Não me vejo na obrigação de cuidar e está vinte e quatro horas perto de Eros. Na verdade, se eu pudesse escolher, teria escolhido ficar por detrás de seu pai, Carlos. O mais velho é bem mais compreensível e aceitável que o filho. Agora entendo o motivo de Deckart não abrir mão do trabalho, Carlos o tratava como parte da família.
Robert me ensinou tudo o que ele sabia, me apresentou para as "mulheres" da família, ou como eu prefiro chamar, os encostos dos Santino. São mulheres extremamente desprezíveis, mal educadas e desnecessárias. Fiquei de guarda na casa por uma semana depois que cheguei, e já tive que responder a gracinhas dos outros soldados.
Ninguém respeita as mulheres daqui, nem mesmo eu que sou a Líder dos soldados. Adolfo foi demitido, segundo o que ouvi, ele se envolveu com uma das mulheres da casa e os empregos viram, denunciaram e Robert ainda diz que ele teve sorte, que foi apenas demitido, e não esquartejado pelos homens da família.
E mais uma vez, estou sentada em frente a porta do quarto de Eros, com uma glock em mãos, aquela relíquia virou minha melhor amiga. Escuto sons de salto subindo as escadas, calculo os passos e acerto no momento em que o par de pernas entra em meu campo de visão.
Controlo minha vontade de revirar os olhos, é a mesma mulher de sempre. A mesma prostituta que sempre faz visitas a Eros, nada contra ao que ela chama de profissão, mas, sabe se lá se ela faz pelo menos algum exame durante o mês, para saber como anda sua saúde sexual. Levanto tomando postura e a impeço de entrar, a segurando.
__ Se apresente.
Eu já a conhecia de vista, sabia o óbvio motivo de está aqui, mas é obrigação minha fazer o mesmo procedimento todas as vezes que alguém tenta entrar em contato com o garoto.
__ Sabe quem eu sou e o que eu quero. Saia. _ ela diz, como se tivesse algum tipo de autoridade sobre mim.
__ Aguarde um momento. _ digo abrindo a porta, ela tenta me acompanhar mas a empurro com a mão em seu colo para fora do quarto __ Mandei esperar um momento, não escutou? _ tranco a porta e procuro por Eros, o encontrando no banheiro com a porta aberta.
Ele estava higienizando sua barba rala, o olhei pelo reflexo e logo encarei a mim mesma antes de abrir minha boca.
__ Há uma das prostitutas querendo lhe ver, mando entrar?
__ Ainda preciso responder? _ respiro fundo com tamanha ignorância.
Saio de suas vistas e abro a porta, decidindo a ir contra suas palavras, sorrio de canto para a mulher que esperava um "sim, entre e foda com ele", mas que receberia um: - Ele não quer vê-la, mandou que procurasse outro para infernizar.
Foi satisfatório ver a frustração em seu olhar. Seu ego estava ferido, e seus olhos se encheram de lágrimas, senti pena ao perceber que ela tem sentimentos por Eros, mas tudo bem, ela não irá morrer por isso. Voltei a sentar e esperar a próxima pau mandado que chegará para vê-lo.
Eu esperava que iria lhe dá com armas, tiros, sangue, morte e qualquer coisa sanguinária que envolva o significado de Máfia, principalmente as italianas, a família Santino é parada, não há muitas movimentações relacionadas a perigo, mas isso não impede dos membros terem o máximo de proteção.
Ouço novamente passos vindo, mas dessa vez são agitados, rápidos. Por algum motivo, meu raciocínio para quando vejo uma menininha correndo em minha direção, me fazendo lembrar de minha filha, e questionar a mim mesmo o estado em que deve está agora. A menina para de correr em uma certa distância, talvez com medo de se aproximar.
__ Não vou lhe machucar, pode vir. _ digo, ela sorrir e vem __ Procura por Eros?
__ Meu tio está aqui? _ ela questiona __ Quero vê-lo, faz alguns meses desde a última vez que o vi.
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Sempre Você | 1° Livro - Trilogia
Romance"Não gosto de rivalidade feminina e nem masculina. Aprecio rivalidade generalizada, todos são meus rivais e irei destruir um por um." Isadora DePrá, é ex capitã do exército britânico, possuidora da Cruz da Vitória, a mais alta honraria que já foi da...