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Pov Jenna

Me acomodei nos braços de Emma, sentindo seu aperto, e sendo suspensa no ar por alguns segundos. Seu toque era terno e carinhoso, me causava timidez.

- O verdadeiro discípulo é aquele que supera seu mestre! -citei divertida e meio arrogante, fitando seus olhos quando nos afastamos.

- Estou tão orgulhosa Hollywood! -a maior elogiou em um sussurro, acariciando meu rosto.

Junto a Myers, eu havia feito muito progresso e minhas habilidades com vôlei, mesmo ainda desgostosas, se aperfeiçoaram.

- Devo admitir, vou sentir falta de suas reclamações incessantes todos os dias -resmungou com humor, descansando as mãos em minha cintura.

- Eu sei disso -pisquei para si, enquanto ela sorria e revirava os olhos.

- Tão esnobe! -murmurou em brincadeira.

- É meu lado artístico -dei de ombros. 

- Sorvete e tempo de qualidade? Para comemorar sua estreia no torneio? -pediu com um bico e eu senti minhas bochechas quentes. As semanas, as quais passei com Emma, pareceram me afetar, de certo modo, e aquilo ainda me assustava.

- Aceito -sentenciei ganhando seu grande sorriso, deveras satisfeito.

Juntamos nossos pertences e eu deixei que a mais velha me conduzisse ao estacionamento, parando em frente a sua Harley Davidson.

- Não! Definitivamente não! -retruquei, disposta a dar meia volta, no entanto, seu contato delicado sob meu dorso, me impediu.

- Confie em mim -rogou baixo e eu engoli a seco, cedendo, e subindo consigo no veículo.

- Promete não correr? -sussurrei quando a abracei e ela colocou sua mão sobre a minha, a acariciando.

- Prometo -concluiu, me fitando por cima do ombro para, por fim, dar partida.

A brisa fresca que batia contra meu corpo me deixava em êxtase, me causava um frio agradável no estômago. Penso que, definiria aquilo como uma sensação de liberdade, quase como voar.

Dei uma gargalhada desacreditada quando a maior deu um grito engraçado, aumentando um pouco a velocidade.

- Você é louca Myers? -minha pergunta foi devolvida com uma risada fofa e gostosa.

- Talvez -deu de ombros, voltando sua caricia sob meus dedos, os quais entrelaçavam seu tronco.

Neguei com a cabeça e inspirei fundo, fazendo a mesma coisa, agradecendo por estarmos em uma estrada sem tráfego algum. 

Aquela necessidade novamente cresceu em meu peito, sendo assim, apertei Emma com mais força e depositei um beijo em sua nuca, observando seus pelos se arrepiarem. E então, absolutamente tudo pareceu rodar em câmera lenta, com uma música ao fundo, enquanto meu coração batia desesperado.

Eu engoli a seco, possuindo agora um pavoroso sentimento, o qual inspirou toda a minha alma, necessitada de caneta e papel.

Miss HollywoodOnde histórias criam vida. Descubra agora