Ás vezes o amor vem de onde a gente menos espera, é como acordar e tomar uma xícara de café e se sentir vivo.
Se apaixonar é isso, como cair da cama, de repente e do nada.
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EMILY RODRIGUÊS
O Gabriel esqueceu a carteira dele em casa e advinha quem teve que levar pra ele no CT? exatamente, eu.
Esse garoto é irresponsável e me mata de raiva, tudo bem que eu estava atoa em casa né mas ele só não esquece a cabeça porque é colada no corpo
Na volta pra casa comprei um doce pra mim comer em casa e segui o meu caminho, não tinha nada pra fazer hoje e estava de boa.
Cheguei em casa e a Dhiovanna estava deitada no sofá vendo alguma coisa na Tv
—Quer cajuzinho?— ofereci e ela assentiu sorrindo
Me sentei ao lado dela enquanto comíamos doces, eu comprei bastante
—Cadê a galera dessa casa?— ela perguntou
—Fabinho tá pela rua, Gabriel no Ct e ele deu folga para a maioria dos empregados— respondi e ela concordou
—Eu vou dormir, obrigada pelo doce— ela disse e eu assenti com a cabeça
A noite eu resolvi sair um pouco com a Olívia e fomos em um barzinho, ficamos de boa bebendo e comendo até certo horário.
Eu estava indo deixar a Olívia em casa em um dos carros mas simples do Gabriel e na volta passei por uma blitz, eu estava tranquila porque aparentemente não tinha nenhuma droga comigo
O policial pediu para eu descer o vidro e assim eu fiz, ele me analisou por alguns segundos até pedir o meu documento e eu entreguei de boa, até porque eu tinha carteira e tudo certinho, até ele me encarar com a sobrancelha erguida
—Você não é filha do Guida?— suspirei antes de assentir com a cabeça —Desce do carro— ele mandou grosso e eu sai, mesmo que estivesse morrendo de ódio por dentro
—Pode olhar todo o carro, não tem nada— sorri pra ele que me encarou sério
Ele deu a ordem para os outros policiais e por coincidência do destino ou não, encontrou três baseados
—Eu sabia— ele disse me olhando com desprezo
—Sabia oque? Que eu fumo maconha?
—Que tinha alguma coisa errada!
—Você não pode me prender por conta de três baseados, tenho pra uso próprio, não saio vendendo e muito menos oferecendo por aí— falei como se fosse óbvio
—Cuidado com o desacato mocinha, a polícia do Rio de Janeiro e doidinha pra por a mão em você sabia?— ele disse e eu o olhei surpresa
—Só por eu ser filha do meu pai?— debochei
—Mãos pra trás, agora— mandou rígido e eu obedeci bufando
Ele colocou as algemas em mim e me guiou para dentro da viatura.
