Cᥲρίtᥙᥣ᥆ - 44

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Tendo esquecido momentaneamente por que os jornais estavam no colo de Yibo, ele os pegou. Yibo agarrou seu pulso, parando-o. Xiao Zhan olhou para cima e seus olhos se encontraram.

— Espere até que ela vá embora, pelo menos. — sussurrou Yibo, sua expressão entre alarme e empolgação.

Xiao Zhan virou a cabeça bem a tempo de ver a enfermeira sair. Assim que a porta se fechou atrás dela, ele sentiu Yibo puxá-lo em sua direção. Se ele não tivesse resistido para diminuir seu impulso, eles teriam colidido dolorosamente. Por assim dizer, o rosto de Xiao Zhan parou a alguns centímetros dele. Aparentemente, era exatamente onde Yibo o queria quando ele imediatamente alcançou a parte de trás de sua cabeça e esmagou sua boca contra a dele, beijando-o avidamente. Isso era tudo o que ele desejava momentos antes, mas agora sua mente estava ocupada com outra coisa. Mantendo os lábios fechados, ele respondeu com um beijo curto e gentilmente, mas com firmeza, empurrou Yibo para trás.

— Ah-Yi.

Yibo, entendendo mal isso como Xiao Zhan voltando para tomar um pouco de ar antes de mergulhar novamente, inclinou-se e retomou o beijo. Xiao Zhan recuou e fugiu de seu alcance.

— O que está errado? — Perguntou Yibo, um olhar preocupado em seu rosto.

Xiao Zhan pegou os jornais, um dos quais havia caído no chão. Ele mostrou a Yibo a primeira página da versão chinesa.

— Li Bingzhe. Aquele nome. Onde está na versão coreana?

Ele entregou o papel para Yibo, que lhe deu um olhar estranho.

— O que?

— Apenas responda à pergunta. Cadê? Mostre-me.

— Está bem aqui. — ele disse, apontando com um olhar confuso.

— Como se diz isso em coreano?

— Lee Byung-Chul.

A empolgação de Xiao Zhan cresceu. Tinha que ser isso! Simplesmente fazia sentido. 

— Está escrito com o mesmo caractere que em chinês? — Ele perguntou.

— Eu acho que sim.

Ele pegou o papel de Yibo e o colocou no sofá entre eles. Então, ele pegou seu telefone.

— Aponte para ele com o dedo. — disse ele.

— Ge. O que diabos é isso? — Ele disse, obedecendo mesmo assim.

— Depois explico. — disse ele, tirando a foto e se levantando. Ele caminhou até o pé da cama, mas não havia prontuário.

— Onde está seu prontuário médico? —  Ele perguntou.

— Ali. — disse ele, apontando para um ponto perto da porta, parecendo confuso.

Xiao Zhan foi até a porta e pegou a prancheta. Ele não conseguia entender nada, mas o que procurava estava exatamente onde esperava. Abaixo de cada entrada havia uma série de dois ou três hangeul entre colchetes. Ele devolveu o gráfico ao seu lugar original e abriu o armário para pegar sua jaqueta.

— Onde você está indo? — Perguntou Yibo, alarmado, enquanto Xiao Zhan vestia sua jaqueta.

— Desculpe. Eu tenho que cuidar de algo imediatamente. Eu volto amanhã. Não. Espere, talvez eu não possa vir amanhã. Não sei como é minha agenda de cabeça, mas vou encontrar uma maneira de avisar quando voltarei.

Ele estava prestes a sair quando parou e voltou para Yibo, cuja expressão se iluminou. Mas, infelizmente para ele, eram os jornais que Xiao Zhan procurava, não ele. 

Tudo o que nós Prezamos • Yizhan !Onde histórias criam vida. Descubra agora