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1 mês depois

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1 mês depois.

EMILY RODRIGUES

—Você não tá nem um pouco nervosa?— Dhiovanna questionou

—Ela tá literalmente tremendo— Fabinho disse

—Calma, vai dar tudo certo. A gente que conviveu e convive com você sabe que você tá cuidando bem do moleque— Gabriel disse me acalmando

—E também você está fazendo tratamento, esta tudo certo e tem condições de adotar o garoto, não tem porque o Juiz negar— Palloma foi quem se pronunciou

—Sou sozinha, tenho medo dele babar por causa disso— confessei a minha paranóia

—Não vai nada, existem muitas mães solteiras que dão super conta do recado— Fabinho disse óbvio

—Só relaxa, tenta não transparecer nervosismo— Palloma disse

—Toma uma aguinha com açúcar — Dhiovanna me estendeu o copo e todos encararam ela
—Que é? Tô tentando ajudar

Peguei o copo e bebi a água toda.

—Vou ver se o Júnior está pronto— Me levantei

A tia Vanda estava lá em cima arrumando ele pra mim, subi as escadas e entrei dentro do quarto vendo ela terminar de amarrar o tênis dele.

—Tudo certo por aqui?— perguntei e ela abriu um sorriso doce

—Está sim querida, olha se o cabelo do Júnior está bom, ele gostou— ela disse e eu passei a mão em seus cachinhos

—Está ótimo, tá lindão em cara— falei vendo ele sorrir tímido

Júnior e eu estávamos nos conhecendo melhor a cada dia, eu descobria várias coisas dele ao longo desses dias, como por exemplo:

Ele adorava usar preto e azul.

—Júnior você pode descer e esperar com a tia Dhiovanna lá embaixo? A vovó precisa conversar rapidinho aqui— tia Vanda disse e ele concordou

Ele não me chamava de mãe, pelo menos nunca ouvi ele me chamando assim. Mas ele chamava a tia Vanda e o tio Ricardo de avó e avô e também a tia Dalva e o tio Valdemir. Chamava os tios e tias devidamente e nunca me chamou de mãe.

Eu acho super legal ele ter esse contato com eles e nem fico triste e nem desesperada pra ele me chamar de mãe porque quero que seja tudo no tempo dele, se ele nunca acostumar a me chamar de mãe, tudo bem também.

—Por quê não faz oque eu te falei?— ela perguntou segurando a minha mão

—Isso não vai dar certo Tia, é minha responsabilidade— falei e ela negou

—Tenho certeza que ele te apoiaria minha filha, pensa com carinho— ela me deu um beijo na bochecha e me entregou o meu celular que estava com o Junior, ela saiu e eu olhei pra tela onde estava o número do Filipe e era só apertar em ligar

O celular chamou e chamou e quando pensei em desligar, ele atendeu.

—Filipe?— chamei insegura

—Ah, oi? O Filipe está no banho, você quer deixar recado?— uma voz feminina atendeu e não era a Anna

Eu conhecia esse caralho de voz.

—Vou dizer pro Lipe que você ligou, Emily— Victoria disse e eu podia apostar o sorrisinho de deboche no rosto

—N-Não pode deixar, era a tia Vanda que queria falar com ele. Depois ela liga— falei suspirando e limpando o rosto

Desliguei o celular e bufei me sentando.

Eu tava a uns passinhos de enlouquecer e eu queria muito, muito ligar pro Edu que me vendia os meus bagulhos

Tento respirar fundo algumas vezes e soltar o ar devagar me concentrando no rosto do Júnior no porta retrato. Ele precisa de mim e eu não posso falhar com ele, né?

—Tá tudo bem Emily, você não precisa disso, não precisa!— me observei no espelho
—Ok, vai dar tudo certo

Respirei fundo e sai do quarto e desci as escadas vendo a minha família la embaixo. Tia Vanda me olhou esperançosa e eu tentei ignorar isso, o filho dela e um filho da puta. Sem ofensas a ela é claro.

Até o Vinicius estava na sala, olha só.

Corri e abracei ele apertado.

—Vai dar tudo certo pô— ele disse me dando um beijo na bochecha e eu concordei
—Juninho tá em boas mãos— ele disse e eu sorri

—Como tá o trabalho?— perguntei

—Está bom, meu patrão é meio chatinho sabe?— ele zuou o Gabriel que revirou os olhos e se aproximou com o Junior no colo

—Fica aqui cabeção, tá pronta?— ele perguntou e eu concordei com a cabeça pegando o Júnior no colo

—Vai dar tudo certo filhinha, mas tarde a Dalva chega e a gente vai fazer uma super comemoração— tia Vanda disse

—Com carne?— Júnior questionou nos fazendo rir

—Com carne e a sua sobremesa favorita— ela disse dando um beijo em sua bochecha

—Que garoto mimado, olha só— Vinicius zuou ele

—Tu ainda não viu nada— Dhio disse rindo

—Ok, vamos que vamos, vou te colocar na cadeirinha, e você Gabriel vê se não demora— falei e ele concordou

—Vou só buscar a minha carteira— ele disse e subiu as escadas

—Mandem notícias, pelo amor de Deus— Palloma disse com Arthur no colo e eu assenti

—Vamos preparando as coisas pro churras— Vinicius disse animado

—Moleque só pensa em comer— Fabinho disse batendo na nuca dele

Deixei eles na sala e fui com o Júnior pro carro.

—Vai dar tudo certo, não vai Emi?— Júnior perguntou enquanto eu passava o cinto na cadeirinha

—Vai sim amor, vai sim— falei suspirando

Eu tava com medo pra caralho, tinha muita coisa que podia me impedir de adotar o Júnior e isso me deixava me sentindo uma inútil, e eu odiava me sentir assim.

Olhei pra trás sorrindo pra ele enquanto ele observava o Gabriel dar a volta e entrar dentro do carro

—Independente do que acontecer lá, somos uma família, ok?— ele disse

—Ok— Eu e Júnior concordamos e ele sorriu largo dando partida no carro.

Sobre nós- Filipe Ret Onde histórias criam vida. Descubra agora