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Diferentemente da última vez em que Jenna
esteve ali com Sofia, dessa vez não havia ido
apenas as duas. Era sobre um assunto formal, então levou vinte membros da cavalaria consigo. Trompetas anunciaram sua chegada e ela desceu de seu cavalo favorito, sem precisar tocar a porta, pois já haviam ouvido o anúncio de sua chegada.

O Senhor Myers apenas acenou para que ela
entrasse em sua casa e assim ela o fez. Como manda a tradição, todos os guardas da cavalaria esperaram do lado de fora, inclusive Sofia, que era da infantaria.

— Bom dia, Carlos!

— Bom dia! — O homem disse cabisbaixo.

— Venho, por meio desta visita, lhe informar
minhas intenções com o senhor. — Ela começou. —
Primeiro, quero lhe ajudar a pagar a dívida de sua
casa e quando tiver você pode me devolver, não
tenho pressa quanto ao retorno do dinheiro. — Ele a olhou com a expressão chocada e surpresa.

— Eu não tenho palavras para agradecer-lhe,
mademoiselle. Em breve sua noiva…

— Não tenho noiva.

— Quis dizer, sua futura noiva. — Se corrigiu.

— Vim apenas para dizer que não quero a mão de
sua filha, senhor. Quero a felicidade da moça, seja
ela quem for. Quero que ela tenha o livre arbítrio de escolher quem quer que seja para ser feliz. Apenas isso peço em troca de minha ajuda. — O homem a olhou pasmo, lágrimas de alegria surgiam em seus olhos. Era certo que não queria fazer negócios em relação à felicidade de Emma e só havia aceitado para o bem da própria moça, pois ficariam sem teto. Se fosse apenas por ele, jamais haveria aceitado a sugestão de Cristina.

— O-obrigado. Muito obrigado. — Pediu
emocionado. Jenna sorriu ao ver o alívio nos olhos do homem.

— Papai… — A garota começou, mas quando
viu que o senhor tinha visita se encolheu e abaixou a vista. — Perdão. — Pediu baixo. Os olhos de
Jenna se arregalaram ao perceber que a garota à
quem sugeriram casamento era a mesma por qual ela morria de amores.
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— Emma? — Perguntou. Os olhos azuis se ergueram e Jenna não pôde deixar de notar a expressão de surpresa no rosto da garota.

— Jenna. — Respondeu fazendo uma reverência. Não podia negar que havia ficado aliviada por sua futura esposa ser alguém que pelo menos ela conhecia, mesmo que houvesse a conhecido apenas na noite anterior. Os fatos não mudavam seus sentimentos, ela ainda era apaixonada por Georgie.

Jenna é a comandante. Como eu não sabia
disso? Pensou. Ela tem interesse por mim. Pensou surpresa. Por isso foi atenciosa comigo ontem,
porque queria a minha mão.

— Hm, se conhecem? — Carlos perguntou confuso e Jenna sorriu.

— Sim.

— Será que eu poderia falar com a senhorita por
um instante? — A voz de Cristina se fez presente ali e Jenna tentou segurar a careta ao lembrar do que a mulher havia falado sobre ela, no entanto também reconheceu o rosto dela de todas as vezes que viu
Emma em sua barraca.

— Claro. — Jenna falou educadamente e todos
os outros se retiraram da sala. Emma mandou um
tchau em forma de aceno e Jenna se derreteu
novamente pela forma doce da garota. — Sobre o
que gostaria de conversar?

— Sobre o noivado. — Cristina disse. Ela não era
boba e já havia reparado como Jenna sempre
passava pelo povoado e ficava admirando Emma.

— Não tem noivado. — Jenna disse. Apesar de
obviamente desejar se casar com Emma, jamais a
obrigaria por um contrato.

Over The Rainbow • JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora