Tudo o que nós Prezamos • Yizhan !

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NT : Gente ! Quando eu li este capítulo, fiquei um pouco confusa por que pensei que os doces viriam logo, mas não é assim haha, então resolvi escrever isso para não deixar vocês confusos. Esse capítulo é pelo ponto de vista do Yibo naqueles tempos difíceis. Provavelmente haverão mais nesse estilo, então se preparem para mais angústia huh.

Notas da autora no final do capítulo !

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— Acho que você deveria ir embora, Yibo.

Embora suas emoções estivessem em todo lugar desde que essa conversa sem sentido havia começado, a fé de Yibo de que se ele encontrasse as palavras certas, ele poderia influenciar Xiao Zhan nunca vacilou. No entanto, agora que o homem estava inequivocamente mostrando-lhe a porta, o desespero tomou conta e, quando seu último resquício de auto-respeito se desfez, ele pegou sua mão novamente. Desta vez, Xiao Zhan não foi rápido o suficiente para escapar de seu aperto, e Yibo foi capaz de impedi-lo de se afastar.

Com os ombros levantados, Yibo olhou para ele suplicante enquanto tentava dolorosamente controlar a respiração o suficiente para falar. Por um segundo, o olhar de Xiao Zhan baixou e permaneceu em seu nariz e boca. De repente, ciente do estado lamentável em que se encontrava, Yibo limpou o nariz com as costas da mão livre.

— Ge. Por favor... —  disse ele hesitante, finalmente calmo o suficiente para falar. — Talvez você não sinta o mesmo agora.

Sua voz falhou e ele abaixou a cabeça momentaneamente para deixar escapar um soluço. Então, depois de se repreender com um movimento de cabeça quase imperceptível, ele ergueu os olhos. Os olhos de Xiao Zhan estavam frios, mas ele se recusou a desistir.

— Talvez eu tenha feito algo errado, mas se você me disser, eu consertarei. — ele continuou, as palavras arranhando sua garganta ardente. — Eu prometo. Eu farei qualquer coisa, eu juro.

Yibo não podia fazer nada para impedir o tremor de seus lábios ou as lágrimas que escorriam por seu rosto em um fluxo ininterrupto. Ele estava usando toda a sua energia para evitar que a dor fosse esmagadora e impedi-lo de vencer esta batalha. Ele não podia deixar a conversa terminar assim. Ele teve que lutar até o fim.

Com olhos penetrantes, Yibo procurou desesperadamente no rosto de Xiao Zhan por um sinal de que ele estava passando. Seu coração afundou ainda mais quando não encontrou nenhum.

— Se você não pode me amar imediatamente, tudo bem, mas... — Sua voz ficou presa na garganta novamente, e ele tossiu.

Tudo o que ele queria era que Xiao Zhan cedesse e o segurasse. Ele tinha a convicção inabalável de que, naquele momento, perdoaria qualquer coisa ao homem se isso significasse tê-lo em sua vida. Por que o homem não podia vê-lo? Que palavras ele precisava usar para influenciá-lo?

— Mas não podemos pelo menos tentar? — Ele continuou: — Você não pode me dar uma chance? Eu te amo. — ele repetiu, com a voz embargada.

Considerando que ele havia esquecido a maior parte do que sabia sobre Xiao Zhan e seus anos juntos, e o fato de que o pouco tempo que eles compartilharam recentemente dificilmente poderia justificar sentimentos tão fortes, Yibo podia ver como sua reação poderia ter parecido exagerada. Mesmo ele não poderia dizer por que seu desespero aumentava exponencialmente com cada uma das rejeições do homem. Tudo o que sabia era que, embora seu coração estivesse sendo despedaçado impiedosamente, uma parte de seu subconsciente que havia sobrevivido ao acidente gritava que ele não podia — não devia — desistir. E assim, animado por essa força desconhecida, ele seguiu em frente, embora a derrota parecesse cada vez mais inevitável.