33. Summer of Love

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Juro

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Juro. Não demorou nadinha pro Pedro me ligar. Ele chegou no hotel e me ligou assim que pisou os pés no quarto. Dou uma risadinha antes de atender.

- Oi, amor. Tudo bem por ai?

- Oi, vida. Tudo certo e com você? Chegou bem no hotel?

- Cheguei sim, graças a Deus. O que você queria me falar?

- Então... lembra que hoje cedo você me mandou uma mensagem respondendo minha foto com o Totói no avião? Dizendo que eu seria uma ótima mãe?

Fico meio arrepiada ao mesmo tempo em que converso com ele. É um assunto delicado e sei lá... minha ansiedade não ajuda em nada. Tô no quarto com a porta fechada e a Marília me incentivou muito antes de eu vir.

- Sei. Amor... se foi cedo demais, esquece, tá? É só que eu pensei que seria legal a gente conversar sobre isso porque sei lá, eu tenho planos de viver com você por muito tempo e tal...

- Pedro. Calma. Eu não acho cedo pra gente conversar. Se a gente quiser passar o resto da vida ao lado um do outro, vamos precisar conversar. É que tem algo que você precisa saber.

- Ah... você não quer ter filhos?

- Não é isso. Eu quero, Pedro. E muito. Mas... quando eu tinha dezesseis anos, eu fui diagnosticada com SOP, a Síndrome dos Ovários Policísticos. A médica fez uns exames e pediu pra que eu colocasse o DIU, porque eu tenho predisposição à trombose, então não posso tomar pílula. Não resolve, mas acalma os sintomas.

- E o que é essa Síndrome dos Ovários Policísticos? Te machuca?

- Meu ovário fica com múltiplos cistos caso eu não use algum hormônio pra diminuir a incidência. E como impede a liberação dos óvulos no ovário... é difícil de engravidar, entende? E caso aconteça... favorece o aborto espontâneo também. Eu tô te contando porque... não quero estragar seu sonho de ser pai. Eu sei que é o que você sempre quis e...

- Maria Clara. - Ele me olha sério. - Você nunca estragaria meu sonho de ser pai. Sabe que a gente ainda pode tentar, e caso você não queira ou não dê certo, a gente sempre pode adotar. Vai ser nosso filho do mesmo jeito.

- É sério?

Juro que eu tô com lágrimas nos olhos e eu sei que ele é um cara tranquilo, mas foi uma reação muito incrível.

- Claro que sim. Eu sei que todo mundo deve achar a gente muito louco por conversar sobre isso agora. - Ele ri. - Mas eu pretendo passar os próximos anos da minha vida com você, então... a gente tem que ser sincero um com o outro, né?

- Com certeza. Eu quero muito ser mãe, mas... confesso que acho agora muito cedo. Talvez daqui um ano ou dois?

- Quando a gente se casar. - Ele diz, dando um sorriso.

L O S T  C A U S E | Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora