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EMILY RODRIGUES

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EMILY RODRIGUES

Comecei a tirar o tênis do Filipe enquanto ele reclamava, Teto entrou e deixou o café e logo depois saiu, a maioria dos convidados já foram embora e só estava os mas íntimos resenhando lá embaixo

—Filipe deixa eu tirar a sua camisa— me sentei no colo dele começando a levantar a camisa

—Não quero tu, tu beijou outro— ele disse me fazendo bufar

—Te enxerga, eu vou tirar essa blusa que tá fedendo álcool e perfume de mulher vadia, conheço essa droga de perfume de longe agora sossega desgraça—
Falei e passei a camisa pelo pescoço dele tirando

Como o ar estava ligado ele começou a reclamar de frio e então eu tirei a calça dele e peguei os cobertores tampando ele

—Senta pra tu beber café— peguei na mão dele puxando ele

—Não— ele disse simples

—Filipe você não me irrita, não tô de brincadeira nessa porra— falei firme

—Tu tava porque? Quem devia tá bravo sou eu, tu que beijou meu parceiro e a sua amiga— ele disse e eu revirei os olhos colocando o copo na boca dele o ajudando beber mesmo forçado

—Não tô entendendo pra que ficar repetindo isso toda hora. Isso não é da sua conta, somos solteiros e você beijou aquela vagabunda e eu não falei nada, não me meti porque não tenho nada com isso.
Então não me cobra não tá— falei e ele parou de beber me encarando

—Relaxa, pode deixar que vou tomar um remédio de como esquecer a desgraçada da Emily— ele disse e eu o encarei abismada

—Oque quer dizer com isso...

—Quer dizer que infelizmente eu gosto de você ok? Mas se tu acha certo as parada que fez hoje, isso diz muito sobre você— falou e eu arqueei as sobrancelhas

—Vai dormir que amanhã é outro dia, você tá bêbado, não sabe oque diz— eu falei tampando ele

—Não vai dormir aqui comigo? Vai me deixar sozinho?— questionou

—Vou tomar um banho e já venho ok—Suspirei cansada e me levantei indo pro banheiro

Eu tomei um banho rápido e fiz minhas higienes e coloquei um pijama, voltei pro quarto e tranquei, apaguei a luz e fui pro outro lado do coxão me aconchegando.

Não demorou pro Filipe se aproximar e deitar a cabeça na curva do meu pescoço e passar a mão pela minha cintura.

Deixei um beijo em sua testa e fiz um leve carinho em suas costas até eu adormecer.

....

Quando eu acordei Filipe dormia ainda e parece que ao invés da gente se afastar a noite a gente gruda mas, sai fora dele devagar pra não acorda-ló

Escovei o meu dente e desci as escadas e fui fazer um café da manhã pra ele, eu não era boa cozinhando então obviamente faria só uma vitamina e pão com manteiga queijo e presunto.

Estava cantarolando a música do baco e da Luísa sonza, nossa puro vicio essa.

"Lingerie da cor do fim de tarde
Quem te ensinou o caminho até mim?
Mentira também é ocultar verdade
Porque você não cuidou de mim"

Cantarolei essa parte e do nada senti os braços abraçar a minha cintura e senti Filipe passar o nariz pelo meu pescoço me dando mil tipos diferentes de arrepio

—Bom dia neguinha— ele deixou um beijo molhado na minha nuca

—Bom dia cachaça, tá com ressaca não?— perguntei e ele negou rindo e se sentando na cadeira me observando

—Sou acostumado a beber— ele disse e eu assenti com a cabeça e comecei a bater a vitamina
—Pensei que não soubesse cozinhar

—E eu não sei— me virei pra ele
—Sei fazer o básico pra não passar fome— falei e vi ele sorrir de canto

—Senhorita, me mandaram vim buscar as bebidas que sobraram— um menino entrou na cozinha pela área de serviço

—Ah claro, fica a vontade. Miguel não venho?— questionei

Miguel trabalhava pra essa equipe e foi assim que eu conheci aquela peste

—Dia de folga, é pra lá?— ele disse e eu concordei com a cabeça

—Miguel?— Filipe arqueou as sobrancelhas quando o menino saiu

—Sim, o barman é meu amigo— falei colocando o pãozinho dele no pratinho e a vitamina e colocando na frente dele na mesa

—Seu amigo estilo teto ou estilo gerson?— perguntou e eu ri debochando

—Vai começar— revirei os olhos

—Eu não falei nada, você que tá nessa parceira

—Miguel é doido pela Olívia— respondi e levei a vitamina até a boca

—Saquei— ele resmungou mastigando o pão

—Bom dia menina Emily— ouvi a voz da dona Ivone e ela sorriu animada entrando na cozinha
—Ah, oi seu Filipe

—Tudo na ordem?— Filipe sorriu pra ela

—Tudo certo. Vejo que você se virou na cozinha hoje hein— Ela disse me encarando e eu neguei rindo

—O de sempre— falei e ela riu

—Um dia você vai ter que aprender a cozinhar menina, não vai ter a minha comida e a da dona Lindalva pra sempre— ela disse e eu neguei

—Credo dona Ivone, vira essa boca pra lá— falei e ela riu

—Eu sei cozinhar, fome tu não passa— Filipe apertou a minha bochecha ao se levantar

—Onde você tá indo?— perguntei o seguindo enquanto ele entrava no meu quarto e colocava o tênis

—Embora, tenho show hoje, quer colar lá?— perguntou me encarando

—A vagabunda da Vitória vai tá?— arqueei as sobrancelhas e ele riu se levantando e vindo na minha direção

—Pra ela é pista, pra tu e o camarim e camarote do Ret, neguinha— ele beijou a minha testa e saiu fechando a porta

Desgramado gostoso

Sobre nós- Filipe Ret Onde histórias criam vida. Descubra agora