Com a volta das expedições do reconhecimento, vocês agora estavam indo em busca do tal chamado oceano. Durante todo o caminho, nenhum titã foi avistado, nenhum mesmo. Passaram pelos campos de grama, e também o enorme campo de areia, onde você viu o enorme porto onde Marley injetava o líquido espinhal de titãs em eldianos anti-Marley, e um pouco mais a frente, o destino de vocês.

O mar estava ali, diante dos seus olhos.

Por mais que agora já o conhecesse, por culpa das memórias que viu, ainda assim era lindo e diferente. Você desceu do cavalo e tirou suas botas, aproveitou também para subir o comprimento da calça, não queria se molhar.

O primeiro passo foi estranho, a água era gelada e a textura da areia dançando entre os seus dedos fazia cosquinha, mas era bom. Mais alguns passos à frente você parou ao lado do Armin, mas continuou olhando as ondas quebrando, era tudo tão bonito, a cor do céu se misturou com o mar, fazendo com que o horizonte parecesse infinito. O sol refletia na água, e as ondas que estavam se formando brilhavam nesse processo.

Sasha, Connie e Jean brincavam de jogar água uns nos outros, e acabaram experimentando um pouco do líquido salgado no meio da bagunça, mas pareceram ter se arrependido amargamente da ideia por causa das caretas feitas. Levi brigava com Hange por querer encostar nas coisas dentro da água, ou simplesmente por beber ela.

Você parou de prestar atenção nos outros, direcionando o olhar para o loiro do seu lado, que estava com um concha nas mãos. Ele olhou para você com estrelinhas nos olhos e formou o melhor sorriso que podia, voltando a olhar para o mar depois.

— Viu, eu te disse, Eren. — o Armin afirmou assim que o moreno parou do seu lado. — É um lago de sal tão grande que os vendedores podem ficar a vida toda trabalhando e não vão conseguir todo sal. — falou sorridente, sua voz transmitia conforto e felicidade. — E no fim das contas, eu nunca estive errado.

— É... Você sempre teve razão... — o Yeager respondeu surpreendido, ele nem mesmo conseguia desgrudar os olhos dali.

— É uma beleza inestimável. — você acabou pensando um pouco alto, mas deixou de lado. — Do outro lado está a nossa liberdade, e acredito que em pouco tempo vamos conseguir conquistá-la, sentiremos finalmente como ser livre.

— Por que a nossa liberdade estaria do outro lado do mar? — o Eren olhou para você, reparando nos pequenos detalhes do seu rosto. Ele realmente queria entender o que passava na sua cabeça.

— Porque as pessoas que estão lá, — se referiu aos povos fora da ilha de Paradis, conectando seus olhos com os dele, não desviando um momento sequer. — roubaram isso de nós.

ℭ𝐄𝐋𝐄𝐒𝐓𝐈𝐀𝐋, 𝗌𝗁𝗂𝗇𝗀𝖾𝗄𝗂 𝗇𝗈 𝗄𝗒𝗈𝗃𝗂𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora