Capítulo Desessete - Plano de fuga, esperar...

1 1 0
                                    

— Essa e a voz do Robert? - pergunta aos gritos o John, abaixo o som dos meus fones e seguro a arma que tinha ganhado do John, estava me sentindo com medo, mas não podia surtar — Harry!?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Essa e a voz do Robert? - pergunta aos gritos o John, abaixo o som dos meus fones e seguro a arma que tinha ganhado do John, estava me sentindo com medo, mas não podia surtar — Harry!?

— Onde estão as fitas? - pergunta o Robert, seguro mais forte a arma tentando controlar a minha respiração, isso não pode ser real – Temos que ir embora logo.

— Estão aqui - diz a Jéssica andando, escuto a porta sendo fechada e suspiro aliviado...

— John, preciso ir embora - sussurro nos fones.

— Não antes de saber o que tem naquele cofre - diz o John e sinto um arrepio se formando na minha espinha — Por que eles querem fitas que não existem?

— O que? - pergunto, por que diabos ele quer tanto saber o que tem nesse cofre? — John, eles estão aqui.

— Eu sei! - ele fala e escuto o barulho dele batendo em algum móvel — Espera um pouco...

— Tá falando sério?

(...)

— Cadê o meu Martini? - pergunto vendo o John com uma garrafa de cerveja na mão, me entregando.

— Isso aqui que é bebida de macho - ele me responde e se senta na cadeira — Vamos, me fala, achou mesmo?

— O cofre fica no escritório dela, tive que esperar quarenta minutos até sair daquela biblioteca - respondi me sentando e tomando um pouco da cerveja gelada, pelo menos está gelada — Não sei a senha, e quando perguntei, você mandou eu vir - falo fechando os olhos e tirando aquela arma que estava me incomodando.

— Qual é o tamanho dele? - pego o meu celular e mostro a foto do cofre no chão daquele escritório.

— Está preso ao chão, não consegui trazer, não assim - digo pensando em formas de pegar aquele cofre — Mas qual é o plano?

— Ela esconde aquele cofre até do diabo, tem algo importante nele - ele me responde — e deve ter algo que suspeito... - ele continua tomando sua cerveja e vendo a minha arma — Fica com ela, não tem rastreio ou algo do tipo, é um presentinho.

— Deveria agradecer? - pergunto e ele ri.

— Por isso eu gosto de você, quatro olhos - ele me fala e reviro os olhos — Uma dúvida, ela queria as fitas e você achou o cofre, mas ele estava como? Tipo, estava limpo com marcas de uso recente?

— Muito empoeirado - falo e ele dá um sorriso que eu jurava que rasgaria o seu rosto — O que tem nele?

— Provas contra a Jéssica, somente isso - ele fala e o seu celular começa a vibrar sem parar, ele pega o mesmo e atende com uma cara assustada — Sim, Cherry? - cereja? — Vou agora! - ele fala desligando e olhando para mim — Vou para Londres.

Allyson Lewis

— Sério que você está o dia todo aqui? - pergunta o Luke entrando na minha sala, tinha acabado de sair de uma reunião com os meus pais e a minha cabeça estava explodindo.

— Sim - respondi abaixando minha cabeça e vendo os meus cabelos caindo sobre o meu rosto, não tinha cortado o cabelo desde o aniversário do Luke no ano passado, eles estavam imensos, vivia prendendo eles — Discuti com a May... E tive uma reunião com os meus pais, eles vão para a França - tínhamos discutido um plano de emergência para a gravidez da May, eles vão pra França...

— Espera, você e a May discutiram? - Luke pergunta com um tom de surpresa na voz — O casal que vive perto um do outro, o casal felicidade.

— Esse casal aí é você e a July - corrijo ele rindo — Sim, discutimos, pois coloquei seguranças atrás dela e da minha mãe sem avisar a ela.

— Como ela descobriu? - Luke pergunta pegando uma garrafa com água no meu bar, jogando para mim, pego no ar e vejo ele se sentar pegando uma garrafa para ele.

— A minha mãe percebeu e testou os seguranças, fugindo deles - respondo ao Luke me arrumando na cadeira e vendo uma foto minha junto a May no casamento do Luke, em cima da minha mesa — Ela descobriu e ficou irritada.

— A ruiva ficou irritada? Estamos falando da mesma ruiva? - ele brinca rindo da minha cara, que belo irmão tenho! — Sabe, uma baixinha, de olhos verdes, cabelos vermelhos, com sardas no rosto... - começa a descrever a May e o paro antes de terminar, conhecia ela como a palma da minha mão, não precisava de uma descrição detalhada dela.

— Sim, Mary Lewis - falo e o mesmo sorri —, ainda não contei sobre tudo para ela, e sinceramente, nem sei como contar... - digo e ele olha para o teto do meu escritório.

— Conta a verdade, ela já sabe quem é a Jessica e o seu passado com ela, isso já é um grande começo - ele fala e concordo mordendo o interior dos meus lábios — Do que você tem medo?

— Dela ter medo de mim, quando souber de tudo - respondo e o mesmo me olha nos olhos — Se ela souber tudo...

— Você estava se defendendo, muito bem por sinal - ele responde abrindo a sua garrafa de água — Não matou ninguém, claro, feriu alguns, mas você fez o que foi preciso para voltar para a gente.

— Eu fui praticamente um monstro de contos infantis - falo olhando ele colocar a sua garrafa em cima da mesa e abrir o seu terno, respirando melhor.

— Você se cobra demais - ele fala e sorrio — Entenda algo, a Karol e eu vimos o que você fez e não tivemos medo de você.

— É completamente diferente, vocês sabem do que eu sou capaz e não tem problema em ver isso - respondo olhando para ele.

— Ela lhe ama, independentemente de qualquer coisa, esse sentimento não vai mudar do nada e menos ainda por conta disso - ele responde, meu celular começa a vibrar sem parar, pego ele em meu bolso e vejo o número do meu pai, atendo e coloco no viva-voz.

— Oi, pai - falo cansado e o Luke fica prestando atenção.

— Chama o Luke e venham para o hospital agora! - ele grita, e escuto o barulho do vento, ele estava correndo, que porra está acontecendo?

— O que está acontecendo? - pergunto prestando atenção e me levantando.

— O Hod foi baleado - ele fala e perco o equilíbrio das minhas pernas, me seguro firme na mesa — e a May também está aqui, venham! - olho para o Luke e corro para pegar as coisas.

Reencontro com o PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora