Capítulo 4

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É aí que entro? Por onde?, Pensei comigo mesma, estava completamente em choque com o cabelo pior do que um ninho de gavião e ainda por cima ouvir uma proposta descabida de acompanhar meu chefe em um casamento. Não seria tão ruim, se eu não tivesse que aturar ele em casamento algum!

Fiquei ali parada olhando para ele abismada e ele continuava ali parado de braços cruzados, impassível. Não há como responder assim de imediato, eu não consigo!

— Mas você quer que eu entre onde nisso? — pergunto com medo certo da resposta desse homem.

Minha cabeça girava em 360° graus, parecia que tudo ia desmoronar, estava duvidando da minha capacidade de me segurar em pé. Olhei novamente para o convite dourado, e em seguida para o meu chefe arrogante e ranzinza, estava prestes a dar uma de doida e correr dali o mais rápido possível, o que ele estava pensando ao sugerir que eu deveria ser amante dele?

Ele deu alguns passos firmes em minha direção, tão normal e seguro de si, não parecia mais aquele antipático de antes, ele ainda continuava sério como se fosse tudo isso normal. Por que estou criando um caso sobre isso? Ele só quer uma acompanhante para um casamento, que pode dar muita merda! Mas que mal há ajudar um chefe? O meu chefe?

— Você entra nessa história como minha...namorada — dispara com a maior naturalidade do mundo.

É possível abrir a boca mais do que o normal?

— Não acho isso apropriado, para um chefe e uma estagiária...— gaguejo ao falar de tão trêmula que estou.

Ele não esboçou nenhuma expressão diante disso apenas bufou e me deu as costas enquanto explicava sua situação.

— Será bem recompensada se me prestar esse humilde favor, Morgan. — disse ele com calma, sem perder seu jeito de costume. — Não estaria insistindo, se eu realmente não precisasse da sua ajuda.

Por um momento pensei sobre sua proposta, mas mesmo sendo recompensada, o que seria dali em diante? Deveríamos criar termos do que fazer, no caso de haver contato físico em público? Será que conseguiríamos fazer essa aparição tão íntima em um casamento. Se tratando de um promotor e a ex dele, toda imprensa estará lá, poderão afirmar que tenhamos um caso e como faríamos para desmentir?

Balancei a cabeça e prestei atenção no meu chefe ali parado, ombros largos, pernas compridas, bunda arredonda, seria bom até desfilar com ele por um dia.

— Se eu aceitar, o que vai acontecer? — pergunto por pura curiosidade.

— Teremos que criar uma história de onde nós conhecemos, como começou esse romance, essas coisas que mulheres gostam de cantar aos quatro cantos da terra, vocês são mais fãs de contos de fadas do que homens. — diz ele, sério e calmo demais.

— Por isso, está deixando que eu tome a parte das condições?

— Sim, srta. Montgomery, será muito difícil prestar um favor ao seu chefe? — ironizou, mas vi que logo se arrependeu e voltou sua atenção para mim. — Não precisa responder hoje, mas preciso de sua resposta o quanto antes.

— Mas se tivemos que fazer uma encenação pública? Afinal, é um promotor e não é um qualquer, é Alex Hundger, toda imprensa vai estar lá e haverá rumores. — digo tentando ver o que farei para evitar isso, mas se tivemos que chegar a esse ponto, tenho de saber se ele estava disposto a pagar esse preço.

— Farei o que for preciso, srta. Montgomery, se aceitar lhe darei dois mil dólares por um dia. — diz ele com tanta firmeza que ao olhar dentro dos seus olhos, pude ver a sinceridade ecoando em seu íntimo.

Pude ver um menino chorando implorando liberdade, a tristeza ressoava em seus braços trêmulos enquanto chorava pedindo por carinho e atenção, ver o quanto ele escondia atrás de toda aquela armadura, me apertou o coração ou só estou mesmo sensibilizada por toda a situação e isso afetou meu psicológico.

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