Tudo o que nós Prezamos • Yizhan !

Cᥲρίtᥙᥣ᥆ - 04

Xiao Zhan sentou-se em seu assento de primeira classe e, pela primeira vez no dia, sentiu que poderia relaxar. Ele finalmente estava na última etapa de sua jornada para casa. Ao chegar em Bangkok, ele deixou Craig com tempo suficiente para agradecê-lo. O diretor Luo havia providenciado alguém para buscá-lo e levá-lo ao aeroporto internacional, a cerca de dez minutos da pequena pista de pouso em que haviam pousado. Uma vez em Suvarnabhumi propriamente dito, ele percebeu que voar para Bangkok havia demorado mais do que o planejado, e a equipe da companhia aérea o levou rapidamente ao check-in e à segurança para que ele pudesse chegar ao portão a tempo. No final, eles seguraram o vôo por vinte minutos para ele. Para piorar as coisas, ele teve que sentar no fundo da classe econômica, sofrendo assim o olhar de todos os passageiros que desejavam já estar a caminho e tinham medo de perder a conexão. Apesar da exaustão, ele mal conseguia dormir porque os bebês pareciam se revezar para chorar, e as pessoas que faziam fila para o banheiro constantemente esbarravam em seu assento. No entanto, a pior parte de tudo foi quando, na pressa de tirar o passaporte, ele deixou cair o telefone, cuja tela atingiu a base de metal do balcão de check-in e se estilhaçou de forma espetacular. Ele sentiu a equipe e as pessoas ao seu redor estremecerem quando ele pegou o dispositivo arruinado. Todas as suas esperanças de carregar o telefone no avião para enviar uma mensagem de texto para Yibo na chegada foram destruídas. De acordo com a previsão de Sitwat, sua conexão em Seul foi estreita,

Mas tudo isso era irrelevante agora, pois o avião estava saindo de Seul e indo para Pequim. Logo ele estaria em casa e todos os eventos das últimas vinte e quatro horas seriam apenas uma história engraçada para contar a Yibo. Esperançosamente, ele ainda estaria em sua casa quando chegasse lá. Ele tinha o hábito de dormir tarde, então com certeza estaria acordado, provavelmente jogando ou assistindo algo no celular. 

Xiao Zhan fechou os olhos e tentou adormecer para fazer o tempo passar mais rápido, mas apesar de sua jornada difícil, ele se sentia bastante alerta. Ele não estava com vontade de assistir ao entretenimento de bordo, mas encontrou uma estação de música decente e decidiu pelo menos tentar descansar enquanto ouvia. 

Para ocupar a mente, ele tentou ensaiar possíveis respostas para as perguntas que poderia receber no dia seguinte durante a coletiva de imprensa, mas rapidamente se cansou disso. Logo, seus pensamentos voltaram para Yibo. Ele se perguntou se eles pediriam alguma coisa. Estaria frio em Pequim, e ele ansiava por um hotpot. Talvez o pequeno restaurante da esquina ainda estivesse aberto... Eles pensariam em alguma coisa; eles sempre fizeram. Eles provavelmente descansariam no sofá depois de comer. Eles tendiam a ser estranhos um com o outro depois de longos períodos sem se encontrarem. Não importa o quanto ele quisesse pegar Yibo em seus braços e abraçá-lo, a primeira hora ou mais sempre era um período de ajuste durante o qual eles se tocavam com reserva. Todas as vezes, ele disse a si mesmo que iria ignorar o sentimento e apenas abraçar Yibo e, no entanto, todas as vezes, perdia a coragem. Ele imaginou o que eles poderiam fazer quando passassem disso. Talvez eles se abraçassem no sofá. Yibo gostava de brincar com o cabelo. Zhan gostava de pegar suas mãos e acariciá-las. Se o humor estivesse certo, ele poderia até se aconchegar contra seu didi e embalar a cabeça na curva de seu pescoço macio. Havia algo em seu cheiro que enfeitiçava Xiao Zhan. Isso geralmente era a extensão de suas interações. Eles já haviam se beijado uma vez antes, mas não falaram sobre isso. Eles estavam bêbados, mas Xiao Zhan conseguia se lembrar de cada detalhe.

Sentindo-se excitado, Xiao Zhan se mexeu em seu assento para que seu corpo ficasse de frente para a janela.

Eles nunca levaram as coisas adiante. Não foi por falta de querer. Seus corpos continuaram a traí-los, mas havia uma linha invisível que eles simplesmente não conseguiam cruzar. Se era medo de serem descobertos (mesmo na privacidade de suas próprias casas) e tudo o que isso acarretaria para suas carreiras ou medo de ver o relacionamento dar um passo mais sério, ele não sabia. Este foi outro de seus entendimentos tácitos. Ele se perguntou se Yibo também fantasiava com ele do jeito que ele fazia.