Capítulo Três - Em algum lugar no mundo é Happy hour, querida!

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Então, vamos precisar conversar um pouco antes

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Então, vamos precisar conversar um pouco antes.

Eu conheço a July a exatos três meses, duas semanas e quatro dias, e nunca passamos dos beijos... Eu quero mentir para quem? É o seguinte, não transamos, pois quero fazer a coisa certa, mas fizemos outras coisas.

Mais rápido, amor - ela geme alto, mostrando que era todinha minha naquele momento maravilhoso de prazer e amor nosso.

E isso é somente um gostinho do que está acontecendo ultimamente no nosso relacionamento. Desde a última vez que vocês acompanharam, faz dois meses, e... Eles foram incríveis. Jesus amado, que mulher maravilhosa!

— Luke - escuto a voz da July, ela estava com um rosto assustado, estava encolhida dentro do seu moletom, seus olhos estavam com olheiras, prova de uma noite acordada ou mal dormida —, podemos conversar? - ela pergunta segurando forte a alça de sua mochila, estávamos indo para minha casa depois que o treino acabou. Aquele clima estava horrível, no treino dela já havia visto que ela estava distante, não sabia que o caso era tão sério assim e eu pensando que ela tinha ficado grávida dos meus dedos... Eu acho que não foi isso...

— Claro, vem, vamos pra casa...

Ok, vou tentar ser o mais racional possível agora, se tem como ser racional em um momento crucial desse...

— Que porra é essa!? - falo mais alto que imaginei que iria falar, a July se encolheu na cama, parecia mais assustada que o normal, muito mais assustada. Parecia que seu rosto tinha sumido a cor, o seu sangue tinha ido fazer uma visita para qualquer outra parte, menos seu rosto.

— Por favor, Luke... - escuto ela dizer e continuo lendo as mensagens do pai dela, me trazendo raiva e ódio. O gosto metálico invadia a minha boca junto com os sentimentos de ser enganado — Eu juro que eu não sabia, eu juro!

— Jules... - digo respirando fundo, naquele momento ela corre em minha direção abraçando a minha cintura.

— Só não me deixa, por favor - escuto ela falando baixinho entre lágrimas — Se tudo que você sente é real, me deixa agarrar esse sentimento, pois nesse momento é a única coisa que eu sei que é real...

— Preciso fazer algumas ligações...

Então, nessa brincadeira, eu vou explicar o que realmente aconteceu. Vocês lembram da Jéssica? O diabo de saia, morena? Então, ela e o papai dela, o Lúcifer segundo, estão tentando roubar a família do Aly... Então, liguei para ele, pra conversar com o mesmo e, liguei para o meu tio pra falar sobre a Jules e perguntar se a mesma poderia morar comigo no Canadá, já que faríamos a mesma faculdade. Ele disse que conversaria com os meus pais e que provavelmente iriam deixar, não entendia o motivo de todo aquele sentimento confuso em meu peito...

(...)

Dois meses depois...

— Bom dia... - digo beijando a July, vejo a mesma usando o seu pijama curto e um avental por cima do mesmo, dou um tapa em sua bunda e beijo seu pescoço.

— Bom dia, Meu amor - diz o anjo das minhas manhãs desligando o fogo e colocando um pouco de ovos em um prato.

— Ainda tem pesadelos? - pergunto pela hora que a mesma acordou naquele dia, estava quase tudo pronto no nosso apartamento. Foi muito complicado e difícil o lance dela vir para cá... Nada que um cheque não fale mais alto. Tirei um dinheiro que tinha ganhado do Jack e junto com a ajuda do Aly, consegui... Não me arrependo de nada disso, tudo foi por uma causa maior... Ela aqui comigo.

— Não muito - ela diz me beijando e arrumando os meus cabelos, fazia alguns dias que não via o Aly, o que não era normal pra mim, nem um pouco.

— Certeza? - pergunto segurando a sua cintura firme, preocupado com a mesma, ela me confirma e a beijo.

— Convidei o Aly para vir treinar - ela diz comendo um pouco dos ovos e fechando um olho — Até que tô melhorando.

— O que ele disse? - pergunto sorrindo me afastando para pegar uma garrafinha d'água.

— Iria vir, só precisava... - ela para colocando o prato ao seu lado e me olha —, dispensar uma pessoa... - ela diz olhando para a janela, sabia que ela sentia culpa ainda, sabia que tudo isso era só questão de tempo.

— Ela vai superar - digo fazendo uma piada boba — Ei, vem cá - digo chamando ela para os meus braços, ela caminha de uma forma elegante e delicada, vendo os seus pés descalços naquele chão de madeira frio, ela me abraça com força se prendendo a mim.

— Desculpa, não queria que tudo isso fosse assim - ela diz enquanto faço um carinho delicado em seus finos cabelos, ela parecia frágil naquele momento e sabia que essa não era realmente sua verdadeira face, ela estava machucada demais para ser aquela amazona.

— Amor... - beijo os seus lábios sentindo um forte alívio em meu peito naquele momento, olho para a sala e vejo o meu violão —, nada disso foi a sua culpa.

— Como pode ter tanta certeza? - pergunta a mesma e sorrio de lado. O clima ensolarado é ainda mais refrescante para o corpo do que o frio de Londres.

— Não posso, mas todos sabem a verdade - respondo roubando uma colher do seu café da manhã e vou em direção à sala pegando o violão, seu peso leve e equilibrado me trazia um grande conforto, algo que em nenhuma hipótese, me lembrava Londres.

Toco na sua caixa marrom e respiro fundo, as suas cordas ainda brilhavam com as marcas de uso, era como sentir que tudo ainda era a mesma coisa de antes...

Faço desenho de um acorde e toco a sua melodia doce igual uma fruta que está na melhor versão de si, era como sabor de uma maçã vermelha extremamente doce e suculenta.

— Quando irá começar as suas aulas? - pergunta July se sentando ao meu lado, sorrio para a mesma que segurava um copo transparente de suco — Quer ficar sozinho pra tocar?

— Não, até queria a sua companhia - respondo com um sorriso sincero e honesto no rosto, essa mudança meio brusca era como um cansaço imenso ao corpo e a alma — Talvez daqui há alguns dias... - respondo.

— Ele chegou - ela diz enquanto escutamos o barulho de batidas na porta, ele tinha a chave, mas sempre tinha a educação que aprendemos na infância —, hora de treinar, meu amor.

— Dependendo do humor dele, será treino ou lutar feio - respondo vendo ela abrindo a porta e mostrando ele, os seus grandes cabelos agora bagunçados, sua roupa sendo uma regata preta, onde marcava seus ombros — Não quer mostrar mais não? - pergunto sarcasticamente, ele revira os olhos e entrega a July uma garrafa de vinho.

— Às dez da manhã? - ela pergunta arrumando umas mechas rebeldes dele, ela sempre cuidava muito bem dele, o que fazia tudo isso melhorar mais ainda.

— Em algum lugar desse mundo e Happy hour, baby - ele responde arrumando o anel da sua família — Vamos lá? - ele me chama e sorrio.

— Quer apanhar hoje? - brinco e o mesmo me olha com um ar de superioridade e deboche.

— Tá falando sério mesmo? - ele pergunta e reviro os olhos — Da última vez, eu lhe venci jogando sua cara no chão.

— Você deveria saber brincar mais - respondo arrumando o meu violão e pegando as luvas dentro da mesinha de centro.

— Não acredito que você guardou elas aí - diz July me olhando incrédula, beijo a sua bochecha e pescoço e dou um tapa na barriga do Aly.

— Precaução, caso eu queira destruir alguém - digo e de alguma forma, sentia o Aly olhando muito sério pra minha cara — Já volto, meu amor.

Ela concorda me dando um beijo e saio de casa com o Aly olhando pra mim.

— Já volto, meu amor - diz o Aly imitando a minha voz — Isso não é meio repetitivo, não?

— Vai querer um beijinho também? - pergunto entrando no elevador e esperando a vossa majestade entrar, assim que ele entra, toco no botão para o acesso à academia e vejo ele arrumando os cabelos.

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora