FAITH - A NOVA BANSHEE | Após um ano da morte de seu pai e ser abandonada pela mãe, Faith decide recomeçar sua vida ao se mudar para Beacon Hills, onde passará a morar com seu tio. Sua jornada de recomeço ganha um novo significado quando ela conhece...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Querido diário, nasci e cresci em São Francisco, meu pai morreu de câncer há um ano atrás e desde então venho seguindo sozinha. Minha mãe me abandonou depois que completei 16 anos, foi recentemente que aconteceu isso e essa atitude dela me machucou muito. Agora, estou em plena rodoviária esperando meu tio David vim buscar para ir morar com ele, espero que nessa nova cidade..."
Paro de escrever ao ouvir a buzina do carro vindo em rumo a parada onde estou sentada, o veículo é da delegacia de Beacon Hills onde meu tio trabalha. Ele estaciona na calçada e saiu do carro para me ajudar a levar as malas pro veículo.
— Oi, tio David. — O cumprimentei guardando meu diário na mochila.
— Um diário? Que poética, pretende ser escritora? — Típico tom de ironia, umas das qualidades que meu tio carrega do papai.
— Engraçadinho. — Digo, ajudando a colocar as malas no porta-mala.
Entrei no carro após fechar a parte de trás e quando o mais velho entra no banco passageiro, afivelei o cinto de segurança e logo em seguida busco pelo meu iPad para ouvir música até chegarmos na cidade.
Vou começar minha vida do zero, num lugar onde não conheço ninguém além do tio David, é o único da família do meu pai com quem posso contar. Desde a morte dele fiquei muito abalada, a mamãe não ligava pro que eu sentia, para ela foi um grande alívio já que ele a impedia de beber e fumar, é seu vício e foi aí que veio a notícia que mudou realmente minha vida, ela fugiu!
De manhã bem cedo entrei no quarto dela e quando vi ela já não estava mais lá, nem suas roupas e malas, apenas um bilhete escrito: Se vira pirralha!
Como alguém tão infeliz como ela poderia ter a coragem de ter tal atitude? É a pergunta que vive na cabeça.
Essa merece um troféu de pior mãe do mundo!
E quer saber? Acho que foi até bom mesmo ela ter ido, pois não ajudava em nada, apenas queria viver sua "vida" como a mesma dizia. Minha felicidade durou até o dia em que meu pai morreu, e daquele dia em diante nada mais significava para mim, pois sem ele eu não tinha motivos mais para sorrir, a vida que eu chamava de perfeita não foi mais a mesma.
— Kath? É um acontecimento recente mas preciso perguntar. O que deu nela? — David me tirou dos pensamentos com sua pergunta referindo-se a mamãe, que me leva a conclusão de que é boa hora para falar disso com ele.
— Primeiro, não sei. E segundo, também não sei. — Respondi. A única resposta para a pergunta dele é essa que vem na minha mente.
— Acha que ela surtou ou algo assim? — Perguntou. Sua expressão de dúvida com a sobrancelha arqueada me fez rir, depois de dias sem mostrar um traço de sorriso sequer.
— Talvez sim, mas acho que ela fugiu por querer mesmo. O bilhete que ela deixou no cômodo do quarto estava escrito, se vira pirralha. Então, pela forma como estava escrito deu pra entender perfeitamente que ela fugiu porque quis. — Expliquei segurando fortemente as lágrimas nos meus olhos que estão por um fio de deslizar em minha bochecha.
