DIVIDA PERFEITA | Livro II • JJK

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JUNGKOOK ELTHER

Uma semana se passou desde aquele ataque, desde aquela ligação. E Alejandro tinha respondido. Ele marcou a reunião, não ousou ligar de volta, só um comunicado formal no e-mail foi o suficiente. Endereço, dia e hora. Não estava exatamente preparado para largar a Sn aqui sozinha por três dias, no entanto precisava tirar essa história a limpo antes que tivesse um colapso por inteiro. Ela me ajudou com as malas, enquanto parecia tensa. Tensa porque Camila depois do terceiro dia saiu do hospital e foi colocada em casa, ainda desacordada mas bem, felizmente a cirurgia para colar o osso fora um sucesso.

E eu sabia que ninguém tinha desconfiado de que o osso podia ter sido fraturado com exceção do Jimin. Sn não esperava algo tão grave que foi resolvido dentro de algumas horas. Foi ordem minha que trouxessem ela para um dos quartos e que uma enfermeira a acompanhasse a cada momento. E durante esses três dias seriam só Sn, a enfermeira e Camila naquele apartamento. Emília talvez lhe faça uma visita. Ainda anda rançosa com tudo, afinal aquele lance de casamento havia acabado e na sua mente, meu relacionamento com a mulher que amo estava arruinado.

Emília evitou falar qualquer coisa comigo desde que acabei com Caion e dei um fim a Fred. Eu não os suportava, tudo ia acabar desse jeito mesmo passando a linha exigida do contrato. E isso me fez relaxar, era menos uma ameaça, menos um problema. Ela não conversou com ninguém depois do que aconteceu na mansão, as poucas palavras trocadas com minha mulher não foram exatamente as que eu queria que fosse. Além de tudo sei que agora sente medo. Do que me tornei. Do que aquilo podia se tornar. Mesmo que também tenha provado minha capacidade de protegê-los.

Da última vez que a vi ela estava mais pálida que o normal. Alguns dias atrás quando chamei Norman para conhecer outro espaço de treinamento, desta vez de carros, como pistas de corrida onde testamos as velocidades e habilidades dos homens num carro em movimento. Cheguei a perguntar a ele sobe ela, relutante tudo que disse foi que ela estava tentando ficar bem. E minha garganta se fechou. Ela é minha amiga. Eu a amo assim como os outros. E dói ver ela assim. Dói não poder fazer nada porque ninguém além dela pode saber o que se passa dentro de sua mente.

Chegamos no solo da Turquia em menos de três horas, cerca de cem homens meus estavam espalhados pela cidade, sem roupas pretas ou qualquer indício de que trabalham para mim. Fiz questão de tomar cautela quanto a isso. Alejandro, imagino que tenha chegado antecipadamente e babado um pouco o ovo de Eymen, um dos chefes das facções mais perigosas de seu país. Procurando um novo aliado, imagino eu. De qualquer maneira sabia porque esse lugar foi escolhido. Primeiro, não temos aliados nem inimigos aqui. Segundo, o lugar é cercado por homens bomba prontos para atacar de qualquer buraco, ou seja, nenhum de nós pode atear fogo aqui. Um tiro e o caos se inicia. Contra nós dois. Porque não haveria mais nossa rixa ali, o problema seria outro.

No entanto, muito burro de sua parte deixar suas táticas de jogo tão óbvias assim. Haviam homens espalhados pela cidade, deles também, não tão disfarçados como os meus. E isso seria minha maior vantagem nessa reunião. O cordão em meu pescoço permitia que Jimin gravasse no celular em seu bolso cada fala dita naquela sala. Onde está apenas eu e ele. Corgitei a ideia de levar minha equipe comigo, mas Namjoon permaneceu em Zurique, no comando, Taehyung ainda estava tomando conta das mortes dos outros. E Jimin e Yoongi me esperariam do lado de fora da sala. Com escutas e a par de toda a situação.

Em meu anel que carrego na mão direita, no dedo indicador, há um micro botão na parte inferior. É Alejandro fazer qualquer merda para que eu aperte. E tudo se torne um caos. Tenho reforços para isso. Muitos reforços.

Reforços este que é aliado de cada uma das facções da Turquia.

- Você falou pessoalmente com o Hoseok? - Perguntei ainda no carro. A caminho do prédio de quinze andares. A sala de reunião no último andar fora preparada para nossa conversa. Alejandro confiou a mim que não era necessário ninguém naquela sala, além de nós dois. Embora tenha questionado se não deveria colocar seus homens lá dentro.