Ás vezes o amor vem de onde a gente menos espera, é como acordar e tomar uma xícara de café e se sentir vivo.
Se apaixonar é isso, como cair da cama, de repente e do nada.
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FILIPE RET
A anna e a minha mãe formaram um complô e me arrastaram pra casa do Gabriel, eu queria ir? Não, mas me infernizaram pra caralho até eu dar o braço a torcer.
Estava todos sentados na sala, todo mundo nervoso pra caramba enquanto eu estava parado na porta que ia para a cozinha enquanto fumava o meu cigarro
Minha mãe tava quase subindo pelas paredes de nervoso junto com a dona Lindalva, meu pai estava sentado do lado dela e Palloma e Dhiovanna brincavam com os bebês. Nunca tinha visto tanta tensão em uma sala daquele jeito
—O carro chegou na garagem— Fabinho disse apreensivo da janela de vidro
Todos se levantaram na mesma hora e eu continuei na posição em que eu estava, Anna me encarou ao lado de Valdemir.
O primeiro a abrir a porta foi o Gabriel que não tinha uma cara muito boa, não demorou muito e a Emily apontou com o moleque segurando a sua mão e ela abriu o maior sorriso que o meu coração venho na boca e voltou
—E aí?— Minha mãe questionou apreensiva
—Falem logo, que nervoso— Lindalva apelou nervosa
—JÚNIOR É DA FAMÍLIA OFICIALMENTE— Gabriel gritou e a minha mãe e a Lindalva correu abraçando Emily e Júnior ao mesmo tempo e o Fábio estourou o lança confetes enquanto todos comemoravam
Emily estava emocionada e o seu olhar fugiu um pouco do garoto e me encontrou, os olhinhos apertados brilhando e o sorriso de quem acabou de conquistar o mundo, seu olhar foi cortado por minha mãe que a puxou a abraçando e ela colocou a cabeça na curva do pescoço da minha mãe enquanto se abraçavam
—Vamo comer churrasco— Vinicius — o garoto que eu me lembre se chamava assim— o pegou no colo
—Conta como foi tudo— Dhiovanna disse animada
Me perdi, quando que as duas viraram amigas?
—Essa aí tava um poço de ansiedade, suando, literalmente— Gabriel riu e ela o chutou brincando —O menino tava mas calmo
—Vamo para a área de churrasco e vocês vão me contando— Lindalva disse
Emily me olhou por alguns segundos e desviou o olhar.
—Vou pegar uma água, ainda estou nervosa com a adrenalina— ela disse e todos riram seguindo o caminho do lado de fora
Ela passou por mim e o seu perfume me deixaria chapado de tão bom. Anna me encarou como se dissesse "Você é burro? Vai atrás dela" e logo virou de costas seguindo o caminho do pessoal
Bufei e me vi partindo para a cozinha onde ela tinha o olhar distante encarando a janela da cozinha, onde dava para ver certinho o céu e o resto do condomínio
Parei ao lado dela analisando cada traço seu, meu deus, que saudade.
Estava um silêncio e só ouvia o som das nossas respirações e eu estava tentando criar coragem para deixar sair alguma coisa da minha boca, foi quando ela me encarou me deixando totalmente perdido com o seu modo de reparar em cada pedacinho do meu rosto
Acho que ao fim das contas só precisávamos da nossa companhia, eu pelo menos precisava, ou isso era apenas uma desculpa para não abrir a boca e falar besteira logo de cara?
O nosso silêncio foi cortado quando ela virou a mão na minha cara de uma vez e o tapa chegou estalar, passei a mão onde ela bateu a encarando confuso
—Que diabo é isso?— perguntei começando a ficar bravo
—Quando eu precisei de você Filipe você tava onde? Comendo aquela vagabunda que só faz debochar da minha cara porra, não devemos fidelidade mas o mínimo é o respeito. Você é um moleque, cresce caralho, cresce!— ela disse com um semblante calmo
—O tapa e por isso? Por eu estar seguindo em frente?— perguntei sorrindo debochado
—Não, o tapa também e por estar só bebendo e se drogando, a vagabunda da Victoria é consequência, abre teu olho. Liguei pra você por que precisava da porra da sua ajuda e aquela porra loira atendeu. Seja homem pelo menos uma vez!— ela disse e ia passar por mim mas eu segurei teu braço
—Parabéns pelo moleque— falei e ela assentiu com a cabeça e se soltou saindo de perto de mim
Observei ela cruzar a porta e respirei fundo passando a mão no rosto, fui para a churrasqueira ao lado do Fabinho que deu um pequeno sorriso pra mim
—Não acredito que eu não sou a tia preferida— Palloma resmungou indignada ao lado da Emily que soltou uma gargalhada
—Cheguei primeiro— Dhiovanna disse jogando o cabelo enquanto mexia nos cachinhos do moleque
—Qual creme tu usa no cabelo do Júnior Emily?— Fábio questionou curioso
—Porque?— Emily perguntou confusa
—Pra passar nessa bucha que o Gabi chama de cabelo— eles riram
Minha mãe abraçou emily por trás enquanto oferecia carne e ela sorriu aceitando
Minha neguinha tava sorrindo atoa pô, muita felicidade.
—Sou o tema do deboche dessa família, que merda— Gabriel passou a mão no rosto
—Depende, em questão de mal gosto é você filho, pra namorar o Fábio e pra ganhar chifre a coitada da Emily— Lindalva disse e aí começou uma zuação com ela do caralho
—Não sei como tá passando na porta— Vinicius riu
—É porque as porta é grande e larga— Fábio disse e todos riram enquanto batiam na cabeça dela de brincadeira
—Tô sentindo oh— Gabriel passou a mão na cabeça dela espalhando o cabelo
—Quem nunca levou, um dia leva— ela deu de ombros enquanto o Júnior se sentava em seu colo
—Coitada da menina, sofre com vocês— Meu pai riu negando com a cabeça
—Tá vendo tio? Oque eu passo? — ela fez drama
—Pobrezinha— Ele disse brincando
A noite toda foi assim, eles brincando enquanto eu ficava quieto no meu canto, não tava pra muita conversa hoje.