Com(paixão)

Nasce um rival

Ontem minha mãe surtou por eu ter sido suspensa até às férias de inverno acabarem. Eu dei um tiro no meu próprio pé por que minha mãe vai se casar um dia depois das aulas voltarem, ou seja vou voltar pra o Brasil. 
Fiquei aflita e mau consegui dormir, minha mãe não quer cumprir nosso trato e quer me mandar o mais rápido possivel, e ontem também ela disse que eu tinha que voltar pra a psicóloga.

Ao caminho pra a psicóloga, Laverne estava conversando comigo enquanto dirigia a mando da minha mãe que não nós acompanhou por que foi provar vestidos no outro lado da cidade.

—Por favor obedeça sua mãe, o casamento ta estressando ela por que você sabe é muita coisa pra se resolver. Conversa com a Doutora Quinzel sobre isso.—Ela estacionou o carro

Balancei a cabeça concordando e sai do carro entrando na clínica, eu amo cheiro hospitalar não sei por quê. Fui entrando na sala da Doutora Quinzel e sentando no sofá, ela estava de costas servindo um café pra si em uma xícara de porcelana que parecia ter saído de um filme antigo.

—Sol, que bom que você veio—foi andando até o sofá mexendo a colher na xícara e se sentando com as pernas cruzadas— Senti sua falta, porque parou de vim?

—Eu não sei Doutora, achei que podia parar de vim por que já estava melhor.

—E não está melhor não é? Sua mãe conversou comigo novamente e dessa vez disse o que aconteceu. Por que você bateu no seu colega da escola?—perguntou de uma forma tão sutil

—Na verdade tudo começou anos atrás, ele fazia bullying com meus amigos todos os dias. Laverne, minha outra mãe tinha me dado um canivete que parecia uma caneta antes das aulas começarem, pra me defender de assédio essas coisas—falei e dei uma pausa pra tomar o copo de água que já estava encima da mesa—Só que eu usei esse canivete pra ameaçar o Kyler, mandando ele se afastar dos meus amigos e se eu visse ele fazendo bullying com eles ele iria pagar caro. Só que ontem ele só zôo o Demetri na frente da escola toda e o resto você sabe.

Ela estava chocada, tomando um gole da sua xícara de café e ajeitando o óculos em seu rosto.

—Sol, o que você fez foi errado as duas coisas isso poderia te levar a expulsão. Não se pode ameaçar alguém dessa maneira, sua mãe me disse que você quebrou o nariz dele. Você desconto sua raiva em alguém que não merecia

—O QUE!?—levantei indignada —Como assim ele não merecia? Ele é o maior cuzão da escola, aposto que qualquer pessoa queria ter o prazer que eu tive de cuspir na cara dele. Doutora a senhora ta do lado de quem nessa história?

—Do seu lado Marisol, só que você tem que entender que não é assim que se resolve as coisas. Você poderia ter ido pra um reformatório para menores, sua mãe podia ter sido processada. Riscos maiores de até você voltar pra o seu país mais rápido

Eu estava com a cabeça baixa mas levantei e quando ia perguntar pra ela

—Sua mãe também disse isso pra mim. Tô aqui pra te ajudar Sol, você sabe disso —ela deu um último gole no café e pós a xícara na mesa na sua frente

—Eu não quero ir embora daqui, não antes do trato que fiz com minha mãe

—Que trato?

—Antes de vim pra os Estados Unidos fiz um trato que ficaria até o fim do ensino médio e depois voltava pra o Brasil.—contei

—E sua mãe quer te mandar antes do trato por causa do que aconteceu né. Você quer convencer sua mãe de cumprir o trato certo?—perguntou, afirmei com a cabeça então ele prosseguiu —Você precisa pedir desculpas a sua mãe pelo o que fez com o garoto, precisa reforça o trato.