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⚠️ Atenção: nos últimos capítulos vão ter meta de comentários, não me decepcionem.

META PRO PRÓXIMO: 30 comentários. (Mas não comentem dez vezes a mesma pessoa, conheço vocês kkkk)

SN SILVA

Numa viagem se apenas três dias, sentia falta dele como se não nos víssemos a um ano. Eu sabia que tudo isso iria me abalar, no entanto não esperava que algo assim fosse acontecer agora. Guerra. Guerra declarada do Blod a Cosa Nostra, vice e versa. E o que merda iríamos fazer agora? Tenho me mantido dopada de remédio nas últimas horas, quanto menos estresse menos chance de qualquer coisa atingir o meu bebê. Mas de uqe adianta se isso vai atingir o pai dele?

Não é que duvide de sua capacidade. Nenhum pouco. Jungkook já provou o que é capaz de fazer mas não fui capaz nem mesmo de esquecer o que aconteceu na mansão, imagine agora. O cenário seria muito pior. E ele estará lá. Numa maldita linha de frente com todos os seus melhores amigos. Prontos para lutarem como iguais. Para morrerem com honra, caso preciso.

Então essa é a sensação que as mulheres têm quando seus maridos saem para uma guerra.

E meu coração se quebra por pensar que eu também posso apenas receber a mensagem de que ele foi... Morto.

Minha cabeça esteve tão cheia que fui obrigada a cancelar cinco reuniões dos últimos dias. Cinco reuniões importantes. Camila ainda esteve desacordada, não havia como contar com ela. E minha dor de cabeça me matava a cada dia. Eu não tinha condições de continuar trabalhando até que isso passasse. Faz algumas horas que minha melhor amiga acordou, atordoada, num dos quartos do apartamento, do apartamento de Jungkook. Do nosso apartamento. Antes de viajar ele fez questão de deixar alguém conosco. E de fato a enfermeira cuidava de mim e de Camila ao mesmo tempo.

Embora que insistisse para prestar atenção nela.

A cicatriz da cirurgia foi grande, sua clavícula ainda estava dolorida e os pontos não saíram. Mas claro, Camila insistia em andar de um lado a outro e ficar se balançando pela casa. O que acabava com eu brigando com ela e ela me xingando. Tudo absolutamente normal, eu diria.

Nenhuma palavra sobre Jimin fora trocada, sabia que sua cabeça estava em completa confusão. Ela o ama. O ama com o mesmo amor que tenho por Jungkook. O mesmo amor que dói por conta dos sacrifícios. O mesmo amor que também abandonei achando que seria uma boa solução. E o mesmo amor que me recebeu de braços abertos. Ou nem tão abertos assim. E a maneira que ela esconde isso, de mim e principalmente de si, a machuca.

A porta da frente foi aberta e não me importei em correr do quarto até lá. Ele mal teve tempo de fechar a porta sem que eu pulasse em seus braços, agarrando seu corpo enquanto suas mãos tocaram minha lombar. Me segurando como se meu peso e minha barriga não fossem nada. Seu rosto se enterrou em meu pescoço, enfiei a mão em seus cabelos grandes e cheirosos, estava limpo e sem nenhum arranhão. E isso também era só uma maldita questão de tempo. A porta foi fechada, Jimin passou por nós empurrando uma mala preta e se sentou na beirada do sofá olhando ao redor.

Procurando ela como se dependesse disso para viver.

Sua respiração ficou pesada.

Jungkook distribuiu beijos sobre meu pescoço e acabei rindo fraco com as cócegas. Soltei as pernas de sua cintura voltando ao chão, suas mãos acariciaram minha barriga enquanto seus olhos azuis me analisaram, de cima a baixo procurando qualquer machucado. Verificando se eu estava bem. Sua mão tatuada pousou em meu rosto, acariciando com o nó do dedo, pus a minha por cima sentindo sua mão quente. Uma conexão tão forte que era como se nós dois pudéssemos nos falar através da mente. Através daquele olhar.

DIVIDA PERFEITA | Livro II • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora