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JUNGKOOK ELTHER

- Isso vai ser uma reunião? - Emília se sentou no sofá branco de meu apartamento com Sn, Norman estava ao seu lado, sem celular, só distraído mexendo nos próprios dedos. Embora ele tenha gostado e se introsado o bastante com todas as aulas de tiro e luta, fomos obrigados a parar depois do ataque da mansão. E desde então também não tive tempo o suficiente para conversar com ele e perguntar o que pensa disso tudo. É só um detalhe já que, mesmo não abrindo a boca, é como se eu pudesse saber cada coisa que ele pensa. Um adolescente assustado. Do mesmo jeito que eu quando fui arrastado para cá. Com vinte e dois anos.

- Sim, um jantar, mas o propósito é uma reunião também. Porque vocês precisam sair daqui antes que Alejandro volte a atacar, diretamente. - Apontei para as mulheres sentadas uma do lado da outra. Minha mulher sentada no braço do sofá com a mão descansando na barriga enorme, Camila ao seu lado agarrada ao seu braço com os olhos perdidos e Emília na ponta com as pernas cruzadas. Um rosto inexpressivo que também é capaz de dizer que não queria que seu filho passasse por isso.

E tivesse um pai assim.

- Como assim precisamos sair daqui? - Foi Camila quem perguntou. A sala estava cheia, já que também pedi para todos de minha equipe virem pra cá, a mansão ainda não estava apta por completo para receber a todos nós com devido conforto. E não quero Sn andando no meio de cimentos e poeira, em tempo de ficar com uma alergia.

Hoje pela manhã foi a primeira vez que briguei com ela. Não para levantar a voz, e sim pra reclamar por que dela estar lavando os pratos quando havia uma mulher sendo paga para fazer isso. E depois ainda reclama de dor nos pés.

Minha sorte é que ela percebeu que era preocupação e não por que desejo mandar nela. Embora seja bastante teimosa.

- Bem, Emília, a guerra foi declarada e muita gente sabe disso agora. O governo da Suíça é uma da pessoas que sabe, assim como algumas máfias aliadas e inimigas também. Agora, muito mais que antes, eles vão atacar. Pois tem a chance de fazer isso até que tudo por aqui seja destruído. - Me encostei a parede perto da porta de entrada vendo a atenção de todos em mim. Gesticulando continuei. - E vocês precisam se manter protegidos. Estou a uma semana averiguando para onde vocês deviam ir.

- E pra onde quer nos mandar? - Foi minha mulher quem perguntou, ela sabe da situação e também procurou comigo as cidades possíveis para ficarem. Seguras o suficiente para que o Cosa Nostra não atacar. Ou inseguras o suficiente para que não o atacasse. No entanto não lhe dei uma resposta por inteiro.

- Taupo, Nova Zelândia. É uma cidade ao norte da ilha central, acima do rio Taupo. Pequena, sem muitos turistas ou intercambistas, e quase em meio a natureza. Próxima de duas bases americanas no sul, as ilhas vizinhas são pertencentes a Inglaterra no entanto sabemos que aquelas terras são investigadas pelos americanos, portanto, essa cidade terá a segurança que nenhuma outra terá pra vocês.

- E nós só vamos... Ficar lá? - Desviei o olhar de Sn e encarei sua amiga, Camila ainda tem um curativo na clavícula, os pontos estão começando a cair.

- Tecnicamente sim. A casa, comida, qualquer coisa que precisarem terão dinheiro para isso, não se preocupem com notas fiscais ou coisa parecida. Lá tem sinal, internet e tudo que vocês precisam. Só não podem sair da cidade, terá homens meus lá para um último caso. - Engoli a seco notando o olhar de Emília desviando a cada segundo, não posso dizer que não me sinto afetado, porque me sinto. Se ela se sente assim, Norman se sente muito pior. - Vocês precisam ir em três dias, já se passaram quase duas semanas desde a reunião e certamente Alejandro planeja algo grande.

DIVIDA PERFEITA | Livro II • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora