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GABRIEL BARBOSA

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GABRIEL BARBOSA

Cheguei do treino morto de cansado. Pense num ser cansado era eu.

—Gabriel você pode levar comida pra Emily? Ela não abre a porta já tem uns três dias— Dona Ivone disse

Eu tinha percebido o sumiço da Emily mesmo, mas de vez em quando ela sumia assim por que gostava de ficar em seu canto, depois ela aparecia na beirada da minha cama e fazia eu dormir um soninho da tarde com ela e pronto voltava ao mundo real novamente.

—Como? E você só vem me avisar agora?— perguntei indignado

—Você mora dentro de casa com ela— Fabinho arqueou as sobrancelhas

—Você também— apontei
—E eu estava ocupado com os gêmeos, pensei que ela só não estava parando em casa

—Até eu tô meio preocupada com ela, as vezes tô no jardim e ela fica olhando pela janela e me dá medo as vezes—Dhiovanna disse fazendo careta e voltou a mastigar a maçã

—Me da aqui a comida, pra mim certeza que ela vai abrir— falei pegando a bandeija

Me aproximei do quarto dela e bati na porta e nada dela.

—Emily sou eu, seu irmão. Abre pra mim preta— pedi e ela ficou em silêncio novamente
—Estamos preocupados Emily, por favor. Seus afilhados sentem a sua falta— falei e cinco minutos depois a porta foi aberta

Ela tava com a olheira do tamanho do mundo e um pijama. Os olhos inchados e a aparência mas fina me preocupou

—Oque você tem, hum? Conta pra mim— falei entrando e deixando a bandeija no canto

—Não tenho nada— ela disse simples

—Que cheiro de cigarro é esse? Tá mas insuportável que o normal— falei abanando pra sair o cheiro e ela deu de ombros

—Eu vou te mandar o pdf da agenda, não se preocupa, não deixei meu trabalho de lado

—Não estou nem aí pro trabalho, quero que a minha irmã fique bem. Só isso— falei e ela me encarou e suspirou encarando o chão

—Eu não posso ter bebês Gabriel, esse é o problema, tenho infecção

—Oque? Mas...

—O médico disse, não posso ter filhos. Nunca— ela disse e eu estava um pouco em choque

—Oh meu amor, eu sei que é o seu sonho e estou mal por você— puxei ela pra um abraço

—Vou ficar bem— ela disse com a voz embargada

—Vai nada emily, volta a se tratar com o doutor Bruno, por favor— pedi e ela negou

—Eu tô bem, eu só preciso digerir essa situação um pouco hum?— ela disse dando um pequeno sorriso limpando o rosto

—Oque você quer que eu faça para te ajudar em alguma coisa pra ter um sorriso enorme, hum?— falei e ela me encarou

—Acho que não preciso de nada, é sério eu tô bem, não se preocupa— ela disse

—Então vamo sair do quarto e tomar um sol um pouquinho— falei e ela negou
—Um pouquinho só Emily, mamãe e o papai daqui a pouco estão aí, tia Vanda também. Vamos fazer um churrasco— falei e ela negou

—Não quero Gabi— ela disse e eu bufei

—Um pouquinho só— falei e ela negou

—Mas tarde eu desço e dou um beijo na tia Vanda, mas agora quero ficar bem quietinha tá?— ela disse e eu concordei mesmo contra a minha vontade

—Se precisar me chama tá?— falei dando um beijo em sua testa
—Come tudinho

Quando sai pra fora encontrei com a Palloma que me olhava curiosa.

—Oque aconteceu com a Emily?— perguntou

Eu não sabia se podia ou não contar sobre o lance dos bebês e escolhi a segunda opção.

—Nada demais, vem vamo descer— puxei ela pela mão com força

—Aí Gabriel, tá puxando um cavalo diacho, espera— ela resmungou

—Cadê as crianças?— perguntei

—Estão dormindo feito anjinhos, estão enjoadinhas com saudade da madrinha, principalmente a Sophia que já acostumou com ela

—Depois levo ela um pouquinho— murmurei

Quando descemos já estavam todos na área de churrasco que ficava perto da piscina, a lua e as estrelas iluminando e Fábio fazendo o churrasco com o tio Ricardo e o meu pai.

—Oi queridos— Minha mãe disse

—Fala mãezinha, oi pessoal— falei acenando pra geral

Até a mina do Ret tava aqui, bonita a loira dele até.

—Cadê a Emily?— tia vanda nem disse um oi, já foi logo perguntando

—Não tá se sentindo muito bem, ela vai ficar lá em cima um pouco— falei me sentando do lado da Dhiovanna

—Nem gosto tanto dela e já estou preocupada— Dhio disse

—Não fala assim da sua irmã— minha mãe repreendeu
—Vou buscá-la

—Não adianta, deixa ela quietinha um pouco— Palloma disse

—E cadê os meus netinhos?— minha mãe perguntou

—Depois de muito chororo estão dormindo— Palloma suspirou

—E você Vanda, animada pra ser avó?— meu pai perguntou

—Bastante— ela deu um meio sorriso

—E como vai a gestação querida? Você parece novinha, está lidando bem com isso?— minha mãe perguntou

—Aparentemente meio difícil descobrir algo sobre gravidez todos os dias, mas tem sido legal— Anna respondeu

Filipe continuava calado apenas mexendo no celular e de cabeça baixa.

—Se você precisar de ajuda ou se tiver alguma dúvida pode me procurar— Minha mãe sorriu amorosamente

—Eu lembro das crianças pequenininhas, corriam pra lá e pra cá e deixavam eu e Cristiano carecas— meu pai sorriu com a lembrança

—O tio cris faz falta, principalmente pra Emily— falei e ele concordou

—Falando nisso vou ir buscá-la, não vai deixar de comer churrasco, nem pensar— Tia Vanda se levantou e saiu

—E o Fabinho está namorando— Dhiovanna deu um sorriso malicioso enquanto Fábio a repreendia

—E eu não sabia disso?— perguntei indignado

—Não estou namorando, só estou saindo com uma mina aí— falou simples

—Não é a Olívia né filho?— Meu pai questionou e ele negou fazendo careta

—Da Olívia vocês perguntam a Dhiovanna, quem anda passando muito tempo com ela ultimamente— ele disse com a língua afiada

—Como assim?— perguntei confuso

—Ela é uma boa amiga, não sabia que ela poderia ser tão legal— ela disse

—Emily também é, mas você não dá uma chance pra ela— Palloma disse

—Não tem chance pra dar, so não temos intimidade

—Você deixa aquela sua amiga aguada falar mal da sua irmã — Palloma disse a encarando com deboche E Dhiovanna bufou

—A carne está pronta— Tio Ricardo disse sorrindo com a picanha no garfo

Sobre nós- Filipe Ret Onde histórias criam vida. Descubra agora