Capítulo Vinte e Oito - Corre!!

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Mark Evans

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Mark Evans

— A vaca está sendo presa - respondo me jogando no sofá da casa, o Mark estava sentado no chão mexendo com a Valentine — Temos que ir daqui a pouco - continuo tirando o meu terno com dificuldade por está totalmente deitado.

— A Karol não sabe da Valentine? - pergunta o Mark e nego, jogando o terno para longe ficando só de colete — Tá com medo?

— Eu? Com medo? - pergunto — Óbvio que não - digo vendo o Théo subindo em cima de mim — Acha que vão demorar demais lá?

— Acho que pelo menos essa noite - ele responde, enquanto aquela linda bola de pêlo começa a lamber o meu rosto — O que vamos fazer com os cachorros?

— Cachorros não! - repreendo, colocando o Théo no chão — São o Théo e a Valentine.

— Você entendeu - ele rebate, arrumando os lacinhos na cabeça da Valentine — A Karol acha que só tem um. Mark, eu tive que fingir estar brigando com o Théo e latindo para ele de madrugada, porque eles estavam brincando.

— Isso foi... Isso não tem mesmo uma explicação plausível - respondo com um sorriso, escuto o barulho da garagem se abrindo, fazia em torno de duas horas desde a cena na casa ao lado, vulgo, casa do Drácula — CORRE! - grito assustando os cachorros, o Mark pega os dois, colocando-os debaixo do braço correndo e para o quintal — Acelera!

— Mark? - fudeu... Sinto um frio na minha espinha, eu posso morrer se ela souber que adotei um cachorro sem ela saber... — Mark, o pessoal vem jantar aqui! - Karol fala entrando em casa acompanhada da July.

— Jujubinha! - grito indo até ela, estava linda, coisa mais fofa do mundo — Como você está? - pergunto, tinha que ganhar tempo...

— Tô bem, Mark - ela responde, a Karol tenta acompanhar ela até o sofá, mas olho bem para a Juju — Aconteceu algo?

— Claro que aconteceu - respondo pegando em sua mão e acariciando, enquanto a Karol me olha feio — A estrela dessa família está aqui, vulgo, minha pessoa.

— Ela precisa sentar para descansar, Mark - fala a Karol, ajudando ela a tirar as coisas para sentar mais confortável no sofá — Quer água?

— Eu pego! - grito correndo para a cozinha — Quer água? Chá? Eu sei fazer um chá de amora maravilhoso - prossigo e vejo um mini ser correndo para dentro da casa, merda!

Pego a garrafa, correndo atrás dele, vendo-o em cima da July... Menos mal, é o Théo.

— Aqui, Jujuba - entrego a garrafa... Espera!

— Mark, por que você colocou lacinhos no Théo? - pergunta a Karol atrás de mim... Oh merda!

— Vocês conhecem o teorema do navio de Teseu? - pergunto, pegando a Valentine do colo da July e vendo o Théo no da Karol.

— Espera! Como tem mais um cachorro? - pergunta a Karol irritada.

— Se eu substituir as madeiras do barco, continua sendo o mesmo barco? - pergunto nervoso, olhando para a porta da cozinha vendo o Andrews — E se eu só tirar as partes que estragaram?

— Que? Mas o barco continua... - July começa a falar e a Karol parecia estar furiosa.

— Mark... Isso não explica os cachorros!

— Corre! - grito correndo para fora, entrego o Théo para o Andrews e saio correndo e pulando as cercas.

(...)

— Amor... Deixa eu entrar - peço batendo na porta da cozinha, não estava conseguindo abrir a porta.

— Você quem correu - ela responde, me sento no chão e fico acariciando a Valentine.

— Tá uma delícia - escuto a voz do Andrews, me viro e vejo ele dentro da casa e todos olhando para ele.

— Como tu entrou? - pergunta o Luke.

— Janela! - grito.

Luke Blackthorn

Dois meses depois...

— Então, Mr. Adams - digo entrando no escritório dele aqui na empresa, ele me deu um sorriso, tinha algumas coisas empilhadas, várias pilhas de papéis e uma com um retrato em cima — Gostei da mesa nova - brinco andando pela sala.

— Sabe o tanto de documentos que eu consegui com esse caso? - ele pergunta e nego com um sorriso — Essa aqui é só a metade, o John está com a outra metade.

— Isso é confidencial - tento chamar a atenção dele.

— Então não conte a ninguém - ele responde, me entregando alguns papéis — Olha isso aí.

— Jéssica Clark... - leio as primeiras palavras daquele documento, começo a passar os meus olhos cautelosos por cada frase, estava sendo um caso interessante — Os documentos da casa?

— Exatamente, Lucizinho - ele brinca com um sorriso — Não está no nome dela, mas ela era a moradora e temos provas nesse documento, John conseguiu achar isso no meio dessa pilha.

— Eu estou muito orgulhoso - respondo com admiração.

— Se não lhe conhecesse... Diria que suas pupilas estão em formato de coração - ele brinca, se levantando e vindo para a frente da sua mesa — Primeiro, não lembro se era para isso que me contratou, e se não foi, desejo um aumento. Segundo, cadê o senhor Lewis?

— Ainda não tive notícias, para ser sincero - respondo, entregando a pasta para ele e abaixo minha cabeça com exaustão — Mas o John me garantiu que ele já sabe de tudo, então... Acho que é só questão de tempo.

— Tomara - Harry respondeu sorrindo —, mas não vou mentir, até que faz falta aquela adrenalina, era legal - ele brinca, isso estava meio na cara que fazia falta para ele.

— Imagino - respondo, colocando minha mão em seu ombro — Agora, 007, estou indo trabalhar.

— Qualquer coisa eu passo por lá - ele responde e confirmo, saindo daquela sala e vendo a secretária dele me olhando estranho.

— Sim? - pergunto e ela vem até mim.

— O senhor Adams está bem? - ela pergunta e começo a rir — Ele está trancado lá, lendo e lendo, não parece nada bem - continuo rindo e olho bem para ela.

— O seu chefe só é um maluco psicótico - respondo sorrindo — E ele quer finalizar esse trabalho, só cuide dele, recomendo um café - ela confirma saindo da minha frente.

(...)

— Pode entrar - digo assim que escuto um barulho na porta do meu escritório, estava preso na minha sala há horas, cuidando da papelada do caso da Jéssica, o Harry estava vendo alguns detalhes mais técnicos de Los Angeles.

— Oi, Filho - escuto a voz do meu pai, dou um sorriso, que saudades eu estava desse velho —, fui informado sobre o que aconteceu.

— Foi estressante... - respondo. Ele se senta na minha frente e concorda.

— Como está a minha nora? - me pergunta e só consigo dar um sorriso como resposta — Meus netos estão bem?

— Estão, sei que visitou eles, pai - respondo e ele levanta as mãos.

— Só estava tentando puxar assunto - ele responde pegando uma pasta.

— Por que está aqui? - pergunto, anotando os dados bancários da Jéssica.

— Não aguento ficar parado em casa, eu adoro ficar com a sua mãe, ajudar a arrumar as coisa das crianças...

— Mas sente falta da emoção?

— Exato, quero ajudar...

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora