(...)
Allyson Lewis
— Nasceram, Amor - digo admirando o vídeo, observando a Sophie — Tô vendo a pequena Sophie agora...
— Como ela é? - escuto a voz baixa da May, possivelmente a Isabelle estava em seus braços, já que escuto um baixo barulhinho.
— Ela é pequenina, cabelos negros, e não consegui ver os olhos - explico procurando o Jonathan com os olhos — O Jonathan é bem forte...
— Amor, tá tudo bem? - escuto a voz da May.
— Não tô vendo o Jonathan... - digo pensativo, olho para o Luke no final do corredor — Tenho que ir, te amo - desligo sem pensar tanto.
— O que foi? - Luke pergunta, assim que me vê correndo em sua direção.
— Cadê o Jonathan? - pergunto e ele me dá um sorriso.
— A enfermeira tá fazendo uns testes e vai levar para o quarto da July - diz feliz, respiro fundo e abaixo minha cabeça, talvez só esteja bem paranoico... Mas... Algo está errado, consigo sentir isso... — Aly, você acha que...?
— Não - respondo levantando a minha cabeça, assim que levanto, o Luke coloca sua mão em meu ombro. — Só tô paranoico, Luci.
— Também tô sentindo... - ele diz assim que vê meus olhos, sentia como se minha alma fosse entrelaçada a dele, sentia dor quando ele também sentia e isso não era preocupante. Amar o Luci era fácil, talvez isso que me deixava calmo, mas significava algo... Seus amores pareciam os meus, e a July era como minha irmã nesse momento — Mas eu fui verificar pessoalmente tudo, ele tá bem.
— Ok... Obrigado - respondo, estava inquieto, sentia um gosto amargo na boca.
— Tô sentindo gosto de laranja... - ele diz, o que me faz começar a rir — Tô falando sério.
— Laranja a fruta? - pergunto e ele nega.
— A cor mesmo - sorrio e toco em seu ombro.
— Você é um cara muito esquisito - digo, puxando ele para ver a maternidade, onde se encontrava a Sophie — Mas eu te amo mesmo assim.
— Eu sou esquisito? Você acha que estamos no Velozes e Furiosos em Tóquio? - ele tenta rebater — Mas também te amo mesmo assim.
— Eu sei realmente fazer drift - brinco, o que no fundo era real... Eu realmente fazia e sei muito bem até.
— Eu não consigo ficar surpreso por isso... - ele responde vendo a filha — Ela é linda, não é? Parece uma boneca de porcelana...
— Ela me lembra a vó dela... Parece que tô vendo uma mistura de July, com a senhora Blackthorn - digo olhando bem para ele — Pensando bem... Tu tem um pouco dela...
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Reencontro com o Passado
RomanceFugimos do passado, por cicatrizes que se formam em nossa alma, nos marcando internamente para sempre, principalmente quando vêm de nossa família. Essas cicatrizes formam quem somos, o peso que carregamos e a bagagem que levamos para nossas vidas. L...