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— Chegaram, senhorita. — O senhor Jerry informou.

— Obrigada, tio. — Jenna agradeceu ao homem que chamava de tio por consideração aos anos de amizade de suas famílias. Caminhou para a frente de sua casa e estacou no lugar ao ver Emma, mais linda do que nunca, em seu vestido verde esmeralda e branco, que dava destaque para sua silhueta fina. Seus cabelos estavam soltos em seus ombros e seu olhar tímido, como sempre.

— Olá! — Jenna disse estendendo sua mão para Emma, para ajudá-la a descer da carruagem. Emma hesitou pegar sua mão, porém, ao ver que precisaria de ajuda para descer devido ao vestido, esticou sua mão esquerda, esbarrando na de Jenna. O calor da mão da morena passava, de uma forma estranha, segurança para Emma.

— Olá. — Emma respondeu e Jenna sorriu, auxiliando sua futura esposa a descer.

— Isabela irá mostrar onde fica o quarto do seus pais e, bem, depois ela volta para lhe mostrar o seu. — Disse. Não iria mostrar o quarto de Emma ela mesma porque não queria assustar a garota. Emma assentiu. — Enquanto isso eu posso te mostrar a casa. Que tal?

— É… Pode ser. — Disse soltando da mão de Jenna assim que estava segura no chão.

— Bem, então me acompanhe. — Emma mordeu seu lábio inferior e olhou para Jenna. — Você poderia esquecer por um segundo que vamos nos casar? Ontem você estava mais legal e não parecia que o gato comeu a sua língua. — Pediu rindo.

— Não dá para esquecer que vamos nos casar, Jenna. É um casamento. — Disse séria. — Ontem você era uma desconhecida que eu conversava sobre coisas aleatórias e jogava pedrinhas no rio e hoje você é minha noiva.

— Desculpe. — Jenna pediu entortando o canto da boca.

— Acho que teria sido mais legal da sua parte se você tivesse me falado que pediria a minha mão. — Falou cruzando os braços e Jenna franziu o cenho.

— Mas eu não…

— Ora, ora… Olha quem temos por aqui. — Gwen as interrompeu. — A noivinha de Jenna.

— Olá. — Emma disse sorrindo educadamente e Jenna olhou para Gwen com um olhar de alerta.

— Olá, meu anjo. — Ela disse sorrindo falsamente. — Sou Gwen. Só vim me apresentar mesmo, não quero atrapalhar vocês. Espero que goste de sua estadia aqui. Até mais, Emma. Até mais Jenna. — Ela disse se aproximando de Jenna e dando um beijo demorado no rosto da garota. Emma percebeu a expressão sensual no rosto da garota ao pronunciar o nome de sua noiva e franziu o cenho.

— Até. — Jenna disse se afastando da garota. Emma respondeu apenas com um leve aceno.

— Ela parece ser bem íntima, hm? — Emma sugeriu.

— Sim. É filha de um dos homens que trabalhavam para meu pai. É irmã de Isabela, ou seja, cresceu aqui.

— Ah! — Foi tudo o que Emma disse. — Bem, vou tentar agir como se o gato não tivesse comido a minha língua então. — Falou rindo. — O que você faz?

— Sou comandante da cidade. Eu liderava a cavalaria quando tinha dezenove anos, mas meu pai veio a falecer quando eu tinha vinte e, bem, como sou a única herdeira…

— Sinto muito. — Emma disse. — E sua mãe?

— Ela era uma prostituta.

— Jenna, não seja rude com a sua mãe só por desavenças passadas. — Jenna riu ao ouvir Emma.

— Oh, não. Ela era realmente uma prostituta. Quando meu pai descobriu que havia engravidado ela decidiu fazer o teste e confirmou que eu era sua filha, então me tomou da minha mãe e passou a cuidar de mim.

— Ela faleceu também?

— Eu nunca soube nada dela. Apenas que se chamava Natalie.

— Senhorita comandante. As tropas inimigas lançaram fogo ao Zepelim do Norte. — Madison, quem trabalhava na cavalaria, adentrou o lugar às pressas, avisando Jenna do ocorrido.

— Oh merda. Os Aguirre’s não desistem, não é? — Jenna disse irritada. — Será que eu não vou ter paz nem um dia sequer? — Gritou. — Mantenha a mesma estratégia da última vez e diga que já estou a caminho.

— É para já. — A loira disse, desaparecendo rapidamente das vistas de ambas as mulheres.

— Emma, desculpe, mas preciso mesmo ir. Espero que goste de seus aposentos. Nos vemos em breve. — E após um beijo no rosto de Emma saiu correndo em direção ao seu cavalo. A mais nova ficou ali parada, assimilando a maneira que Jenna parecia ser uma pessoa completamente diferente quando se tratava de seu trabalho. Desejou internamente que ela não fosse bruta desse jeito com Emma jamais.

— Não se preocupe, ela comeria merda por você. — Sofia disse sobre seu cavalo, como se adivinhasse os pensamentos da mais nova. — Ela não vai te fazer mal. Agora com licença, futura cunhadinha, mas tenho alguns maxilares para quebrar. — E assim o cavalo começou a correr para longe.

— Jenna parece ser tão boa de cama, hm? Parece ser aquele tipo que te segura forte e mete gostoso, com força. Não acha? — A voz já conhecida por Emma surgiu no lugar. Emma congelou ao ouvir aquilo, decerto que teria que ir para a cama com Jenna consumar seu casamento, mas preferia imaginar que a garota era doce ao invés de bruta.

— Não sei, mas de qualquer forma se ela é boa de cama ou não você jamais vai provar, porque é comigo que ela vai se casar. Então acho melhor parar de ter esse tipo de pensamento sobre minha noiva. É bastante inapropriado. — Disse. Jamais falaria assim com alguém e tampouco sentia ciúmes de Jenna, era só que havia percebido que a garota ali estava tentando lhe provocar e que a mesma era louca por Jenna. Não amava Jenna, nem por isso deixaria que falassem ou imaginassem tais coisas com ela.

— Ainda tenho esperanças de você não dar conta e ela vir correndo para meus braços em busca de consolo. Se é que você me entende, hm? — Disse balançando suas sobrancelhas sugestivamente.

— Se ela não correu para você até agora, por que acha que correria depois? Não sonha. — Falou.

— Quem te garante que ela nunca correu para mim? — Diante de uma Emma sem argumentos, que abria a boca várias vezes, mas nada saía, Gwen apenas virou as costas para ela e saiu rebolando.

Emma trincou o maxilar e fez uma nota mental de perguntar à Jenna se já havia tido algo com Gwen, apenas para não voltar a ficar sem palavras diante daquela imbecil.

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Testando o engajamento dessa fanfic, então, como estão?

Over The Rainbow • JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora