Cᥲρίtᥙᥣ᥆ - 37

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O telefone de Xiao Zhan tocou alto, o som amplificado pela madeira da mesa de centro. Ele suspirou e bocejou antes de mudar para o lado e alcançá-lo. Ao fazer isso, calculou mal a distância entre os móveis e bateu com os nós dos dedos na beirada da mesa. Ele rapidamente retraiu sua mão e a embalou com a outra, estremecendo. Agora totalmente acordado, ele percebeu que devia ter adormecido no sofá. Ele abriu e fechou os dedos doloridos algumas vezes e finalmente pegou o telefone, que não parava de vibrar com raiva.

— Ei.

— Você estava dormindo? — Perguntou a voz de Chiyou.

Xiao Zhan afastou o telefone do ouvido e olhou a hora. Passava um pouco da uma da manhã.

— Sim... — ele respondeu com um bocejo. — E aí?

— O Diário do Povo e o Diário de Luoyang divulgaram a história do desfalque em seus sites. Provavelmente será publicado por outros jornais em breve, e não ficaria surpreso se estivesse na primeira página de suas edições amanhã de manhã.

Xiao Zhan sentou-se ereto e abriu seu laptop. Ele examinou rapidamente os artigos, mas não conseguiu ver nada que os ligasse ao Yibo. No entanto, eles não mediram suas palavras para retratar seu tio como o vilão. Embora não o tenham dito abertamente, sua posição era clara: ele era um traidor da nação. Xiao Zhan estava feliz por Yibo estar na Coréia e não poder olhar para as telas no momento.

— Mas parece seguro por enquanto. — disse ele. — Tia Wang viu isso?

— Sim. Na verdade, ela conseguiu ver seu irmão cara a cara ontem. A segurança teve que intervir.

— Ela está bem?

— Oh sim. Ela está bem. Ele, nem tanto. Acho que ninguém dos presentes esperava que ela desse um soco na cara dele.

Embora estivesse surpreso, Xiao Zhan não pôde deixar de sorrir maravilhado. Tia Wang realmente era uma força a ser enfrentada.

— Será que ela teve problemas?

Chiyou riu.

— Todos os presentes praticamente olharam para o outro lado. Mas ela não poderá vê-lo novamente, obviamente. Não que eu ache que ela iria querer. Nem ele, aliás.

Xiao Zhan soltou um suspiro de alívio.

— Então está tudo bem. Por que você não me ligou de manhã?

Ele a ouviu suspirar. A ansiedade revirou seu estômago.

— Cerca de trinta minutos atrás, mais arquivos médicos de Yibo vazaram.

Xiao Zhan recostou-se no sofá e levou a mão à testa.

— Existe uma conexão entre os dois? — Ele perguntou.

— Não que eu possa ver, então isso é bom. No entanto, desta vez isso implica você diretamente. — disse ela.

— Me mande o link.

Xiao Zhan abriu o link do WeChat em seu computador. Embora o endereço fosse diferente, era o mesmo site de tradução chinês de antes. A manchete dizia: “Xiao Zhan perde a esperança com a perda de memória de Wang Yibo”. Abaixo havia uma foto dele de joelhos e segurando um corrimão na parede. Apesar do ângulo lateral, sua expressão dolorosa era claramente visível. Embora a foto estivesse granulada - provavelmente porque quem a havia tirado precisava aumentar o zoom - as marcas de lágrimas em sua bochecha captaram a luz apenas o suficiente para serem inconfundíveis. A princípio, ele se perguntou de qual de seus dramas isso havia sido tirado, então, com horror, ele percebeu que isso havia sido tirado no dia em que Yibo acordou. Ele se lembra de ter pensado ter ouvido o som de um obturador, mas tanta coisa aconteceu desde então que ele havia esquecido. Mas não havia dúvida de que isso era daquele momento. Seu cabelo estava mais comprido naquele ponto por causa do personagem que ele interpretou em seu último filme. Ele havia cortado enquanto estava na China, então a foto não podia ser recente.

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