Capítulo Catorze - Promessas que não se podem cumprir, Senhor Evans

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— Ele já aceitou - disse John olhando para fora do avião

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— Ele já aceitou - disse John olhando para fora do avião.

— Quem? - pergunto vendo o Henry conversando com a Bella do lado de fora do avião, já tinha me despedido da Linda e ela estava esperando lá fora.

— Eu consegui falar com o Brutos, não exatamente o Brutos, mas um colega que está responsável por ele - diz John me olhando — Ele aceitou, tentaram matar ele dentro da prisão e ele aceitou a minha proposta de tirá-lo de lá, mas para isso, eu preciso tirar ele de dentro da prisão, sozinho.

— Que proposta? - pergunto preocupado em saber se ele não tinha feito alguma merda — John, a gente não pode tirar ele de lá.

— Ele me conta o segredo da desgraçada e eu não mato ele - ele responde, e vejo o Henry entrando no jatinho usando os seus fones.

— Então, rapazes - ele fala pegando uma bandeja de bebidas e vindo até a gente, entregando um copo de whisky para o John e um Martini pra mim —, a viagem será um pouco longa... Recomendo que relaxem - ele diz colocando a bandeja na mesa e se jogando no seu assento — Estamos decolando, queridos - ele fala colocando o cinto e relaxando, seus olhos vêm em minha direção e me dá uma piscadela — Olá, bonitão.

— Vai se ferrar, H - respondo tomando um pouco da bebida, o John fecha os olhos e coloca a cabeça apoiada na janela, acho que ele vai capotar bonito...

— Pessoal, estamos decolando - diz Henry olhando pela janela animado, ele parecia uma criança, não me lembrava a última vez que voamos juntos, se é que já voamos... — No que está pensando?

— Na história do pássaro... - digo olhando para o John, conseguia ver essa história na gente, como parecia com as nossas histórias — Essa história é linda.

— Eu sei... - ele responde, arrumando os seus fones, olho para o corredor e vejo uma pessoa cambaleando, parecia meio mal, ele vem andando até a gente, me levanto para tentar ajudar, e escuto sua voz:

— Hen-Hen-Henry? - escuto uma voz atrás do Henry, olho para trás e vejo um garoto americano, seu sotaque o entregava... Eu conheço ele.

Mark Evans

— Como diabos vamos entrar naquele avião? - pergunto usando o meu binóculo olhando para o meu amorzinho beijando a Bella, a sua esposa, sortuda... Ela tem a honra de beijar os lábios do rei.

— Simples - fala o Andrews ao meu lado, ele comia cookies veganos, tomando o seu café orgânico e me olhando —, é só desacordar alguém que está de bobeira usando aquelas jaquetas verdes, que são horríveis por sinal - abaixo o meu binóculo e olho para ele — Troque de roupa e pronto - é o quê?

— Como a gente faria isso? - pergunto, ele levanta os seus ombros comendo e esbugalho os meus olhos — Você pode fazer isso pra mim?

— Não, nem venha! - ele fala bem alto, e começo a fazer carinha de cachorro abandonado no deserto pra morrer, sem água... Sem vida, sem nada — Eu não vou fazer isso, Mark, só vinhemos aqui para ver ele!

— Por favor... - peço pegando um pedaço do meu sanduíche e comendo — É o meu sonho... Por favor, se você fizer isso por mim... Prometo nunca mais lhe meter em merda novamente.

— Não me prometa o que você não pode cumprir, Mark - ele fala e coloco a mão no peito — Tudo bem, eu faço isso por você, mas porque você é o meu melhor amigo, não tenho mais ninguém e ainda roubaram o meu cachorro - ele fala me entregando a caixa de cookies, isso me lembra a Karol... Eu duvido que ela deixaria eu invadir um hangar, e depois invadir o jatinho de uma super celebridade, eu não tô brincando, eu tô olhando para ele, e tô vendo os anjos em cima de sua cabeça, aqueles lindos cabelos longos castanhos claros, aquela auréola de anjo...

— Andrews - falo segurando a mão dele, antes dele ir, ele me olha e continuo —, obrigado, eu te amo.

— Você tem que me amar mesmo - ele fala pegando a garrafinha de alumínio que ele tinha trazido do homem aranha — Vou precisar disso aqui.

Ele vai andando bem devagar, conseguia ver ele olhando para o céu, parecia esperar um milagre acontecer... Tadinho, talvez esteja esperando o Noel, eu aviso a ele que já passou meses do natal?

Um segurança baixinho, não muito, mas baixinho, estava tomando um copo de café perto de um dos hangares, o Andrew acena com a mão pra ele e viro a minha cabeça para pegar um cookie.

— Olha, de baunilha - falo comendo e vendo a capa do meu binóculo no chão — Como você parou aí? - pergunto colocando a caixa de lado e pegando a capa — Você foi cara, a Karol nem sabe de vocês.

— Mark - escuto batidas na janela, me assusto deixando meu cookie cair em cima da minha calça —, abre! - ele diz com raiva, garotinho irritadinho... Abro a porta do carro.

— Olha, para uma pessoa que morava na rua, faz ioga e tudo mais, você é uma pessoa muito apressada - respondo vendo um tecido que parecia um verde neon debaixo do braço dele — Você conseguiu?

— Consegui - ele me responde olhando para o lado de fora do carro — ainda dá tempo de voltar atrás, cara... Ele nem vai lembrar o que aconteceu, só a gente meter o pé, pensa na Karol, pensa como aquele seu amigo loiro pode se irritar comigo de novo — e quem liga para o Lewis?

— Mas quem liga para isso? - pergunto pegando aquele tecido — Vou ficar bonitão para ele, isso sim! - respondo abrindo a porta do carro, não tinha tanto tempo assim, precisava correr para os braços do meu amor.

— Eu, Mark, eu ligo. Eu não quero morrer,  a sua mulher e o seu amigo me dão medo! - ele fala e sorrio, aprendi com o meu lindo e gostoso novo titio Will, que um bom líder não pode demonstrar medo ou qualquer sentimento negativo para sua equipe. Então, queridos, olhem e aprendam, rapazes, olhem e aprendam...

— Andrews - digo colocando a mão no ombro, nesse momento precisamos demonstrar que também somos humanos, gente como a gente —, tem coisas nessa vida, que precisamos superar, e uma delas é o medo - logo após incentivar a pessoa com uma ideia, dê um exemplo, para que essa pessoa pense que pode superar, assim como você — Você acha que eu teria uma mulher como a Karol hoje, se eu não superasse o meu medo e lutasse por ela? Como você acha que falei com o meu pai, que inclusive é o pai dela? - depois de dar um exemplo de grande superação, coloque ele no plano, para que se sinta totalmente iluminado, sinta-se uma peça importante — Nesse momento, precisamos ir até o Henry, temos que superar esse obstáculo, então, levante as mangas e venha comigo.

Andrews Mark 2

O plano é o seguinte... Não é um bom plano, mas é um plano.

— Anda logo! - grita o Mark no meu ouvido, olho para ele, começo a respirar fundo, arrumando o meu lindo corpo para o que vem por aí...

— Ei! - grito para os seguranças, eles olham para mim, aceno de forma educada e fofa, eu realmente sou um fofo — Vocês não me pegam! Vocês não me pegam! - grito correndo até eles, roubando o chapéu de um e correndo rindo!

— Volta aqui, pirralho! - eles gritam, faço uma careta para eles, colocando minhas mãos nas orelhas e estirando minha língua — DEVOLVE O MEU CHAPÉU!

— NEM FUDENDO! Ele combina com a minha roupa!! - grito olhando a grade, merda! — Qual é, moço, eu tenho um encontro - digo correndo em direção ao jato que estava saindo... Deu certo!

— Peguei ele! - escuto alguém gritando

— Ai! - grito assim que recebo um forte abraço, nada agradável...

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora