Cᥲρίtᥙᥣ᥆ - 41

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Xiao Zhan congelou sob o olhar zangado de Yibo. Isso foi algum tipo de brincadeira?

— Ir ? Mas... acabei de chegar... — Ele gaguejou.

— Eu não ligo. Por favor saia.

Uma onda de pânico tomou conta de Xiao Zhan quando ele se aproximou da cama.

— Isso é porque eu não vim ontem?

Yibo balançou a cabeça, mas ignorou.

— Eu queria muito vir. Eu fiz. Mas eu adormeci. Por favor, não fique assim. Eu realmente sinto muito.

Ele pegou a mão de Yibo, mas o homem se libertou imediatamente.

— Ou é sobre a outra noite? Desculpa se passei dos limites. Por favor me perdoe. Eu não queria chegar tão perto. Eu só estava tentando…

Ele estava divagando novamente, mas não conseguia parar. Ele temia que, se permitisse que Yibo pedisse que ele fosse embora novamente, ele desmoronaria.

— VOCÊ POR FAVOR CALA A BOCA! —  Gritou Yibo, sua voz ecoando na sala espaçosa.

Um tapa na cara pode não ter sido tão eficiente para silenciá-lo. 

Eles se encararam por um momento. O rosto de Yibo estava vermelho, seu maxilar cerrado. Os dedos de Xiao Zhan se curvaram suavemente quando ele finalmente quebrou o contato visual e olhou para baixo.

— Tudo bem. — ele sussurrou. — Eu irei.

Ele queria correr para fora da sala, mas se forçou a caminhar calmamente e pegar sua jaqueta no armário. Ao vesti-lo, ele pôde sentir o olhar de Yibo em suas costas. Ele resistiu ao impulso de se virar para encará-lo. Ele colocou a mão na maçaneta da porta e parou. Havia tantas coisas que ele queria dizer, mas nenhuma parecia certa no momento, então ele simplesmente balançou a cabeça e saiu da sala.

O corredor, com seus lambris escuros e tons suaves, de repente parecia muito sombrio. Ele deu alguns passos, parou e permaneceu em seu silêncio aveludado por um momento. Ele não entendia o que tinha feito para irritar tanto Yibo. Ele se recusou a acreditar que a ausência do dia anterior fosse a causa. Não fazia sentido. Era uma coisa muito mesquinha para ele ficar tão preocupado. E o que aconteceu naquela noite... Embora ele tivesse desempenhado um papel, Yibo instigou muito disso. Ele estava tendo dúvidas? A ideia entristeceu Xiao Zhan e, por um segundo, ele quase decidiu realmente ir embora e nunca mais voltar. Então ele se lembrou da última vez que o homem ficou com raiva dele. Ele estava chateado porque ficava perguntando sobre sua saúde. Yibo acabara de voltar de uma reunião com o cirurgião. Isso estava relacionado?

De repente, nascido dos medos e ansiedades de Xiao Zhan, a raiva explodiu em seu peito. Ele cerrou os punhos. Ele não podia deixar isso passar. Ele tinha sido muito paciente com o humor de Yibo até aquele ponto, mas havia atingido seu limite. Ele se sentia parte da responsabilidade pelo que havia acontecido com ele, mas estava cansado de se deixar magoar pelos caprichos emocionais de Yibo. Havia tanto que ele poderia suportar antes de começar a perder o auto-respeito. Ele veio ao hospital determinado a deixar as coisas claras e faria exatamente isso. Se Yibo realmente quisesse que ele fosse embora, tudo bem, ele iria embora, mas não antes de ter as respostas.

Com um olhar decidido, Xiao Zhan se virou, voltou para o quarto de Yibo e entrou sem bater.

— Yibo. Ouça, eu acho…

Suas palavras pairaram no ar, a frase inacabada. A cama estava vazia.

— Yibo? — Ele chamou, dando alguns passos mais perto.

Xiao Zhan notou que a cadeira de rodas havia sido empurrada para perto da janela e bloqueou a porta do banheiro. Gradualmente, seu foco mudou para a própria janela e ele viu parte do reflexo embaçado de Yibo.

Tudo o que nós Prezamos • Yizhan !Onde histórias criam vida. Descubra agora