DIVIDA PERFEITA | Livro II • JJK

[ 4Y + 5 ]

+ Só um aviso, na fic os meninos tem +1,85. O Jimin continua sendo o mais baixo com 1,85. Então o Jungkook por exemplo, tem 1,90+

3 meses depois que ela se foi

JUNGKOOK ELTHER

Dois dias se passaram desde que Emilia apareceu aqui e pelo que soube realmente marcou com o Jimin fora daqui. A ideia de que ela poderia ir embora ou mandar o Norman para longe de mim me aterrorizou tanto que acabei me esquecendo de muita coisa que me atormentava. Como os pesadelos com a minha mãe e com ela. Ao menos uma notícia boa tinha recebido, um homem da Cosa Nostra foi pego em uma das fronteiras americanas e como a aliança com os americanos me dá bastante liberdade, resolvi trazer ele para conhecer a Suíça.

A sensação ruim desde que Jimin tinha falado comigo de sua prima permanecia, eu me sentia perdido. Perdido por culpa do meu próprio pai que teve o trabalho de me ensinar a lutar. A atirar. E até a saber como matar alguém de medo pelo olhar. Mas que não foi capaz de dizer o motivo dessa rixa idiota entre duas máfias grandes. Alejandro estava começando a mexer para todos os cantos, como num tabuleiro de xadrez. Querendo me prender diante de todas as suas peças. Querendo me dar um xeque-mate. É óbvio que não permitirei isso, nem que precise me sacrificar.

Isso certamente está sendo divertido para ele. O homem de sensenta e um anos deve me achar uma criança assim como Fred e Caion acham. Um bando de gente que continua a duvidar de minhas intenções e do que sou capaz para proteger os meus. A única família que tenho é essa máfia. A única coisa que me restou. E agora descubro que tenho um filho. Eu poderia o chamar de herdeiro entretanto não pretendo continuar com isso, com isso que chamam de linhagem de sangue. Não quando sei das coisas ruins que pode acontecer.

Certamente não pretendo errar com meu filho, não como o meu pai errou comigo desde o momento em que me conheceu. Eu quero que Norman saiba quem sou, que saiba que sou alguém tecnicamente muito ruim aos olhos das outras pessoas, e que sou bom para aqueles que me prometem lealdade e confiança. Que não sou capaz de sujar as mãos com um sangue inocente e que nunca faria algo contra ele e muito menos o obrigaria a nada. Ele é esperto. Deve ser muito inteligente. E certamente tem idade o suficiente para fazer certas escolhas.

Me sinto ansioso desde o momento que Emilia disse que ele gosta de armas. Imagino que fique assistindo vídeos sobre isso e até jogando jogos. Dúvido muito que ela deixaria ele ter aulas de tiro mesmo sabendo que poderia ser até para a segurança dele. Suspirei fundo saindo do escritório depois de dar ordens para um dos meus guardas acompanharem Namjoon até o aeroporto, espero que não seja mais um dos fiéis mortais do Alejandro. Não estou com paciência para torturar alguém até a morte e ficar escutando gafes e deboches. Na verdade minha paciência quanto a este assunto é totalmente zero. Assim que terminei de entrar na sala pondo a pistola no colete avistei Emilia.

Diferente do outro dia ela parecia bem mais casual. Um vestido florido até o joelho, solto em seu corpo magro, cabelos soltos e um sorriso leve e inusitado. E é claro que notei muito mais no garoto ao seu lado. Maior que ela. E quase do meu tamanho. Diria que muito pouco mais baixo que o Jimin. Ao lado deles haviam suas malas. Norman estava inexpressivo, engoli seco me aproximando. Seus cabelos são grandes e pretos, lisos caindo sobre sua testa e separados ao meio, seu nariz e sua boca são quase idênticos aos meus e apesar dos olhos puxados há um verde bem vivo neles. Entre dois pais com olhos claros não devia esperar por outra coisa. O garoto veste uma roupa toda preta e folgada, com um tênis branco no pé. Completamente estiloso. Igual a mim.

Minha surpresa talvez fosse mais pelo piercing nos lábios. Não que não goste. É estranho saber que a mãe dele não se importa. Afinal me lembro do quão ela costumava ser chata com esse tipo de coisa... Peles tatuadas ou furadas para por esse tipo de jóia.