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FILIPE RET

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FILIPE RET

Sai do banheiro e já vesti uma roupa, olhei de canto pra vitória que tava deitada na minha cama como se tivesse alguma intimidade comigo.

—Deu tua hora já— falei e ela me encarou sorrindo

—Podíamos continuar da onde paramos— ela me olhou sorrindo sugestiva

—Não viaja, da no pé que daqui a pouco a Anna chega— falei e ela me olhou brava

—Idiota— ela resmungou vestindo a roupa
—Ficou sabendo que a sua queridíssima vai ir em juiz hoje pra pegar a guarda do bastardo?

—Sai fora Victoria, ou eu vou ter que sair de puxando?— perguntei bravo

—A gente se ver, amor— ela disse sorrindo

Ignorei a presença dela fumando um baseado e enquanto ela saia bufei.
Abri uma outra garrafa de Whisky e enquanto bebia, fumava o meu baseado na paz

Mas a paz não durou muito com a enjoada invadindo o meu quarto.

—Não acredito nisso, sinceramente você tá bebendo e fumando de novo imbecil?— ela disse irritada abrindo a cortina do quarto e logo em seguida a janela
—Esse quarto tá fedendo a puta

—Não enche— revirei os olhos

—Filipe me dá isso— ela disse tentando pegar a garrafa

Piada, como se com aquele barrigão ela fosse conseguir algo de mim assim. Tô bêbado, não tô morto

—Era pra você estar na casa do Gabriel, que diabos você tá fazendo aqui— ela questionou colocando a mão na cintura

Parecendo uma xícara a bolotinha

—Pensei que não gostasse dela, oque deu em você pra querer me empurrar pra ela?— perguntei desconfiado bebendo mas Whisky

—Nunca falei isso, idiota, em vez de estar aqui se entupindo com essas porcarias devia estar se desculpando com a garota

—Não foi só eu que errei. Segundo que ela não quer a minha companhia, tem o moleque agora

—Deixa de ser idiota Filipe, você sabe melhor que ninguém que ela precisa do teu apoio— ela disse

—Nossa você fala demais, para de se meter onde não é chamada— apontei o dedo pra ela

—Quando você terminar sozinho, você não reclama. Tá achando que essas putinhas que você come vão te dar algum futuro?— ela questionou irritada e saiu batendo a porta

Mesma patifaria e falação na minha orelha de sempre.

Tava cansado pra caralho, trabalhando em música nova, viajando e agora sou obrigado a ficar sem sexo por conta de uma mulher que não está nem aí.

EMILY RODRIGUES

Eu estava suando, literalmente.

—O menor Júnior Cauã da Silva, vivia pelas ruas e a minha cliente o encontrou, deu comida e um lar para morar, ela o trata com carinho. Ela tem um passado conturbado mas aqui estão as provas de que ela está se tratando— a minha advogada entregou nas mãos do juiz que analisou os papéis

—E você pretende criá-lo sozinha?— o promotor perguntou intrigado e eu passei as mãos suadas na minha calça com intenção de secar e me acalmar

—Sim— cocei a garganta

—Veja bem, ela tem condição financeira e adora crianças, nunca maltrataria uma criança— a advogada novamente se pronunciou

—Precisamos saber como o menino se sente sob esta situação— o juiz disse, no mesmo momento um dos guardas se retirou e não demorou para voltar com Júnior que se sentou do outro lado da mesa

—Júnior você entende porque está aqui, emtende?— o juiz perguntou com o maior cuidado do mundo, afinal ele era só uma criança

—Sim senhor— ele disse e eu tive vontade de morrer com tanta fofura

—E como se sentia morando nas ruas?— perguntou novamente

—Mal, não quero voltar pra lá, também não quero ir pra lugar nenhum que não seja com a Emi — ele respondeu com uma voz que transmitia medo enquanto todos os olhares o encaravam

—Como se sente morando com a Emily?— o juiz questionou

—Bem, ela cuida de mim— ele disse e eu enchi meus olhos de água enquanto ele desviou o olhar do juiz para me encarar de lado, mas logo depois seu olhar voltou ao senhor

—Não está dizendo isso só porque ela está aqui, não é?— juiz perguntou

—Não senhor— ele respondeu negando com a cabeça várias vezes

—Então é da sua vontade ficar com essa moça?— ele perguntou

—Sim— ele respondeu

—Cinco minutos— ele disse batendo o martelo e eu respirei fundo tentando não chorar de desespero

Júnior queria claramente vir até mim, mas o guarda não deixou, e então ele se aproximou de Gabriel que estava do outro lado da sala, O Bi falou alguma coisa com ele que assentiu

Gabriel levantou a cabeça me encarando e eu pedi socorro com o olhar e ele me olhou como se dissesse "Já deu tudo certo, preta" conseguia ouvir ele falando isso

Foram os cincos minutos mas longos da minha vida, nem nos pênaltis do Flamengo fico tão nervosa assim.

—Chegamos a conclusão que Emily Rodrigues de Oliveira ficará com a guarda definitiva do menor, Júnior Cauã da Silva— ele disse e eu soltei um suspiro de alívio e encarei o Júnior do outro lado da sala que sorria largo pra mim e eu queria desabar a chorar porque eu não merecia um amor tão genuíno assim
—Porém se parar com o tratamento, perderá o direito sobre a custódia do menor— ele disse
—Boa sorte Emily, e Júnior— ele encarou o menino que o encarou de volta
—Parabéns pela sua nova vida

Quando saímos pra fora eu já fui logo abraçar o Junior e puxa-ló para um abraço apertado e gostoso enquanto Gabriel nos observava sorrindo

De repente

Senti algo molhando o meu ombro e me soltei de Junior —mas não completamente— para observar o menino com o rosto escorrendo água e me assustando

—Oque aconteceu amor? Não gostou?— perguntei receosa

—eu tô cholando de felicidade— ele disse com a voz falhando por conta do choro e eu sorri puxando ele de volta e olhando pro Gabriel

—Chega aí tio Gabi— falei e ele sorriu se abaixando e nos abraçando

—Aí cara, você é oficialmente da nossa família— Gabriel disse animado

—Agora é hora do churrasco, né?— Júnior questionou fazer eu e Gabriel gargalhar enquanto eu levantava e pegava ele no colo

—Sim Cauã, comemorar nossa nova fase de vida— falei e ele fez careta com o sobrenome, ele odiava o coitado

—Bora pra casa moleque— Gabriel pegou ele do meu colo e colocou na cadeirinha

Ele foi o caminho todo contando caso e brincando, nunca vi o junior tão soltinho assim e isso me deixava feliz.

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Maratona 1/3

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