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— Então se eu te beijasse agora… — Começou, com a respiração pesada. — você não ficaria chateada? — Perguntou mordendo seu lábio inferior, ainda com a voz quase nula, apenas para confirmar se havia entendido certo. Sentiu suas mãos suarem e tremerem, por isso apertou os punhos.

— Não. — Jenna respondeu em um fio de voz e Emma assentiu, voltando a encarar seus olhos, respirando fundo antes de se inclinar mais, hesitantemente e temeu estar cometendo o maior dos erros. Não deveria estar fazendo isso, não deveria mesmo!

Até que seus lábios finalmente se encontraram com o doce toque dos lábios de Jenna, fazendo ela mudar de ideia instantaneamente. Deveria sim estar fazendo! Já deveria ter feito isso muito tempo atrás.

Emma sentiu explodir dentro de si um pânico diferente, sentiu seu estômago revolver como costumava cada vez que tocava seus lábios nos de Jenna, mas foi quando sentiu Jenna adentrar a língua em sua boca, aprofundando o beijo, que sentiu como se tivesse sido abduzida. Uma fome que ela nem sequer sabia existir dentro de si se apossou de seu corpo, fazendo ela levar sua mão até a nuca de Jenna, com intuito de aproximar mais seus corpos.

Tratou de beijar Jenna com toda a suavidade do mundo, não queria que sua voracidade e impaciência machucassem Jenna, já que a mesma tinha um pequeno corte no lábio superior.

Jenna, com seu braço direito, puxou Emma para seu colo, fazendo a mesma soltar o tubo de pomada sobre a cama. Emma se ajeitou com uma perna de cada lado do corpo de Jenna e passou seus dois braços pelo pescoço da mais velha, cuidadosamente para não atingir o local machucado. Emma sentiu seu corpo se aquecer ao lembrar que, enquanto sentia a língua de Jenna deslizar pela sua, deliciosamente, ela estava no colo de Jenna e, bem, o que separava Jenna de estar nua era apenas uma minúscula calcinha.

Foi quando Emma arrastou as unhas vagarosamente em sua nuca que Jenna apertou com vontade a cintura de Emma, fazendo a mesma soltar um gemido involuntário na boca de sua esposa. Jenna se sentiu incendiar com tal harmonia para seus ouvidos e isso só aumentou quando Emma mordeu seu lábio inferior de forma sensual.

Sentiu o beijo se tornar mais desesperado, mas ao sentir o braço de Emma esbarrar seu ombro não conteve em soltar um resmungo baixinho.

— Oh meu Deus, desculpe. — Emma pediu. Jenna riu negando com a cabeça. — Sou um desastre, você deveria saber disso. — Sussurrou sorrindo, selando os lábios de sua esposa sem pressa. — E por isso deveríamos focar no mais importante aqui: A pomada.

— Certo. — Jenna disse rindo, vendo Emma se retirar de seu colo e de repente se sentiu envergonhada por estar nua da cintura para cima. Se deitou na cama e logo Emma, com mais dificuldade do que nunca, pois havia conhecido o sabor daqueles lábios, aplicou a o conteúdo do tubo nos hematomas de Jenna.

Conversaram coisas triviais após o episódio do beijo e, assim que Emma terminou de passar a pomada, Jenna preferiu vestir uma camisa branca e fina de botões. Emma agradeceu mentalmente por isso e se inclinou, apagando a luz do abajur.

— Boa noite, Jen. — Sussurrou.

— Boa noite, Emy. — Respondeu. Queria dar um beijo de boa noite em sua esposa, mas honrava o que havia prometido à Emma quando lhe propôs casamento: Nada seria forçado ali, respeitaria cada vontade e decisão de Emma.

Sentiu os braços de Emma lhe abraçarem minutos mais tarde, se aconchegando nas curvas de seu corpo e sorriu para si. Logo caiu no sono.

Emma abriu os olhos piscando várias vezes, só para constatar que não estava sonhando. Jenna a encarava sem dizer nada.

— Bom dia! — Jenna disse. Seus hematomas estavam levemente menos roxos e seus cabelos desgrenhados.

— Bom… — Bocejou, esticando os braços no topo da cabeça, se espreguiçando. — Dia. — Completou com um sorriso.

Over The Rainbow • JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora