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FILIPE RET

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FILIPE RET

Estava mexendo no celular completamente alheio da conversa deles. Estava completamente incomodado, queria ir embora logo dessa porra que a minha mãe encheu o saco pra vir. Ultimamente eu estava tentando evitar tudo que provavelmente iria tirar a minha paz.

Quando a Emily disse aqueles bagulho foi como uma faca cortando cada pedacinho meu e eu não estava querendo ficar saindo pra todo lugar mas a Anna e a minha mãe ficou falando pra caralho na minha orelha até eu vir.

—Olha ela, vendo a luz da noite— ouvi a voz da dona Dalva e por instinto levantei a cabeça e logo me arrependi

Minha mãe provavelmente convenceu ela de descer.
Seu pijama curto me fez reparar no seu corpo, que estava mas magra que a última vez que eu a vi.
Os olhos um pouco fundo e um sorriso torto nos lábios com a cara de quem não estava nem um pouco afim de estar aqui embaixo

—Bença tia Dalva— ela se abaixou e deu um beijo na bochecha da mulher

—Viu só que eu consegui convencer ela— Minha mãe disse sorrindo orgulhosa

—Faço ideia o tanto que falou na cabeça da menina também— meu pai murmurou

Ela nem olhava na minha direção e muito menos na Anna, se sentou ao lado do Gabriel e pegou uma carne comendo logo em seguida.

—Você quer uma cervejinha minha filhinha?— Valdemir perguntou

—Não tio obrigada— ela agradeceu

—Tá de regime pirraça?— Fabinho debochou dela

—Sai dele né, parei com a academia— ela tossiu sem graça

—Mas o seu corpo está ótimo— Palloma disse
—Lindo como sempre

—Vou buscar as crianças— Gabriel se levantou

—Quer ajuda?— Emily perguntou e ele negou

—Filha o Bi me contou sobre os garotos do sinal, aquele do Catete— Dalva disse e eu fiquei curioso com o assunto

—Não é nada demais, eu só ajudo eles— ela disse dando um sorriso sem graça

—O Gabriel disse que você já está muito apegada a eles, preta— Palloma disse

—Desculpa, mas tô perdida no assunto— Pois é mãe, não é só você não

—Tem dois meninos no Catete que eu costumo mandar comida, roupas e essas coisas. Ele perdeu a mãe, e o pai é um completo imbecil e o outro perdeu os pais no incêndio — Emily disse

—E eles tem que idade?— Meu pai questionou se sentando

—Um tem dezoito e o outro tem cinco. Vinicius e o de dezoito e Júnior e o de cinco— ela respondeu simples

Sobre nós- Filipe Ret Onde histórias criam vida. Descubra agora