Capítulo Vinte e Quatro - Senhorinha Doth?

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Mark Evans

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Mark Evans

— Ok... Quem é Doth? - pergunto assim que saio da casa do moreno.

— Ah... Minha namorada - responde o Mark, era legal, éramos os Mark's — Um dia lhe apresento ela, tipo... Não apresento logo, pois ela disse que tem vergonha e tá procurando uma pessoa.

— Pensei que estava me escondendo dela - brinco, andando até a casa do Loiro, era estranho não sentir o cheiro de produtos de cabelo barato — Faça elevar... O cosmo do seu coração! - digo pulando pensando na música dos cavaleiros.

— Por que diabos tu está cantando essa música? - ele pergunta, já estava na hora do jantar e por algum motivo, essa música não saía da minha cabeça — Eu sei que ela é boa, mas do nada?

— Eu gosto dela - eu respondo indo para casa do Aly. Valentine está brincando com o Theo, e como não posso levar ela para casa ainda, vou me despedir dela — Vou dar um beijo na minha filha e você coloca as comidas.

— Você sabe que eu tô cuidando da casa, né? - ele fala, me dando uma boa ideia de vir de madrugada para brincar com ela mais um pouco.

— Eu sei, mas quero ficar mais com ela - confesso com um sorriso — Mas eu não posso fazer isso na minha casa, como já se pode imaginar.

— Você não vai...

— Vou pular a janela! - digo animado, algo que eu venho praticando há um bom tempo, e acredito que estou até ficando bom nisso, não fiquei mais preso, não torci o tornozelo ou quase quebrei o meu braço, ou desloquei algum osso do punho ou da mão, tô ficando bom nisso, tô aprendendo com o Tom Cruise — Agora vai ver a comida deles, que vou dar um beijinho nos meus amores.

— Seus amores?

John Davies

— Isso não é errado? - pergunta o Harry cavando, Brutos estava muito calado, mexendo na terra de um túmulo que ficava ao lado — Tipo... Eu nunca iria querer que alguém revirasse o meu túmulo, sem saber se realmente tem algo, pode não ter nada.

— Só cava - digo, tirando mais e mais terra — Por que você não faz nada, Bruce? - pergunto, ele me ignora e pega sua pá, cavando no outro túmulo.

— Sabe - diz Harry —, normalmente nós poderíamos ser presos - ele fala se agachando e tirando um pouco da terra com a mão — Ou ele pode puxar o nosso pé... Na real, acho que isso é mais assustador que a prisão - ele diz, colocando a mão para que eu parasse de cavar.

— O que foi? - pergunto, ele tira mais um pouco de terra, revelando um caixão, não sabia como aquilo ainda conseguia parecer tão novo e inteiro. Tinha grandes detalhes, parecia ter sido desenhado a mão, uma madeira escura, com um desenho lindo...

— Conseguimos... - Harry diz, o Brutos vem até nós, tiro mais um pouco de terra, para facilitar a retirada do caixão.

Estava tudo num grande silêncio, o Harry saiu de dentro daquele buraco enorme que fizemos, via que os seus olhos tremiam. Já vi o inferno várias vezes, mas essa tinha sido uma das coisas mais... Pesadas que eu já senti.

Seguro o caixão, meu coração errou uma batida, o ar começa se esvair dos meus pulmões, levanto ele devagar, era um caixão tão pequeno... Era só uma criança...

Brutos se agacha, pegando o caixão das minhas mãos, colocando na terra ao seu lado.

Saio daquele lugar e ficamos todos ao redor daquele pequeno caixão, me abaixo, abrindo com certa dificuldade aquela caixa, revelando alguns poucos ossos, presos a pulseiras e alguns papéis...

— Isso são... - pergunta o Harry, e confirmo.

— São.

Luke Blackthorn

— Uma semana? - pergunto por ligação e escuto o Harry confirmando, algo estava acontecendo, pois ele só falou "Uma semana" e desligou.

Tinha recebido a notícia de manhã, que já poderia ver os sexo dos nenéns, mas a minha Jujuba conversou com todos e não achamos certo que seja revelado, não sem o Aly.

A Jujubinha abre a porta e a vejo com sua camisa já mais curta, como sua barriga já estava aumentando, em breve terei muitos gritos por essa casa... Nem consigo controlar o sorriso nascendo no meu rosto.

— Por que está sorrindo assim, amor? - pergunta July, nego com um gesto de cabeça, nem eu mesmo sabia exatamente.

— Eu tenho muita sorte em ter você - digo saindo do quarto das crianças, estava na casa do Aly e por algum motivo...Conseguia ver o Mark preso pela perna na janela — Deveríamos ajudar? - brinco vendo ele se movendo sem parar e o Andrews embaixo com um colchão.

— A última vez que ajudamos, a Karol não gostou tanto... - July fala me abraçando pelas minhas costas — Visitei a casa do Aly assim que eles foram embora.

— Ele deixou algo sujo? - brinco e ela me dá um sorriso.

— Não, mas a May não finalizou os desenhos das paredes - ela fala com uma voz um pouco entristecida — E eu sei o quanto aquilo era importante para ela.

— Só queria que eles voltassem logo para casa - confesso — Sinto saudades do meu irmão - me viro para ela, abraçando ela forte e beijando o topo de sua nuca — O que faremos? Tipo... Eles não podem ficar o resto da vida se escondendo, a gente não pode. Me sinto mal por você não conseguir sair para comprar um bolo sozinha, sem precisar de cinco seguranças na sua cola. Me sinto mal pelo Mark sempre está sendo seguido, pensei que isso seria um alívio, mas vejo como ele fica frustrado diversas vezes.

— Você se sente mal, pois acredita que não pode mais ficar perto dele - July fala e confirmo.

— Ele é o meu melhor amigo, sonhei a vida toda que quando esse momento chegasse - digo colocando minha mão sobre sua barriga, sorrindo com aquela sensação — Só que eles não estão...

Mark Evans

— Me ajuda, Mark - sussurro, queria gritar. O meu pé tinha prendido na grade da janela, por que a Karol colocou uma grade nessa janela?

— Já coloquei o colchão no chão, pode cair - ele fala, o tom da voz dele estava normal, mas a Karol tem uma ótima audição e sono leve, poderia acordar — Solta o seu pé daí e desce

— Fala baixo! - repreendo ele, puxando mais o meu pé, por que não sai? — Não sai, Mark, não sai!

— Mark, você está aí? - escuto a voz da Karol.

— Foge, Andrews! - falo desesperado — Pode ir sem mim, me deixe! - continuo, sentindo as lágrimas caindo dos meus olhos.

— Não vou deixar você aqui - ele fala correndo — Vou atrás de uma escada!

— Evans? - sinto o toque gelado da pele da Karol, tirando o meu pé da grade...

Começo a ver o rosto da minha mãe, o quintal em que passei minha infância, o almoço em família, vejo a droga do loiro com o Lucinho, Valentine e a senhora Jones... Espera! Por que eu vi a senhora Jones? Não deixa eu apagar não! Eu quero saber porque eu tô vendo a senhora Jones.

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora